A nomeação de Isabel dos Santos para
presidente do Conselho de Administração da Sonangol "mostra que o
Presidente dos Santos não confia em mais ninguém e que está à procura de uma
sucessão dinástica", disse o analista Markus Weimer, da Horizon Client
Access, à agência Bloomberg.
Para aquele especialista, a escolha
"é uma indicação muito forte de que Isabel dos Santos também vai ser
considerada uma possível líder quando o Presidente se retirar, em 2018".
A agência lembra que Isabel dos Santos,
com activos de 3,2 mil milhões de dólares, segundo o Índice de Bilionários da
Bloomberg, é a mulher mais rica de África e tem também o controlo da Unitel, a
maior operadora de telecomunicações do país, para além de participações em
várias empresas portuguesas.
O analista da consultora energética Wood
Mackenzie, David Thomsom, lembra, por seu lado, que a empresária “tem estado ao
leme dos esforços para reestruturar a Sonangol durante o último ano e, assim,
tem um conhecimento profundo da empresa".
E a propósito das mudanças em curso na
Sonangol, a consultora norte-americana Stratfor lembra que “vão ter implicações
significativas também no plano político.
"A nomeação tem como objectivo
partir os potenciais blocos de poder que se estão a formar dentro da Sonangol e
assim colocar o controlo da empresa no âmbito da família dos Santos",
assegurou a consultora num relatório divulgado na quarta-feira, 1.
"Ao dividir a empresa, o Presidente
espera salvaguardar os interesses da sua família", lê-se no texto citado
pela Bloomberg.
Alex Vines, chefe do Programa de África
da Chatham House, com sede em Londres, disse que "a nomeação de Isabel
demonstra a importância estratégica destas reformas para a Presidência e que o
presidente quer alguém de total confiança na condução das reformas”. Com a VOA
Ler o decreto
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