A Conferência Nacional “Caminhos para a
Consolidação da paz e Desenvolvimento” sob lema “Nô Kumpu Nô Guiné Di Amanhã”
passará inegavelmente pela construção dos novos territórios políticos
administrativos regionais que apresentam hoje os interesses e os desafios da
nossa população e a nossa sociedade em geral. É preciso construir e consolidar
os verdadeiros lugares políticos administrativos regionais para fazer chegar o
poder à população e às comunidades locais.
Os lugares políticos administrativos
regionais serão espaços estratégicos de produção de riquezas, de
desenvolvimento econômico, de solidariedade e de viver em conjunto da população
em mais diversos âmbitos sociais, culturais, ambientais, étnicos em todos os
âmbitos da vida humana. Temos que transformar os territórios políticos
administrativos regionais num espaço de poder local capaz de produzir as
políticas públicas adequadas para responder os interesses e os desafios de
orientar o futuro da população e das comunidades. Ou seja, os territórios
políticos administrativos regionais devem transformar-se em verdadeiros lugares
de poder político ao alcance da população, uma das dimensões necessárias para
constituição da governabilidade e de Consolidação da paz e Desenvolvimento da
Guiné-Bissau hoje e amanhã.
No espaço de “Nô Kumpu Nô Guiné Di
Amanhã” deve haver territórios políticos administrativos regionais para tratar
as questões econômicas, políticas, sociais e ambientais necessárias para o
desenvolvimento global do país nas atuais sociedades cujo espaço público está
cada vez mais a ser tecnologizado. Ao invés, não existirá nenhuma consciência
colectiva que reforce as bases de confiança e colaboração social entre os
diferentes atores da vida social e econômica da Guiné. Em suma, é necessário
surgir um novo espaço administrativo regional que abalará, de uma vez por toda,
a ideia de ditadura perfeita da governabilidade com aparência da democracia que
não atinge a alma da nossa população, em particular, as comunidades regionais e
locais.
Os territórios políticos administrativos
regionais devem assumir, no cenário de “Nô Kumpu Nô Guiné Di Amanhã,” como
instrumento de reescalonamento da política do poder do passado que nunca
atingiu as almas das nossas comunidades regionais e de regulação da nossa
sociedade administrativas de forma a permitir a refundação do Estado no
desempenho do seu papel crucial na governabilidade do país. O Estado deve
desenvolver políticas territoriais que visam o crescimento econômico
equilibrado das regiões administrativas a nível nacional que permita acabar com
o ciclo de instabilidade econômica e de conflito político e social do passado e
instaurar a consciência regional e nacional em todo o território nacional.
A cooperação dos poderes políticos
administrativos regionais dinamiza também a participação das colectividades
locais na cooperação do desenvolvimento dos projetos estratégicos nacional e
exortando o Estado a produzir políticas públicas regionais. Se o nosso Estado
não criar uma espécie de Secretaria para o Desenvolvimento administrativos
regionais com ações concretas, o reforço da consciência nacional no espaço ‘Nô
Kumpu Nô Guiné Di Amanhã’ será uma mera miragem retórica discursiva da
sociedade civil que pretende construir a nossa casa democrática começando pelo
tecto. Tudo continuará a ser uma mera reflexão a nível governamental sem
projeto concreto, porque não haverá base política administrativa e financeira
que interessa a todos cidadãos em todas regiões administrativos a nível
nacional.
No espaço de “Nô Kumpu Nô Guiné Di
Amanhã” é necessário e vital o desenvolvimento da democracia direta nos
territórios administrativos regionais em todo o país. É a intervenção direta
dos habitantes das regiões e das comunidades locais que promoverá um sentimento
generalizado da colectividade regional e nacional. O envolvimento das
comunidades regionais e locais no poder de Estado permitirá a organização
adequada duradoura de instituições corretamente necessários para administração
das políticas públicas que satisfazem as suas necessidades econômicas,
políticas, sociais e culturais. Ou se os habitantes dos territórios políticos
administrativos regionais e as comunidades locais não fundirem em comunidade da
vida e respeitada politicamente será difícil a reafirmação social de qualquer
projeto sólido da Construção da Paz e de Desenvolvimento no nosso país.
Em suma, é necessário promover os
valores regionais que priorizam o colectivo em que os interesses gerais sejam
diferentes dos interesses das sociedades políticas e individuais. É preciso
adequar funcionamento das políticas públicas das regiões administrativas com as
ações e outros procedimentos do Estado no desenvolvimento da consciência
nacional.
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