FARP é o principal autor do actual clima de paz, tranquilidade e unidade que se vive. Por esta razão, General Biaguê Na N´Tan disse que os militares devem continuar firmes nas suas posições evitando assim de se imiscuir nos assuntos políticos ou nos outros que não lhes competem e nem dizem respeito.
O Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas Revolucionarias do Povo (FARP), no âmbito do cumprimento das suas actividades iniciou no 26 de Outubro 2016, uma visita de rotina as unidades militares de Bissau que começou nas instalações do Estado-maior do Exército.Quanta a questão da nomeação do Primeiro-ministro sobre a qual correm rumores dando conta haver uma certa influencia militar sobre a matéria, o General Biaguê Na N´Tan disse que a escolha desta figura ou de qualquer outra, não é da competência dos militares nem tão pouco do Estado-maior General. Por isso apelou os efectivos, para estarem cautelosos para com as provocações e manobras politicas que outrora causaram enormes prejuízos ao exército guineense e o fragilizou.” Portanto continuem a obedecer as ordens do Estado-maior General, manterem-se sempre distantes da crise vigente e dos políticos cujos alguns, segundo informações procuram aproximar-se dos militares.
A ocasião serviu para o General
felicitar os efectivos pelos bons trabalhos feitos durante as comemorações do
43º aniversário da independência do país e também pelo clima de estabilidade,
segurança e tranquilidade que souberam manter desde Setembro de 2014. “Os
militares da Guiné-Bissau estão de parabéns”, dizia o General Biaguê Na N´Tan,
quando falava aos mesmos na parada tida nas instalações da primeira unidade
visitada. Por isso agradeceu-lhes, pelo respeito a Constituição da República e
de mais leis e pela forma como conseguiram manter-se sempre afastados da crise
política que assola o país há mais de um ano. Nesta senda assegurou que o
comportamento cívico demonstrado até então pelas FARP é o principal autor do
actual clima de paz, tranquilidade e unidade que se vive. Por esta razão, disse
que os militares devem continuar firmes nas suas posições evitando assim de se
imiscuir nos assuntos políticos ou nos outros que não lhes competem e nem dizem
respeito.
Quanta a questão da nomeação do
Primeiro-ministro sobre a qual correm rumores dando conta haver uma certa
influencia militar sobre a matéria, o General Biaguê Na N´Tan disse que a
escolha desta figura ou de qualquer outra, não é da competência dos militares
nem tão pouco do Estado-maior General. Por isso apelou os efectivos, para
estarem cautelosos para com as provocações e manobras politicas que outrora
causaram enormes prejuízos ao exército guineense e o fragilizou.” Portanto
continuem a obedecer as ordens do Estado-maior General, manterem-se sempre
distantes da crise vigente e dos políticos cujos alguns, segundo informações
procuram aproximar-se dos militares.
Alertou os oficiais quem se deixarem
comprometer-se com os assuntos duvidosos e que punham em causa o normal
funcionamento do Estado, de que a sua decisão de não ter uma prisão para os
malfeitores, senão o cemitério, mantém-se firme.
No que diz respeito a capacitação dos
quadros militares, Biaguê Na N´Tan disse que o Estado-maior General acabou de
encerrar no dia 14 do corrente mês, em Cumeré, mais um curso de qualificação dos
oficiais e no qual participaram cem militares vindo dos três ramos das FARP.
Segundo o general, os cursos de formação de Sargentos e dos oficiais subalternos vão
continuar ainda em Cumeré, enquanto se perspectiva a abertura da Escola dos
Oficiais Superiores de S. Vicente.
Em termos linguísticos recomendou os
jovens militares a frequentarem cursos de formação cuja escola de francês,
inglês e de informática já se encontra aberta nas instalações do Amura.
Quanta a gestão dos meios logísticos e
financeiros postos a disposição das unidades, exigiu rigor, disciplina,
honestidade e um controlo efectivo por parte dos inspectores que, segundo o general não devem colaborar com os responsáveis da logística para destruir os bens atribuídos.
A visita iniciada no dia 26 de Outubro
2016 abrangera outras unidades da capital e do interior do país. O General está
acompanhado pelo Inspector-Geral das FARP, Chefes de Estado-maior dos Ramos e
Chefes das Divisões do Estado Maior General. Com as FARP
“A palavra voa e a escrita fica.” 23 de Janeiro de 1963 - 23 de Janeiro de 2016, 53 anos passaram sobre o início da Luta Armada da Libertação Nacional, e o povo guineense se rememora ainda hoje do heroico ataque contra o campo fortificado de Tite, sul do país, Região de Quínara. O ataque que despertou ainda mais a consciência dos compatriotas e do mundo foi perpetrado por um grupo de homens (guerrilheiros) sob comando do camarada, Arafam “N’djamba” Mané que concedeu esta entrevista por ocasião da comemoração do 38º aniversário do heroico acontecimento, que temos o prazer de publicar nesta edição.
ResponderEliminarA acção relâmpago que se saldou com baixas de ambos os lados, marcou a primeira façanha histórica dos Combatentes da Liberdade da Pátria, militantes do grande partido PAIGC, que organizou e dirigiu a luta armada que culminou com a proclamação unilateral da independência, em Boé, leste do país, no dia 24 de Setembro de 1973.
O Defensor – O Coronel fez parte do comando que em Janeiro de 1963 orquestrou o ataque contra o aquartelamento fortificado de Tite, em Quínara, sul do país. O que é levou o vosso comando, mal armado e inexperiente, a atacar esse quartel colonial?
Coronel Arafam Mané - O ataque contra o aquartelamento de Tite foi realizado com poucas experiências militares, pois o efectivo que participou nele, era constituído por um grupo de camaradas do partido vindo de Conakry; populações locais munidas de algumas armas de fogo, catanas, paus e pedras. O ataque que surpreendeu as tropas do exército colonial muito temido pela sua barbaridade contra os autóctones, foi de facto executado sem um comando designado. Foi um acto de coragem e patriotismo que, desde a época dos nossos antepassados, sempre caracterizou a resistência dos guineenses contra qualquer tipo de dominação.
Em termos de armamentos, tínhamos apenas quatro (4) armas, uma pistola (1). Entreguei a os camaradas uma pistola e a arma que eu tinha, e fiquei com uma pistola automática com a qual disparei o primeiro tiro ao ar para assinalar os companheiros o início do ataque quando estávamos no interior do quartel fortificado de Tite. Com esse disparo, os camaradas entraram em acção utilizando todos os meios de combate que possuíam. O estrondo das armas misturado com as vozes de comando dos guerrilheiros que procuravam orientar melhor os companheiros para evitar perdas humanas, acordou as tropas coloniais e despertou a atenção dos sentinelas.
A operação foi realizada com raiva porque em 1962, fomos corridos pelos tugas. Este episódio aconteceu, depois de termos efectuado uma sabotagem cortando as linhas telefónicas e os cabos eléctricos daquela zona sul do país. Foi a partir das acções de sabotagem, que a administração colonial e suas forças de defesa e segurança souberam da nossa presença na área.
Em 1963 repetimos a mesma operação de corte de linhas telefónicas e cabos eléctricos. Estas práticas que eram prejudiciais para a comunicação e o funcionamento das instituições públicas e militares, irritaram os colonialistas que começaram a pressionar as populações com ameaças e torturas para obterem informações sobre os que eles chamavam “terroristas”. No âmbito da repressão foram alargadas as redes da PIDE-DGS (Polícia colonial).
uma Grande historia que deveria ser objeto de muita atençao e louvor nos livros nas midias ate no ensino para que os jovens e adultos possam sentir orgulho e patriotismo
Eliminarmas infelizmente ninguem sabe dizer porqué vivemos nessa conjuntura de falsidades e nepotismo sem competencia.