O ministro da Defesa guineense, General
Dr. Eduardo Sanhá, prometeu hoje que as Forças Armadas se vão manter neutras
durante o período eleitoral e que vão colaborar com a polícia na manutenção da
tranquilidade do processo.
General Dr. Eduardo Sanhá indicou que as
Forças Armadas vão trabalhar com a polícia "para fazer com que as eleições
decorram da melhor maneira possível", dentro do previsto nas leis
guineenses, disse.
As Forças Armadas "têm tido uma
postura de equidistância das querelas políticas, têm-se mantido apartidárias no
sentido rigoroso, cumprindo apenas com a sua missão constitucional que é a
defesa da integridade do território" da Guiné-Bissau, notou General Sanhá.
O ministro da Defesa guineense fez a
promessa num discurso por ocasião da tomada de posse de 20 novos elementos do
Tribunal Superior Militar, entre juízes e promotores.
A Guiné-Bissau tem eleições legislativas
previstas para 18 de novembro, decorrendo atualmente o processo de registo
eleitoral.
O presidente do Tribunal Superior Militar,
general Daba Na Walna, defendeu que os novos elementos têm "a difícil
missão de limpar a má fama" do Tribunal Militar que, disse, é visto como
"implacável e que não respeita os direitos humanos", assinalou.
Na Walna considerou que a nova equipa tem
como meta ajudar a transformar o Tribunal Militar "num tribunal de verdade
que faça justiça de forma credível em que todos apostam", afirmou.
"Porque só com a justiça militar a
funcionar em pleno vapor é que podemos ter Forças Armadas verdadeiramente
republicanas", defendeu o presidente do Tribunal Superior Militar para
quem o capital humano é o fator determinante para a mudança pretendida.
Paralelamente, a cerimónia serviu para o
ministro da Defesa guineense anunciar estar em curso o processo de promoção de
quatro coronéis a categorias de brigadeiros-generais e de um brigadeiro-general
a major-general.
As propostas estão com o presidente
guineense, José Mário Vaz, na sua qualidade de comandante em chefe das Forças
Armadas, após terem sido apreciadas pelo conselho superior de Defesa Nacional e
o Conselho de Ministros, indicou o ministro General Dr. Eduardo Sanhá. Com a Lusa
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