Jesus aproveita a oportunidade que a
pergunta insidiosa dos saduceus proporciona para mostrar quem é Deus e afirma
sem rodeios que é o Deus dos vivos e da vida. Procura assim “configurar” o
rosto de Deus Pai, fonte de vida e de felicidade, aliado incondicional de cada
ser humano que trata com seu filho querido. Mesmo quanto este vive situações
indignas e degradantes, vítima de si mesmo ou de condições sociais e
religiosas, consciente da dignidade perdida e desejoso de a ver reabilitada ou
resignado na sua passividade induzida.
Freiras Franciscanas de Imaculada de Conceição decidiram abandonar, a paróquia Nossa Senhora da Paz em Nhoma, norte do país, região de OIO, em consequência dos actos de vandalismo de que estão a ser vítimas por pessoas não identificadasOs autores destes actos ameaçam, através de uma carta, violentar as irmãs caso estas não abandonarem a paróquia num prazo de quatro (04) semanas.As irmãs foram apedrejadas na noite de sábado (29/10) por um individuo não identificado: No domingo a janela do armazém das irmãs foi violada e supostamente a mesma pessoa levou oito (08) sacos de cimento e vinte (20) litros de gasolina; mesmo com estes actos na última segunda-feira (31/10), pelas 20 horas de Bissau, supostamente o mesmo grupo vandalizou a viatura das irmãs quando estavam na oração.Face a esta situação foram encerrados o posto de sanitário e jardim infantil das irmãs onde trabalhavam as irmãs.Em jeito de solidariedade o liceu São Bernardino de Cena de Nhoma encerrou as suas portas. Para esta sexta-feira (04/11) uma reunião dos comités de tabanca de sector de Nhacra, com o objectivo de buscar uma solução conjunta para desencorajar estas práticas criminosas.O pároco da Paróquia da Nossa Senhora da Paz de Nhoma, Frei Renato Ciumento, disse que a decisão das irmãs abandonarem o sector foi tomada depois de uma reunião com o responsável máximo da Igreja guineense.“As irmãs vão continuar a trabalhar no bairro de Cuntum Madina, em Bissau, porque a sua superiora no México decidiu que não existe segurança suficiente para continuarem a trabalhar”, explica.Entretanto, a administradora do sector de Nhacra, Maria Sábado Indela, exorta o ministro do interior no sentido de reforçar os efectivos policiais no sector para desencorajar estes actos de violência.“Na Nhacra só temos quatro (04) efectivos e eles não podem fazer nada (tendo em conta o numero de violência registado). A missão católica precisa de segurança e, nós, estamos na Nhacra sem comissário policial”, revela.Sobre o assunto, ouvido pela Rádio Sol Mansi (RSM), o ministro de Estado do interior, Botche Cande, promete ainda ontem, quinta-feira (03/10), usar “todos os mecanismos” para pôr cobro a esta situação, e, se for preciso irá recorrer aos militares no sentido de reforçarem as forças de segurança, para estancar actos de vandalismo que se verificam contra estas irmãs, na localidade de Nhoma…“Temos que garantir segurança para que aquelas irmãs possam continuar os seus trabalhos. Porque, de facto, o que aquelas irmãs fazem para o povo guineense é louvável e se existir pessoas a violarem os direitos daquelas freiras o governo não irá admitir isso. Vamos abandonar o nosso gabinete e onde existir violência estaremos presentes e mesmo se for preciso com a intervenção do chefe das forças armadas. Vamos acabar com estes actos de violência no país, custe o que custar”, promete Botche Cande.
A pergunta dos saduceus, elite
aristocrática de Jerusalém, pretende “entalar” Jesus sobre uma questão
delicada: a ressurreição dos que morrem, a relação entre eles, a compreensão da
vida futura. Assunto em que eles não acreditam, mas que lhes dá jeito pelas
questões que envolvem. E recorrem a um suposto caso de vida em que uma família
tem sete filhos que, sucessivamente, vêm a casar com uma mulher que vai ficando
viúva à medida que cada um deles morre. Finalmente morre também ela. “A quem
pertence no futuro, uma vez que foi esposa dos sete?
Jesus eleva a questão ao seu verdadeiro
nível e diz-lhes com apoio na tradição bíblica em que eles também acreditam que
Deus é Deus dos vivos, que para Ele todos vivem, que a todos oferece a
ressurreição feliz. Fica desmontada a armadilha e esclarecida a verdade a
respeito de Deus, do ser humano, da vocação da humanidade: acolher a vida como
dom de Deus e missão nossa. A ressurreição não é um regresso, nem um
prolongamento da vida presente. É novidade completa garantida por Deus e
acontecida em Jesus de Nazaré, que ressuscita após a sua morte de cruz.
Os saduceus aduzem, a seu favor, a lei
do levirato ( Dt 25, 5-10) que ainda subsistia no século I. Esta lei não
pretendia proteger a viúva, mas garantir a descendência ao marido e defender a
herança familiar. O relato é “descaradamente” machista: o “varão” é quem toma a
mulher e o que espera dela é que dê à luz. (J. M. Castillo). Trata-se de uma
situação humilhante de descriminação. Não há nada mais para a viúva:
submeter-se até procriar. Para garantir o nome de família do homem e a sua
herança. Situação da mulher que ecoa na história, apesar do silêncio induzido
pela cultura imperante. Situação que faz lembrar todas as “periferias” como
gosta de dizer o Papa Francisco que, neste domingo, acolhe em Roma os
representantes dos movimentos populares e os reclusos em peregrinação jubilar.
Os movimentos populares realizam o seu
III encontro mundial em que tomam parte cerca de 200 delegados de 92
organizações que actuam em 65 países e, na celebração final, em que intervém o
Papa, cerca de 5.000 pessoas. O seu objectivo principal é a promoção da justiça
social, o diálogo sobre o processo de mudança, a intervenção criativa e ousada.
A sua meta mais próxima é que todas as famílias possam ter casa, trabalho e
terra.
O delegado do Pontifício Conselho da
Justiça e da Paz, Silvano Tomasi, afirma que é intenção do Papa “sensibilizar
as pessoas sobre a situação dos que vivem nas periferias da sociedade”,
particularmente os refugiados e migrantes. São estes os novos rostos dos
pobres, dos silenciados, dos instrumentalizados. Como a pobre viúva dos sete
maridos.[...]
“Apelo à consciência dos governantes,
declara o Papa Francisco, para que se chegue a um consenso internacional pela
abolição da pena de morte e proponho aos que entre eles que são católicos
cumpram um gesto corajoso e exemplar: que nenhuma condenação seja executada
neste Ano Santo da Misericórdia”.
A Direcção Superior do Partido da Renovação Social (PRS) condena a ameaça de morte a que as Freiras Franciscanas da Imaculada de Conceição são alvos por pessoas não identificadas na secção de Nhoma, sector de Nhacra, região de OIO, norte do paísA condenação foi ouvida no princípio da tarde desta sexta-feira (04/10) após a reunião que a direcção superior do partido, chefiado pelo seu presidente, Alberto Nambeia manteve com o Bispo de Bissau.Vice presidente do PRS, Sertório na Biote, disse que o seu partido irá fazer todas as diligências junto das autoridades para trazer a justiça os autores deste acto.Na Biote manifestou por outro lado a total solidariedade do PRS para com a Igreja Católica guineense pedindo as autoridades de sector de Nhacra e a população no sentido de retornar a estabilidade na referida missão e apoiarem para que as freiras tenham condições de trabalhar com segurança.O Presidente do PRS, Alberto Nambeia, lamenta o facto e pede a colaboração para descobrir os autores deste acto tendo garantido que o seu partido tudo fará junto das autoridades para solicitar segurança para a retoma das actividades das freiras na secção de Nhoma.Freiras Franciscanas de Imaculada de Conceição decidiram abandonar, quinta – feira, a paróquia Nossa Senhora da Paz em Nhoma, norte do país, região de OIO, em consequência dos actos de vandalismo de que estão a ser vítimas por pessoas não identificadasOs autores destes actos ameaçam, através de uma carta, violentar as irmãs caso estas não abandonarem a paróquia num prazo de quatro (04) semanas.Face a esta situação foram encerrados o posto de sanitário e jardim infantil onde trabalhavam as irmãs e como consequência mais de 900 crianças estão sem estudar.
E prolonga o seu apelo com gestos de
inexcedível alcance. “Muitas vezes, revelou Rino Fisichella, arcebispo
presidente do Conselho Pontifício para a Nova Evangelização, organismo
responsável pela organização dos eventos do Jubileu da Misericórdia, o Papa
Francisco esteve em contacto telefónico nos últimos meses com condenados à
morte”.
Jesus quer continuar a sua missão, hoje.
E fazê-lo por meio da comunidade eclesial que se organiza em serviços e
ministérios. [...]
Os apelos aos vivos do Deus da vida são
muitos e interpelantes. Abramo-lhe o coração! E demos as mãos.
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