A Fome e a pobreza são desafios para qualquer
sociedade e, nas condições da Guiné-Bissau, elas assumem uma dimensão e
gravidade bastante particulares, referiu o Primeiro-ministro.
Domingos Simões Pereira que falava no final da
marcha desportiva entre o Aeroporto e praça do Império, organizada dia 18, pela
FAO (Organização da ONU para Agricultura), acrescentou que apesar de reduzido
em termos de dimensão territorial, a Guiné-Bissau possui condições naturais
excelentes.
“Somos um país pequeno, mas com condições naturais
propicias para desafiar a fome e pobreza, pelo que se todos contribuírem na
agricultura seremos capazes de erradicar estes fenómenos”, estimou o chefe do
executivo na altura ladeado do representante residente da FAO no país.
O primeiro-ministro mostrou-se convicto que juntos –
governo, população, organizações internacionais parceiras entre outras – é possível
atingir este desiderato.
Para tal, advertiu, é preciso uma atenção especial a
agricultura familiar, ou seja, que as famílias possam organizar-se e produzir o
suficiente para consumir e vender o excedente para melhorar a sua condição de
vida.
Questionado sobre a falta de laboratórios para
controlo de qualidade dos alimentos, Domingos Simões Pereira referiu que tal
consta das prioridades do governo e integra o rol de um conjunto de
preocupações do executivo no quadro da segurança alimentar.
Disse que ao nível da secretaria de Estado das
pescas e dos Ministérios da Saúde e da Agricultura está-se a fazer um trabalho
neste sentido, ou seja, de dotar o país de um laboratório de controlo de
qualidade tanto para a exportação como importação dos produtos.
Entretanto o representante residente da FAO comparou
o combate a fome e malnutrição na Guiné-Bissau como um acto de guerra, “mas já
num ambiente pacífico”.
“Creio que é isso que o Primeiro-ministro demonstrou
ao apoiar-nos com a sua presença nesta marcha”, frisou Joachim Akadié que
exortou a população sobre a necessidade de voltar para a agricultura, sobretudo
a familiar, com vista acabar com a fome no país.
“Aos jovens e mulheres é necessário que saibam que a
agricultura pode se tornar num negócio e nele podem ganhar muito dinheiro para
melhorar as suas condições de vida”, disse a concluir.
A marcha congregou centenas de populares guineenses.
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