segunda-feira, 7 de abril de 2014

O Ministro guineense tem dúvida da existência do dinheiro ou financiamento do Banco Mundial, relativo ao Acordo Estabilização da Educação.


“Doa a quem doer. É preciso dizer a verdade”, avisou o ministro da Educação, na semana passada, durante uma conferência de imprensa, na qual responsabilizou o Banco Mundial, através do seu Projecto de Desenvolvimento Dirigido às Comunidades pelo falhanço do Acordo de Estabilização do Ensino Público e manifestou-se solidário com os docentes e crianças, face à nova greve de sete dias decretada pelos sindicatos dos professores, em protesto salarial.

Na ocasião, o Alfredo Gomes paralelizou a situação do professor com a da criança, ao defender que se ‘um’ não consegue ir à escola com fome, o ‘outro’ também não vai poder leccionar sem salário.

O Ministro da Educação disse que dentre 900 horas úteis de aulas, 400 já entrou em défice, lembrando que cada um dia perdido é irrecuperável. “Duvido da existência do dinheiro ou financiamento do Banco Mundial, relativo ao Acordo Estabilização da Educação. Se há esse dinheiro porque não pagam aos docentes? Porquê que não há informações claras para os sindicatos ou para o Ministério da Educação”, questionou o ministro da Educação, afirmando que o projecto falhou. “Propomos ao Banco Mundial para criar uma comissão e proceder aos pagamentos por via de presença ou seja nas escolas”, explicou Alfredo Gomes.

“Em 2008, havia uma informação ilusória sobre a existência de um total de 12 milhões de dólares para financiar o pagamento de salário dos professores, mas foi sem sucesso”, explicou. Nesta ordem de ideia, defendeu que há indício de corrupção dirigida por uma mão oculta para a tutela da Educação. “Há um ‘auditor’ do banco Mundial que, sem autorização do Estado, aparece clandestinamente e espontaneamente nas escolas para confirmar a existência ou não dos professores na sua lista”, frisou.

Quanto à lista, dita definitiva, o ministro da Educação explicou que é da competência facultativa do Governo, na qualidade do patronato e detentor de banco de dados do seu subordinado. A propósito da possibilidade de pagamento por via banco, assegurou que nem os funcionários e o país estão à altura e, a experiência já comprovou-o.

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