Uma missão conjunta da União Africana (UA),
Organização Internacional da Francofonia e Nações Unidas, iniciou hoje uma
visita de avaliação à situação geral na Guiné-Bissau, disse aos jornalistas o
representante da UA em Bissau, Ovídio Pequeno.
A missão permanecerá no país até sexta-feira para se
encontrar com diversos membros do Governo guineense, entre os quais o primeiro-ministro
Domingos Simões Pereira, membros do parlamento, corpo diplomático, partidos
representados no parlamento, Câmara do Comércio e bancos privados.
Antes de deixar Bissau, a missão será recebida em
audiência pelo presidente guineense, José Mário Vaz.
O representante da União Africana em Bissau, o
são-tomense, Ovídio Pequeno, explicou aos jornalistas que a deslocação da
delegação conjunta foi decidida pelos chefes de Estado da UA e da Comunidade
Económica dos Estados da Africa Ocidental (CEDEAO) nas últimas reuniões das
duas organizações realizadas em Malabo (Guiné-Equatorial) e Accra (Gana),
respetivamente.
É a terceira missão de avaliação à Guiné-Bissau nos
últimos dez meses, mas desta vez para analisar a retoma da ordem constitucional
após a realização de eleições gerais e para avaliar os planos do Governo para o
relançamento económico do país.
Nas avaliações anteriores, ainda na vigência do
governo de transição criado na sequência do golpe militar de 2012, a Comunidade
de Países de Língua Portuguesa (CPLP), integrava as missões.
Desta vez a organização lusófona não está
representada, mas será informada de tudo quanto for abordado, adiantou Ovídio
Pequeno.
O Governo guineense tem três planos que tem estado a
apresentar à comunidade internacional: um programa de emergência, um programa
de contenção e um programa de desenvolvimento a longo prazo.
De acordo com representante da UA, a missão vai
analisar em pormenor o conteúdo de cada um, mas vai também auscultar as novas
autoridades guineenses para saber o que preconizam para a reforma do setor da
Defesa e Segurança.
"A reforma da Defesa e Segurança é uma questão
que nos preocupa. É uma questão extremamente importante porque se não houver
passos concretos nesse aspeto qualquer tipo de programa, por mais bonito que
seja, não andará", defendeu Ovídio Pequeno.
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