luta do bem-comum do povo digno da Guiné-Bissau, apresenta um resultado positivo: despertou consciência e mobilizou os guineenses. Os participantes congratularam-se com a mobilização verificada, mostrando que os cidadãos estão ávidos de participar nas tomadas de decisão sobre aspectos crucias da vida da nação- Huco Monteiro
No término dos trabalhos, o encontro que
teve lugar a 16 de Agosto, no Anfiteatro Manuel Nassum, do INEP, formulou as
seguintes recomendações:
1. A suspensão das negociações;
1.1. pa filanta, porque é preciso criar
consensos nacionais em torno deste dossier, por via de diálogo, encontros, amplo
envolvimento das forças vivas da nação e debate aberto de todas as questões
atinentes;
2. para tornar mais robusto o corpo de
argumentos da nossa delegação negocial, ou seja, acautelar devidamente os
argumentos técnicos, principalmente a interpretação de dados geológicos e
geofísicos porque deles haverá de depender a determinação da chave de partilha
dos recursos, em vez do critério do tamanho da área cedida para o qual alguns
parecem querer inclinar;
2.1. Solicitar audiência com as
autoridades máximas do país para o grupo expor o seu ponto de vista e
apresentar recomendações sobre a estratégia de actuação;
3. Contactar, por carta, todos os
partidos políticos para fazerem sentir a sua voz neste importante dossier e
para se envolverem mais, tendo em conta a intenção de um dia serem governo;
4. Organizar mais sessões de
esclarecimento e discussões sobre o assunto, com debates públicos, inclusive na
TGB;
5. Lutar com determinação para que a voz
do povo seja ouvida e tomada em devida consideração neste assunto tão delicado
e complexo;
6. À imagem da recetividade demostrada
por sua Excelência o Senhor Presidente da República, recomenda-se ao Governo
uma atitude proactiva em relação à esta iniciativa cidadã. Não se deve
desperdiçar esta oportunidade para mostrar uma mudança de paradigma na gestão
de assuntos públicos, dando a devida consideração a esta iniciativa e às
propostas formuladas;
7. Relativamente à disparidade nas
quotas da Agência de Cooperação com o Senegal (AGC) como também ao investimento
feito/consentido por cada país, a postura mais digna para a Guiné-Bissau, uma
postura verdadeiramente de Estado, devia consistir em reclamar uma divisão igual
das quotas na Agência e pagar o que for necessário para assegurar uma sociedade
equilibrada, bem assim as dívidas actualmente existentes;
8. Preocupados com a boa governacao e
atenta aos desequilíbrios territoriais e desigualdades de toda a natureza, desejosos
de conseguir uma gestão verdadeiramente transparente dos recursos quer naturais
quer financeiros, os participantes encaram, a breve trecho, a possibilidade da
criar uma plataforma da sociedade civil para o seguimento/fiscalização da
exploracao dos recursos públicos, do uso dos recursos financeiros resultantes
dessa exploração e da gestão orçamental.
Notas
finais
Desde já, esta luta apresenta um
resultado positivo: despertou consciência e mobilizou os guineenses. Os
participantes congratularam-se com a mobilização verificada, mostrando que os
cidadãos estão ávidos de participar nas tomadas de decisão sobre aspectos
crucias da vida da nação.
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