O ministro dos Negócios Estrangeiros guineense,
acusado de apropriação de bens públicos, continua a merecer a confiança do
chefe do Governo, Domingos Simões Pereira, anunciou hoje o primeiro-ministro
numa conferência de imprensa.
Mário Lopes da Rosa, foi acusado pelo Ministério da
Administração Interna, que tutela as forças policiais, de se ter apropriado de
um gerador elétrico e materiais de conservação do pescado.
Aqueles bens foram "descobertos escondidos num
armazém de um elemento da família" do governante, segundo a polícia
guineense.
Os materiais, destinados a uma associação de
pescadores, foram recuperados pela polícia e apresentados aos jornalistas na
semana passada numa conferência de imprensa.
Mário Lopes da Rosa teria mandado guardar os
materiais num armazém da sua sogra quando desempenhava as funções do ministro
das Pescas no Governo de transição.
Ao apresentar os factos, o porta-voz do Ministério
da Administração Interna, tenente-coronel Samuel Fernandes, não revelou o nome
do ministro mas afirmou tratar-se de "um ato vergonhoso para o
Estado" guineense envolvendo um responsável.
Falando do caso hoje no seu habitual encontro
semanal com a imprensa, o primeiro-ministro, Domingos Simões Pereira, disse que
nos últimos dias "tem havido uma polémica desnecessária" sobre o caso
que envolve o seu ministro dos Negócios Estrangeiros.
Ladeado pelos dois ministros, Botche Candé, da
Administração Interna e Mário Lopes da Rosa, o primeiro-ministro guineense
reafirmou a confiança no acusado que disse não ter, por enquanto, motivos para
sair do Governo.
Domingos Simões Pereira adiantou ter sido informado
da busca e apreensão mandadas efetuar por Botche Candé a casa da sogra de Mário
Lopes da Rosa de quem, também, disse ter recebido "todas as
informações" sobre os contornos do caso.
Simões Pereira diz que aguarda pela conclusão do
inquérito judicial em curso para avaliar a continuidade ou não do ministro dos
Negócios Estrangeiros no seu Governo, que garantiu estar coeso e determinado
para "mudar a Guiné-Bissau"
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