O Presidente do Partido Africano da
Independência da Guiné e Cabo Verde (`PAIGC), disse que estão enganados aqueles
que continuam a olhar para o partido como uma presa fácil e um instrumento à mercê
dos seus interesses pessoais e mesquinhos.
Domingos Simões Pereira que discursava
hoje na sede do PAIGC quando presidia a cerimónia comemorativa dos 60 anos da
fundação do partido, disse que as pessoas pensam que uma vez usado o partido
pode-se colocá-lo de lado, desafiado, combatido ou mesmo eliminado.
“O PAIGC tem, sobretudo, uma base
ideológica de referência. Uma herança que está a resgatar os seus valores e um
exército de militantes prontos a resgatá-lo e redireccioná-lo de volta aos seus
princípios e a sua filosofia social do centro esquerda”, sublinhou.
Domingos Simões Pereira disse que hoje,
convocados para um encontro com o seu destino, os combatentes da liberdade da
pátria, mulheres e homens, que já haviam conquistado o direito ao descanso,
jovens poderosos mental e fisicamente da geração da independência e da democracia,
todos voltam a sentar-se na sede do PAIGC para reivindicar as suas responsabilidades
históricas e colocar-se ao dispor do partido para a defesa da sua dignidade.
“Por isso, hoje o nosso apelo vai para
todos, a fim de darmos uma chance ao nosso partido, ao nosso povo e à nós
mesmos”, exortou.
O Presidente dos libertadores sublinhou
que, evocando o nome de Amílcar Cabral e os seus ensinamentos, há
disponibilidade para o diálogo inclusivo, reconciliação e a coesão interna do
partido.
“Não há nenhum mal que não pode ser
corrigido, nenhum pecado que não possa ser perdoado, nenhum homem incapaz de
ser recuperado”, vincou, acrescentando que está disposto a fazer todo o
sacrifício e concessões para resgatar o direito e a responsabilidade de
construir a nação prometida pelos combatentes da liberdade da pátria”, disse.
Domingos Simões Pereira afirmou que para
que isso aconteça não há outro caminho a percorrer senão a verdade e a justiça.
Disse que continuarão de mãos atadas se
os infractores insistirem em não admitir o erro e de não abandonarem a agenda
de sequestro contra o próprio partido que dizem reclamar.
“Exortamos à todas as entidades a
renunciarem às práticas de caça e perseguição, tentativa de instauração do medo
como forma de luta política, ao branqueamento da realidade, à mentira e aos
jogos permanentes e sistemáticos”, referiu.
Simões Pereira frisou que o PAIGC já
provou que nenhuma corrupção ao sistema e ameaça aos seus militantes e
tentativa da instauração de tirania e da ditadura o amedronta.
Participaram no acto comemorativo dos 60
anos da fundação do PAIGC, a filha de Amílcar Cabral, e representantes do
Movimento de Libertação de Angola (MPLA), do Movimento de Libertação de São
Tomé e Príncipe (MLSTP), do Internacional Socialista. Com Agencia Noticiosa da
Guiné-Bissau
Sem comentários :
Enviar um comentário
COMENTÁRIOS
Atenção: este é um espaço público e moderado. Não forneça os seus dados pessoais (como telefone ou morada) nem utilize linguagem imprópria.