A assinatura de um pacto de regime,
implementação de reformas profundas, reforço do estado de direito e das
instituições da república são alguns dos desafios impostos a si pelo Partido da
Renovação Social (PRS) se for eleito a 13 de Abril próximo.
O anúncio foi feito sábado em Bafatá,
pelo Secretário-geral do partido no comício popular que assinalou o pontapé de
saída da campanha eleitoral com vista as eleições gerais do próximo mês,
durante o qual defendeu ainda a necessidade de assegurar um quadro
macroeconómico estável e estimulante.
Segundo Florentino Mendes Pereira, a
assinatura do referido pacto irá garantir a paz e estabilidade, promover a
unidade nacional e institucionalizar o diálogo entre os diferentes actores da
vida nacional.
No capítulo das reformas almejadas pelo
PRS, o Secretário-geral destacou a reorganização da administração pública e do
sector da defesa e segurança entre outros.
No capitulo das infra-estruturas,
prometeu a construção de estradas, sobretudo, com acesso as linhas fronteiriças
e as de Bissau, resolver a questão energética e assegurar o abastecimento de
agua potável as populações nos próximos 5 anos caso vencer.
A cidade de Bissau, segundo os dados
avançados por Florentino Mendes Pereira, necessita apenas da produção de 30
mega watts para assegurar o fornecimento regular da luz eléctrica, quantia que,
“infelizmente 40 anos depois”, o país ainda não é capaz de garantir.
“Essa quantidade é muito pequena se
comparado, por exemplo, com a que é gasta por uma simples empresa no Senegal e
que chega a superar uma centena de mega watts”, comparou o SG do PRS.
No que toca ao quadro macro económico,
Florentino Mendes pereira traçou um quadro negativo da situação que
caracterizou de muito preocupante, comparativamente a realidade do conjunto dos
países União Económica e Monetária Oeste Africana (UEMOA).
“Como país que beneficiou da iniciativa
IPIC precisamos fazer mais”, estimou lembrando que a massa salarial do atrasado
interno não deve continuar a ser acumulado e acrescentou que até 2012 ela se
situava em mais de 3 biliões de Francos CFA, enquanto no período antecedente,
era um pouco mais de 1 bilião.
Salientou que este quadro, sobretudo no
aspecto que se relaciona com as finanças públicas não está correcto, tanto
assim que o seu partido elegeu-o como um dos desafios a vencer, ou seja,
promover uma inversão desta realidade, assim que assumir as rédeas da governação
depois de 13 de Abril.
Referiu que só com o desenvolvimento do
sistema financeiro é que se pode estimular a economia, através de financiamento
do empresariado nacional, que segundo denunciou, se encontra totalmente
descapitalizado depois da guerra de 7 de Junho.
“A divida interna ainda esta por pagar”,
precisou Florentino Mendes Pereira que voltou a repisar na necessidade de
criação de ambiente favorável ao investimento de capitais estrangeiras.
No sector produtivo disse que o partido
aposta na modernização da agricultura, pois o país possui potencial para deixar
de depender do estrangeiro para abastecer em termos de consumo destes produtos.
Criação de pequenas fabricas e de emprego para jovens e mulheres constam do rol
das promessas deixadas pelo SG do PRS.
No sector social apontou a necessidade
de desenvolvimento do sector da educação e melhorias da situação sanitária que
na sua óptica, passa pela criação de novas infra-estruturas.
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