O
porta-voz do Comando Conjunto de Asseguramento do Processo Eleitoral em curso
na Guiné-Bissau, Samuel Fernandes, lançou um aviso esta quarta-feira, 26 de
Março, aos membros do Governo de transição que utilizam indevidamente viaturas
do Estado para fins políticos.
De
acordo com Samuel Fernandes, os veículos do Governo que forem encontrados na
campanha eleitoral serão apreendidas e conduzidas à sede do Governo, ficando
ali estacionados até ao final da presente campanha.
«Apelamos
aos diferentes directores de campanha para se absterem do uso de viaturas do
Estado nas campanhas eleitorais porque, depois de 48 horas de tolerância todas
as viaturas do Estado encontradas envolvidas na campanha serão detidas e
conduzidas para o Palácio do Governo, onde ficarão estacionadas até ao fim da
campanha», disse Samuel Fernandes.
O
oficial da Guarda Nacional e do referido Comando Conjunto apelou aos seus
agentes no sentido de trabalharem com imparcialidade, disciplina e obediência
das normas de segurança relativas ao asseguramento destas eleições.
«Queremos,
sem excepção, que todos se sintam seguros e livres para manifestarem os seus
direitos cívicos, sem intimidação ou pressão de qualquer que seja a força ou
agentes de segurança», referiu.
A
observância da Lei Eleitoral no que diz respeito ao período de propaganda, das
7 horas às 20 horas, foi uma das preocupações levantadas pelo Comando Conjunto,
apelando às directorias das candidaturas pelo respeito escrupuloso da lei neste
sentido, justificando as queixas recebidas no que tange à violação da
privacidade de outrem.
Samuel
Fernandes queixou-se da falta de programas de actividades por parte das
directorias das candidaturas, o que dificulta o grupo em termos de colocação de
agentes de segurança no terreno.
«Seleccionamos
agentes de segurança para garantir a segurança física de todos os candidatos às
eleições Presidenciais e para assegurar as sedes da Comissão Nacional de
Eleições e da Comissão Regional de Eleições», informou.
O
Comando Conjunto de Asseguramento do Processo Eleitoral guineense é composto
por 4.223 elementos, entre Polícias de Ordem Pública, Militares da Guarda
Nacional, Serviço Nacional de Protecção Civil, Polícia Judiciaria, Interpol,
Unidade de Combate aos Crimes Transnacionais e elementos da Força da ECOMIB.
Destes
elementos, o comando tem uma força de reserva constituída por 700 militares,
distribuídos em 200 elementos para as duas províncias da Guiné-Bissau, Norte e
Leste, incluindo o Sector Autónimo de Bissau, tendo a região sul do país apenas
100 elementos por se tratar de zonas de menor polémica em período eleitoral na
Guiné-Bissau.
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