Os
militantes do Núcleo de Cabo Verde do Partido da Renovação Social (PRS) da
Guiné-Bissau rendem, domingo, na cidade da Praia, homenagem ao fundador dessa
formação política e ex-Presidente da República, Kumba Ialá, falecido, na
madrugada de sexta-feira, em Bissau, apurou a PANA, na cidade da Praia de fonte
partidária.
Através de
um nota enviada à imprensa, o presidente do Núcleo do PRS em Cabo Verde, Dauda
Sano, convida os Guineenses na cidade da Praia a reunirem-se domingo, 06 de
abril, para uma homenagem ao falecido.
“Apelamos a
todos os militantes e simpatizantes do PRS para estarem unidos, transformando
este momento de tristeza e de dor numa justa homenagem ao seu carismático
líder”, refere a nota.
A estrutura
do PRS em Cabo Verde enviou também as suas condolências ao Governo da
Guiné-Bissau e à família do falecido, sublinhando que, neste momento de “dor e
de luto”, o núcleo inclina-se perante a memória de uma das
personalidades “mais influentes” da política guineense e um “defensor da causa
nacional”.
Formado
politicamente dentro do Partido Africano para a Independência da Guiné-Bissau e
Cabo Verde (PAIGC), em 1990, Kumba Ialá decidiu abandoná-lo e, dois anos mais
tarde, fundou o seu próprio partido, o PRS.
Após
terminar em segundo lugar nas eleições presidenciais de 1994, Kumba Ialá acabou
por sair eleito em 2000, quando o país acabava de sofrer uma dolorosa guerra
civil entre 1998 e 1999.
O seu
mandato acabou bruscamente em 2003 devido a uma sublevação militar que o
manteve durante meses sob prisão domiciliar tendo dado a Henrique Rosa.
Em 2005,
Ialá decidiu auto-proclamar-se Presidente, depois de um Tribunal ter confirmado
que ele renunciara ao seu cargo contra a sua vontade, embora as eleições
realizadas no mesmo ano o tivessem afastado da corrida para sair reeleito nas
urnas.
Desde
então, continuou ligado à vida política em Bissau como líder do PRS, até
quando, em janeiro último, anunciou a sua retirada e mostrou publicamente o seu
apoio a Nuno Nabian, candidato independente às presidenciais de 13 de abril
corrente, as primeiras desde o golpe militar de 2012.
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