O encontro organizado anualmente de
forma rotativa entre os Estados membros da Comunidade permitiu as autoridades
máximas da hierarquia militar examinar minuciosamente as questões nacionais e
internacionais de defesa e segurança, assim como também perspectivar novas
horizontes.
As questões de actualidade de segurança,
a situação das mudanças climáticas tinham igualmente merecido a atenção de
Chefias que obram pelo bem-estar dos cidadãos, pela paz e estabilidade.
Durante a XXª Reunião Ordinária, os
Chefes abordaram entre outros pontos a situação político-militar e as questões
internacionais de defesa e segurança, situação de Direito Internacional
Humanitário, criação de eventual mecanismo de defesa em caso de catástrofes. A
ocasião serviu para reflectir sobre os resultados obtidos no Exercício Felino,
força no terreno realizado em 2017 no Brasil com a participação de todos os
países membros.
Os exercícios Felino organizados uma vez
por ano ao nível da CPLP de maneira rotativa, já tinham sido acolhidos pelos
países como Portugal, Angola, Cabo Verde, Moçambique, Timor Leste e Brasil.
Segundo o calendário estabelecido, o Exercício Felino - 2020 será realizado na
Guiné-Bissau.
No Brasil, o Chefe de Estado-Maior
General Biaguê Na N´Tan, discursando perante seus homólogos realçou a posição
assumida pelas forças de defesa e segurança perante a crise politica guineense
dizendo: “importa muito salientar mais uma vez como outrora foi o caso, que,
apesar de a crise se alongar, as Forças Armadas mantêm-se firmemente neutras e
distantes do ciclo vicioso, isto é, da política, estando determinadas a cumprir
a missão que lhes são atribuídas pela Constituição da República”.
Adiantou que as mesmas se reservam ao
empreendimento de esforços e mecanismos para implementação de reformas no
sector de defesa priorizando os pontos como a Organização e Reestruturação,
Formação e capacitação do pessoal militar, Promoção de cursos de línguas
português, inglês e francês, curso de informática. Neste elenco de prioridades,
o General mencionou a Produção agrícola, a Construção e Reabilitação de
instalações militares, a Fiscalização marítima e a Retoma da cooperação
técnico-militar com as forças armadas de alguns países.
“Para além das acções acima mencionadas,
as Forças Armadas da Guiné-Bissau participaram nas sessões de planificação e na
execução de exercícios Felino que se realizaram no Brasil, tendo também
participado nas sessões de planificação de Exercícios de Acordo Unido 2018, que
vinham decorrendo em Acra, Ghana bem como no Exercício OBAMGAME 2018, em
Seicheles”.
“As Forcas Armadas da Guiné-Bissau
tiveram um apoio considerável por parte das forcas armadas de alguns países da
CPLP, no que respeita a formação do pessoal em diversos domínios. Neste quadro
temos em Portugal, quatro (4) oficiais que frequentarem o curso de promoção ao
capitão, isso para além de alguns cadetes, quatro (4) cadetes na Academia de
Agulhas Negras de Brasil, quatro (4) oficiais superiores, frequentando o curso
de Comando de Direcção e de Comando de Estado-Maior em Angola. Militares
guineenses se encontram também em formação na Republica Popular de China,
Estados Unidos de América e no Marrocos”.
O General Biaguê Na N´T na aproveitou a
ocasião para, em nome das Forcas Armadas da Guiné-Bissau e em seu nome próprio agradecer os Chefes de Estado-Maior presentes, as Forcas Armadas e aos
povos dos países anteriormente designados, pelos apoios prestados.
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