A Guiné-Bissau registou um crescimento
económico de 5,6 por cento no ano 2016, contra 4,8 por cento em 2015,
impulsionado pela boa campanha de comercialização e exportação da castanha de caju
do ano transacto. Estes valores foram anunciados pelo Ministro de Estado da Economia
e Finanças, João Alage Mamadu Fadia à saída da primeira reunião trimestral do Conselho
Nacional de Crédito (CNC), organizada esta quarta-feira, 22 de Março de 2017,
pela Direcção Nacional do Banco Central dos Estados da África Ocidental (BCEAO)
na sua sede principal em Bissau.
Mesmo com o crescimento da riqueza
nacional [Produto Interno Bruto] registado no país, os conselheiros do CNC,
entidade presidida estatutariamente pelo Ministro da Economia e Finanças,
apontaram a necessidade de diversificação da produção local, com vista a
redução dos factores de riscos, tendo em conta que o fenómeno caju vem prejudicando
as outras produções.
Conselho Nacional de Crédito vê com bons
olhos as perspectivas para a campanha de comercialização e exportação da
castanha de caju [“Ouro Guineense” que representa 93% das receitas de
exportação] do presente ano 2017, cujo preço mínimo fixado pelo Governo guineense
é de 500 (quinhentos) francos CFA junto ao produtor. O referido valor já está a
ser praticado no sector de Bigene, segundo notícia a “Rádio Sol Mansi” na sua edição
da última terça-feira, 21 de Março.
Durante o encontro, os conselheiros
foram informados que a taxa de inflação, medida através do índice Harmonizado
dos Preços ao Consumidor (IHPC), mantém-se em 1,5 por cento em 2016, o mesmo
resultado registado no ano 2015.
“As exportações foram nas ordens de 196
mil milhões de francos CFA, as reservas cambiais reforçaram-se, saindo 196 mil
milhões de francos para 238 mil milhões de francos CFA, portanto, isso tudo
demostra que alguma coisa se passou de positivo! E a inflação foi contida
dentro dos parâmetros de objectivos da estabilidade do preço”, disse João Alage
Mamadu Fadia a saída da reunião do CNC.
A União Económica e Monetária da África
Ocidental (UEMOA) projectou em Julho do ano passado que a Guiné-Bissau deveria
registar em 2016 um crescimento 5,8 por cento da sua economia, após uma
aceleração verificada em 2015.
Segundo a nota, na altura a UEMOA projectará
em 2016 uma taxa do crescimento económico de 7,2% no seu espaço, contra 6,6% em
2015.
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