terça-feira, 18 de agosto de 2015

O líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) defendeu que “todos têm a obrigação de respeitar a vontade do povo”.

O líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira, defendeu no fim da tarde desta segunda-feira, que “todos têm a obrigação de respeitar a vontade do povo”. O primeiro-ministro deposto falava em Bissau durante um comício popular a frente da sede nacional do partido.

Centenas de pessoas provenientes de diferentes regiões do país manifestaram a frente da sede dos libertadores, ao lado do palácio presidencial, e exortaram o Presidente José Mário Vaz que reconduza Domingos Simões Pereira ao cargo do primeiro-ministro, em nome da vitória do PAIGC nas últimas eleições legislativas.

O líder do PAIGC disse na sua curta intervenção perante centenas de manifestantes que não existe valor maior do que a liberdade, acrescentando que “quando o povo sabe o que quer, ninguém o pode subtrair esse valor”.

Simões Pereira mostrou-se satisfeito com o gesto de solidariedade manifestada pela população guineense a favor do seu partido e da sua pessoa.

O deputado da bancada parlamentar do PAIGC, Iafai Sané, disse que qualquer situação deste género no país constitui uma vergonha. “Vamos lutar com unhas e dentes para defender valores que foram conquistados pelos nossos combatentes da liberdade da pátria”, disse o deputado eleito no círculo da diáspora.

Em representação dos militantes e simpatizantes do partido, Malam Fati, pediu os responsáveis do país a optarem pelo diálogo como forma sábia de resolver os diferendos.

O representante da Província Sul, Fodé Barbosa mostrou-se arrependido por ter apoiado o presidente José Mário Vaz, acusando-o de ter defraudado as espectativas da população guineense.

O representante da província Leste, Icó Samori, disse estar indignado com o comportamento de Presidente José Mário Vaz que de ter beneficiado do apoio do partido para chegar ao palácio presidencial virou as costas ao mesmo partido.

Cerca de 1500 agentes da Polícia de Ordem Pública (POP) foram distribuídos por vários locais de Bissau para garantir a segurança da manifestação contra a demissão do Governo.


O Palácio da República estava fortemente protegido por um “cordão” de segurança de homens fardados. Com Odemocrata

3 comentários :

  1. PM demitido diz que "ninguém pode parar a vontade do povo"

    O primeiro-ministro demitido da Guiné-Bissau, Domingos Simões Pereira, afirmou hoje num comício popular de apoio ao seu Governo, destituído pelo Presidente da República, que "ninguém pode parar a vontade do povo".

    Falando perante milhares de pessoas, Domingos Simões Pereira disse que os líderes do país devem ouvir o povo no seu pronunciamento porque, frisou, o povo é o detentor do poder.

    "Ninguém pode parar a vontade do povo. É ao povo que pertence o poder. Expressou essa vontade e nós temos a obrigação de aceitar a vontade do povo", destacou o dirigente guineense, presidente do PAIGC.

    Expressando-se em crioulo antes de falar para os jornalistas, Domingos Simões Pereira disse que "a moldura humana" que afluiu à Praça dos Heróis Nacionais, "mesmo debaixo da chuva" é sinal de "confiança nas ações do Governo", entretanto, demitido.

    "Obrigado pelo vosso apoio. Este vosso gesto só pode ser retribuído com o desenvolvimento que vos prometi. Ninguém pode travar isso", destacou Simões Pereira.

    Vários dirigentes do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) enalteceram a determinação de as pessoas "só abandonarem a Praça dos Heróis Nacionais no dia em que o Presidente (José Mário Vaz) voltar atrás com a sua decisão".

    "Só vamos sair daqui e voltar para os nossos afazeres no dia em que o Presidente anunciar um novo decreto a confirmar Domingos Simões Pereira como nosso legítimo primeiro-ministro", notou Botche Candé, antigo ministro do Interior.

    Sob o olhar atento de dezenas de polícias que guardavam o portão principal de acesso ao Palácio da Presidência, o comício decorreu sem qualquer incidente.

    Depois de os dirigentes do PAIGC saírem do palco, a animação prosseguiu com atuação de músicos guineenses.

    O Presidente da República, José Mário Vaz, demitiu na quarta-feira o Governo liderado por Domingos Simões Pereira, apesar dos apelos lançados dentro e fora do país para que não o fizesse.

    O Executivo estava em funções há um ano, depois de o PAIGC vencer as eleições com maioria absoluta e de ter recebido duas moções de confiança aprovadas por unanimidade no Parlamento - para além de ter o apoio da comunidade internacional.

    Depois da demissão e nos termos da Constituição, Vaz pediu ao PAIGC na qualidade de partido vencedor das últimas eleições que indicasse um nome para primeiro-ministro e aquela força política voltou hoje a propor Simões Pereira.

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  2. PR José Mário Vaz diz que Constituição evita situação anormal

    O presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, garantiu esta segunda-feira ao embaixador de Angola na capital guineense que existe um quadro constitucional para evitar que o país entre numa situação anormal com a demissão do Governo.

    O chefe de Estado guineense recebeu os embaixadores de Angola, Espanha e Nigéria, países membros não permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas, para lhes expor a situação politica no país.

    À saída do encontro, o Embaixador de Angola na Guiné-Bissau, Daniel António da Rosa, disse ter pedido ao Presidente guineense a “optar por uma solução política sobre a crise política vigente no país”, mas tendo logo acrescentado que Mário Vaz lhes garantiu de que “a estabilidade política está criada para evitar qualquer situação de anormalidade política no país”.

    Mesmo assim, “Angola, como membro não permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas e da Comunidade dos Países da Língua Portuguesa (CPLP) está preocupada com a situação e está acompanhar com muita atenção o evoluir” da mesma”, acrescentou Daniel António da Rosa.

    No mesmo dia, José Mário Vaz recebeu elementos dos centrais sindicais, entre os quais a União dos Trabalhadores da Guiné-Bissau (UNTG). O Presidente da República fez uma exposição detalhada sobre a situação do país e pediu os sindicatos para cumprirem para com as suas obrigações do dia a dia.

    No dia anterior, a Presidência da República da Guiné-Bissau teria emitido um comunicado em que pedia aos funcionários públicos guineenses que continuassem a trabalhar, apesar da destituição do Governo.

    De acordo com o mesmo comunicado da Presidência, apesar da destituição do Governo, “os trabalhos na administração pública continuam a decorrer normalmente”.

    “A Presidência da República exorta todos os funcionários públicos a se apresentarem nos seus lugares de serviço, como habitualmente”, refere-se no comunicado que está a ser divulgado desde domingo nos órgãos de comunicação social guineenses.

    No documento indica-se que “não obstante a queda do Governo, os trabalhos na administração pública continuam a decorrer normalmente”.

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  3. Povo Guinenses abrem os Olhos devido talvez voces nao viu o jogo de senhor JAMAV, o senhor JAMAV foi o Ministro de Financas de senhor Carlos Gomes Junior talvez voces lembrao que o Carlos Gomes Junior , Zamora e JAMAV e mais utros mais que Sabotiarao o nosso unico verdadeiro lider de PAIGC Kabi Na Fantchamnna o nosso querido Presidente Nino Vieira, e agora o senher JAMAV traiu nosso Hino Nacional.

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