O ministro dos Negócios Estrangeiros da
Guiné-Bissau, Mário Lopes da Rosa, estima que haja mais de 1600 passaportes de
serviço e diplomáticos do país a serem utilizados, muitos ilegais, um número
«incrível», disse hoje o governante à agência Lusa.
«Houve um descontrolo total nos últimos
anos: parece que estão a circular neste momento mais de 1600 passaportes [de
serviço e diplomáticos]. É incrível», afirmou Mário Lopes da Rosa, no aeroporto
de Bissau, à margem da partida do primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Domingos
Simões Pereira, para um encontro internacional.
Os passaportes de serviço e diplomáticos
distinguem-se dos civis pelos privilégios atribuídos a quem faz parte da
diplomacia nacional ou a quem integra determinada missão de serviço oficial -
sendo que, no caso da Guiné-Bissau, muitos terão sido entregues a pessoas que
não se enquadram em nenhuma situação prevista na lei.
«É preciso ter um controlo efetivo e
saber quem são os detentores, como conseguiram os passaportes e, a partir daí,
tentar normalizar a situação», retirando os que foram emitidos irregularmente,
acrescentou Lopes da Rosa.
O titular dos Negócios Estrangeiros
falava hoje à agência Lusa a propósito da medida, divulgada na sexta-feira,
relativa à recolha de passaportes.
O Governo da Guiné-Bissau decidiu
recolher os passaportes diplomáticos e de serviço, entregando-os apenas na
altura de viagens devidamente justificadas.
//Lusa
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