O objectivo principal da Conferência Ministerial que se inicia terça-feira em Macau é concretizar uma cooperação pragmática em áreas produtivas e investimentos que tragam benefícios para todos, disse a secretária-geral do Fórum de Macau à agência Xinhua.Xu Yingzhen disse ainda que as novas ideias de cooperação trazidas pelo projecto “Uma Faixa uma Rota” serão um dos temas principais em debates na 5ª Conferência, que pretende criar novas áreas de cooperação que possam beneficiar não só os países de língua portuguesa que pertencem ao Fórum mas também as respectivas populações.A conferência ministerial deste ano vai permitir alargar as áreas de cooperação existentes, que se centram nos sectores comercial e económico, disse ainda a secretária-geral do Fórum de Macau.Durante a primeira conferência ministerial em 2003 a cooperação centrava-se em sete áreas mas em 2013 o número aumentou para 17 áreas, recordou Xu à agência noticiosa chinesa.A secretária-geral do Fórum referiu igualmente que Macau pode ser uma importante plataforma na prestação de serviços financeiros juntos dos países de língua portuguesa.Estão presentes na conferência para além do primeiro-ministro da China os primeiros-ministros de Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e Portugal e ainda ministros ligados aos sectores da economia de Angola, Brasil e Timor-Leste. Com Macauhub
O recente Fórum de Macau que juntou a China e os seus parceiros bilaterais teve resultados económicos e financeiros extremamente vantajosos para a Guiné-Bissau. Depois das acções desenvolvidas pelo Primeiro-ministro, Dr. Baciro Djá, o Governo chinês decidiu tomar medidas que ajudam o país a aliviar a pressão financeira e falta de investimentos.
O encontro dos responsáveis dos dois
Governos resultou no perdão de dívida biliteral contraída há muito na ordem de
30 milhões de euros. Este perdão envolve igualmente o serviço que o país devia
pagar. A China vai conceder apoio orçamental ao Governo guineense em 15 milhões
de euros ainda este ano. O Primeiro-ministro, Baciro Djá já disse que, a
iniciativa é um alívio para o país, tendo em conta as dificuldades económicas e
financeiras que a Guiné-Bissau enfrenta.
No que se refere aos investimentos de
longa duração, a República Popular de China seleccionou 10 projectos em
diferentes áreas para investir.
Assim, em jeito do balanço, o chefe do
Governo considerou de bastante positivo, a participação da Guiné-Bissau no
Fórum Macau e prometeu que o Governo vai aproveitar de melhor maneira o gesto
da China que qualificou de “país irmão da Guiné-Bissau”.
A delegação da Guiné-Bissau, chefiada pelo primeiro-ministro Baciro Djá, foi a primeira a chegar a Macau, dia 7 de Outubro, a fim de participar na 5.ª Conferência Ministerial do Fórum de Macau, informou o Gabinete de Comunicação Social (GCS).Domingo chegaram a Macau quatro delegações – Brasil, chefiada pelo ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, de Cabo Verde, chefiada pelo primeiro-ministro, José Ulisses Correia e Silva, de Moçambique, chefiada pelo primeiro-ministro Carlos Agostinho do Rosário e de Timor-Leste, chefiada pelo ministro de Estado, Coordenador dos Assuntos Económicos e Ministro da Agricultura e Pescas, Estanislau Aleixo da Silva.A delegação de Portugal, chefiada pelo primeiro-ministro português, António Costa, e a de Angola, chefiada pelo ministro da Economia, Abrahão Gourgel, chegam hoje, segunda-feira, dia 10 de Outubro.O GCS afirmou que a presença de quatro primeiros-ministros, de um total de sete países de língua portuguesa membros do Fórum, demonstra a importância que os mesmos dão a esta edição da Conferência Ministerial e manifesta também que o Fórum de Macau transformou-se gradualmente numa plataforma de referência para o aprofundamento da cooperação orientada pelo benefício mútuo entre as partes e pela promoção do desenvolvimento económico comum dos países participantes.Esta conferência conta com mais de 500 pedidos de inscrição para profissionais da comunicação social de 76 órgãos de comunicação social (OCS), dos quais 270 são de 36 OCS locais, 180 de 12 OCS da China interior e 70 de 28 OCS do exterior, nomeadamente dos países da língua portuguesa.A quinta edição da Conferência Ministerial do Fórum de Macau está subordinada ao tema “Rumo à consolidação das relações económicas e comerciais entre a China e os países de língua portuguesa: Unir esforços para a cooperação, construir em conjunto a plataforma, partilhar os benefícios do desenvolvimento.”
A China vai conceder um perdão da dívida à Guiné-Bissau na ordem dos 30 milhões de dólares, revelou hoje o primeiro-ministro guineense, Baciro Djá, após um breve encontro com o homólogo chinês, Li Keqiang, em Macau.
ResponderEliminar"O primeiro-ministro [chinês] anunciou o perdão da dívida que a Guiné-Bissau contraiu com a China", na ordem dos 30 milhões de dólares, e um donativo de mais de 15 a 20 milhões para a Guiné-Bissau", revelou Baciro Djá, aos jornalistas, manifestando-se "satisfeito" após o encontro, que descreveu como "caloroso e fraterno".
"A China sempre foi um país irmão e amigo da Guiné-Bissau", começou por realçar o primeiro-ministro guineense, para salientar que tal anúncio surge nessa base.
Já no âmbito do Fórum para Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa -- conhecido como Fórum Macau --, Baciro Djá destacou que "há vários projetos a ser assinados".
"É nesta perspetiva que nós entendemos que a nossa visita foi coroada de êxito e [que] é uma oportunidade de facto poder estar com o primeiro-ministro da China, uma potência mundial", sublinhou.
Além disso, existe a perspetiva também de a Guiné-Bissau poder oferecer à China, através do Fórum Macau, um mercado ao qual pertence: o da CEDEAO [Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental] que "tem mais de 300 milhões de habitantes".
"É uma oportunidade para a China também" de poder entrar no mercado CEDEAO e "a Guiné-Bissau pode ser uma ponte importante", argumentou o primeiro-ministro guineense, sublinhando que, ao mesmo tempo, "o fator língua é importante no investimento".
"Estamos satisfeitos e esta é a cooperação que carateriza a Guiné-Bissau e a China, e eu penso que é uma cooperação na base da solidariedade, de não-ingerência nos assuntos internos do outro país, respeitando a autodeterminação e independência dos povos", realçou.
Baciro Djá chefia uma delegação composta por 18 membros ao Fórum Macau, cuja V Conferência Ministerial, a de mais alto nível de sempre, decorre na terça e quarta-feira.
A China estabeleceu a Região Administrativa Especial de Macau como a sua plataforma para o reforço da cooperação económica e comercial com os países de língua portuguesa em 2003.
No mesmo ano, criou o designado Fórum Macau, que tem um Secretariado Permanente e reúne ao nível ministerial de três em três anos.
A conferência ministerial do chamado Fórum Macau vai ter por base a iniciativa "Uma Faixa, Uma Rota", estando o foco apontado ao desenvolvimento, "de modo a promover as relações económicas e comerciais entre a China e os países de língua portuguesa".
"Uma Faixa, uma Rota" é a versão simplificada de "Faixa Económica da Rota da Seda e da Rota Marítima da Seda para o Século XXI", o projeto de investimento impulsionado pela China para reforçar a sua posição como centro comercial e financeiro da Ásia.
No final da conferência ministerial vai ser assinado, como tem sido prática, o plano de ação para a cooperação económica e comercial para o próximo biénio (2017-2019).
A China vai conceder empréstimos com condições especiais no valor de cerca de 267 milhões de euros a quatro países africanos de língua portuguesa e Timor-Leste até 2019, anunciou hoje o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang.
ResponderEliminarEstes créditos destinam-se a "reforçar ainda mais a cooperação na área da construção de infraestruturas", mas também a "promover a conexão industrial" e a "capacidade produtiva", segundo o Governo chinês.
Os créditos preferenciais a Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Cabo-Verde e Timor-Leste para os próximos três anos fazem parte de 18 medidas para os países lusófonos anunciadas hoje pela China, na abertura da quinta Conferência Ministerial do Fórum para a cooperação Económica e Comercial entre a China e os países de Língua Portuguesa, conhecido como Fórum Macau.
Entre aquelas 18 medidas estão ainda donativos de cerca de 267 milhões de euros, no mesmo período, aos países lusófonos de África e a Timor-Leste para "apoiar projectos" nas áreas da agricultura, facilitação do comércio e investimento, prevenção e combate à malária, e investigação em medicina tradicional.
A China vai ainda perdoar aos mesmos países, até 2019, dívidas já vencidas de empréstimos sem juros num valor equivalente 70 milhões de euros.
O Fórum Macau reúne-se a nível ministerial a cada três anos e do encontro sai um plano de acção para o triénio seguinte.
Há três anos tinham sido anunciados créditos preferências da China de cerca de 240 milhões de euros para os mesmos países.
Nos dias que antecederam o encontro que arrancou hoje em Macau, os países de língua portuguesa, sobretudo os africanos, já tinham enfatizado a importância de a cooperação com a China passar a centrar-se também no desenvolvimento da "capacidade produtiva" de alguns dos membros deste Fórum.
Num documento distribuído aos jornalistas após o discurso de Li Keqiang, que abriu a reunião governamental, a China diz que no triénio 2017-2019 "irá promover activamente a conexão das indústrias e a cooperação da capacidade produtiva" com os países lusófonos, "para além de promover o processo da industrialização" de Timor-Leste e dos países de língua portuguesa em África.
Para além da "capacidade produtiva", as 18 medidas hoje anunciadas abrangem as áreas da "cooperação para o desenvolvimento" (onde se inserem os donativos e os perdões de dívida), a "cooperação humana e cultural", a "cooperação marítima" e "o aprofundamento do papel de Macau como plataforma" entre a China e os países de língua portuguesa.
A nível da cooperação marítima, Pequim compromete-se a ajudar os países de África e Timor-Leste que integram o Fórum Macau a construir "instalações contra desastres marítimos e mudanças climáticas", como observatórios meteorológicos marítimos, e anuncia "cooperações programáticas" nas áreas das pescas, "protecção do meio marinho e pesquisa do ecossistema marinho".
O envio de 200 profissionais integrados em equipas médicas para países lusófonos africanos e Timor-Leste e a atribuição de 2.500 bolsas para estudantes dos países de língua portuguesa constam também da lista de medidas hoje anunciadas.
Em relação a Macau, Pequim vai criar três estruturas novas que, como o Fórum Macau, ficarão sediadas na cidade: a Confederação dos Empresários da China e dos Países de Língua Portuguesa, o Centro de Intercâmbio Cultural e o Centro de Intercâmbio sobre a Inovação e o Empreendedorismo dos Jovens entre a China e os Países de Língua Portuguesa.
Além disso, como já estava anunciado, será construído em Macau um edifício par albergar uma série de serviços relacionados com a cooperação entre o mundo lusófono e a China.
Pequim reitera ainda a intenção de até 2019 fazer de Macau "uma base de formação de profissionais bilingues em chinês e português".
Pequim vai conceder um perdão da dívida à Guiné-Bissau na ordem dos 30 milhões de dólares, revelou ontem o primeiro-ministro guineense, Baciro Djá, após um breve encontro com o seu homólogo chinês, Li Keqiang.
ResponderEliminar“O primeiro-ministro [chinês] anunciou o perdão da dívida que a Guiné-Bissau contraiu com a China”, na ordem dos 30 milhões de dólares, e um donativo de mais de 15 a 20 milhões para a Guiné-Bissau”, revelou Baciro Djá, aos jornalistas, manifestando-se “satisfeito” após o encontro, que descreveu como “caloroso e fraterno”.
“A China sempre foi um país irmão e amigo da Guiné-Bissau”, começou por realçar o primeiro-ministro guineense, para salientar que tal anúncio surge nessa base.
Já no âmbito do Fórum para Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa – conhecido como Fórum Macau –, Baciro Djá destacou que “há vários projectos a ser assinados”.
“É nesta perspectiva que nós entendemos que a nossa visita foi coroada de êxito e [que] é uma oportunidade de facto poder estar com o primeiro-ministro da China, uma potência mundial”, sublinhou.
Além disso, existe a perspectiva também de a Guiné-Bissau poder oferecer à China, através do Fórum Macau, um mercado ao qual pertence: o da CEDEAO [Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental] que “tem mais de 300 milhões de habitantes”.
“É uma oportunidade para a China também” de poder entrar no mercado CEDEAO e “a Guiné-Bissau pode ser uma ponte importante”, argumentou o primeiro-ministro guineense, sublinhando que, ao mesmo tempo, “o factor língua é importante no investimento”.
“Estamos satisfeitos e esta é a cooperação que caracteriza a Guiné-Bissau e a China, e eu penso que é uma cooperação na base da solidariedade, de não-ingerência nos assuntos internos do outro país, respeitando a autodeterminação e independência dos povos”, realçou.
Baciro Djá chefia uma delegação composta por 18 membros ao Fórum Macau, cuja V Conferência Ministerial, a de mais alto nível de sempre, decorre hoje e amanhã.