A União Económica e Monetária da África
Ocidental (UEMOA), projecta que a Guiné-Bissau deverá registar no ano em curso (2016)
um crescimento 5,8 por cento da sua economia, após uma aceleração verificada em
2015.
A informação foi tornada pública na
manhã desta sexta-feira, 08 de Julho, através de uma nota do Ministério da
Economia e Finanças. De acordo com a nota, a produção, as exportações e o preço
externo favorável da castanha de caju constituirão principais factores desse
crescimento.
Segundo a nota, a UEMOA projecta em 2016
uma taxa do crescimento económico de 7,2% no seu espaço, contra 6,6% em 2015. A
aceleração do ritmo de crescimento do ano 2016 se justificará pelo reforço dos
investimentos nas infra-estruturas e pela boa dinâmica da produção agrícola,
industrial e do serviço.
A nota informa ainda que a nível dos preços,
a trajectória descendente que vinha sendo verificada desde 2012, deverá manter-se,
sendo previsível que no final do ano o seu valor venha a ficar abaixo do nível
projectado (1,3%), a baixos da norma da UEMOA (3,0%).
Relativamente às finanças Públicas, a
nota indica que as receitas totais e donativos atingiram 16.6 mil milhões de
FCFA, contra 21.9 mil milhões de FCFA no mesmo período do ano anterior, ou
seja, registou uma diminuição de 24,0%.
Segundo o documento do Ministério da
Economia e Finanças, a referida diminuição tem a ver com decréscimos nas
receitas correntes e nos donativos, em 9,2% e 57,3%, respectivamente. As
despesas totais diminuíram em 27,8%, situando-se em 22.5 mil milhões de FCFA em
2016 contra 31.2 mil milhões de FCFA no período homólogo de 2015. Esta situação
prende-se com as diminuições registados nas despesas de capitais em 62,3% e nas
despesas correntes em 20,4%.
“O sector externo, a balança comercial
no primeiro trimestre de 2016 registou um défice de 18,5 mil milhões de FCFA.
As importações no período registaram uma diminuição de 3,8 mil milhões de FCFA
em relação ao trimestre precedente, situando-se em 18,5 mil milhões de FCFA
contra 22,4 mil milhões. Em termos homólogos as importações diminuem-se em 1,4
mil milhões FCFA. A diminuição das importações explica-se por declínio das
importações dos produtos alimentares, de máquinas e equipamentos electrónicos e
outros produtos. No entanto, foi registado um aumento das importações dos
combustíveis e lubrificantes, dos produtos do consumo intermediário e dos
materiais de construção”, lê-se na nota.
Lê-se igualmente no texto que as
exportações permaneceram fracas, pois dependem principalmente da campanha de
comercialização da castanha de caju. A variação anual do valor das exportações
tem diminuído de 11,4 mil milhões de FCFA, devidos as exportações de madeira
excepcionais registados em 2015. Sobre a situação monetária do primeiro
trimestre de 2016, a nota indica que é caracterizado por uma diminuição de 27,1
mil milhões de FCFA, o crédito interno registou um aumento de 12,9 mil milhões
de FCFA e por último a massa monetária também registou uma diminuição de 13,5
mil milhões de FCFA.
De referir que a nota trimestral
reflecte os dados conjunturais até Março de 2016 e contém a evolução dos
principais indicadores chaves da economia da Guiné-Bissau, caracterizada pela
diminuição das receitas e despesas públicas, ligeira melhoria na balança comercial
e diminuição dos activos externos líquidos e massa monetária. O índice de preço
no consumidor situa-se em 1,3%. Com Odemocrta
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