“[…] A defesa militar de qualquer país do mundo nunca é improvisada, porque exige constantes treinamentos e reciclagens para permitir que as Forças de defesa estejam á altura de defender a pátria”.
[…] A Guiné-Bissau enfrenta um total retrocesso em relação aos avanços tecnológicos militares que outros países se dispõem. o território guineense corre o risco de cada dia ser invadido pelos vizinhos.
O Chefe de Estado Maior da Força Aérea
(CEMFA), confirmou esta terça-feira que os sucessivos governos que passaram no
país, não têm pensado na defesa militar do país, nas vésperas da celebração dos
54 anos da fundação das Forças Armadas Revolucionarias do Povo da Guiné-Bissau
(FARP).
Em entrevista concedida á imprensa, por
ocasião das comemorações dos 54 anos da criação das FARP que se assinala nom
próximo dia 16 de novembro, Ibraima Papa Camará revelou que anteriormente o
país tinha meios suficientes para a defesa integral do espaço aéreo nacional em
todos os vertentes, nomeadamente homens e materiais adequados para o efeito.
“Mas hoje em dia, o país perdeu tudo, e
por cima não está ainda á acompanhar as exigências que as novas tecnologias
militares exigem”, justificou o Chefe de Estado Maior da Forca Aérea.
Para Papa Camará, a Força Aérea Nacional
está sob o comando do Estado Maior General das Forças Armadas (EMGFA),
acrescentando que no festejo de 16 de novembro a sua corporação irá festejar a
data de acordo com as instruções ditadas pelo Chefe de Estado Maior General das
Forças Armadas Revolucionarias do Povo guineense, General Biaguê Nan Tan.
“Apesar de alguns técnicos já
desapareceram fisicamente e não estão entre nós hoje em dia, por força de
desespero total do Estado, a Força Aérea Nacional dispõe ainda de quadros
capazes de aplicar os seus conhecimentos para o bem da pátria caso forem criadas
condições para trabalharem”, diz Ibraima Papa Camará.
De acordo com o Chefe da Força Aérea
guineense, o país enfrenta um total retrocesso em relação aos avanços
tecnológicos militares que outros países se dispõem.
“Quero que todos saibam que a defesa militar
de qualquer país do mundo nunca é improvisada, porque exige constantes
treinamentos e reciclagens para permitir que as nossas Forças de defesa estejam
á altura de defender a nossa pátria”, comprovou Papa Camará.
Questionado sobre a diferença que existe
entre a Força Aérea antiga e actual, aquele responsável sublinhou que dantes a
Força Aérea dispunha de condições incomparáveis com a actual.
“Recordo que no passado, a Guiné-Bissau
era alvo de ataque armado de algum país vizinho, por motivo de exploração de
petróleo, mas na altura as nossas forças militares se encontravam fortemente
equipadas com homens preparados para dar a resposta e posicionamos de imediato
no local para impedir a invasão da referida força inimiga”, recordou Camará.
Acrescentou por outro lado que á actual
Força Aérea, tem apresentado aos sucessivos governos as dificuldades que este
sector militar enfrenta, mas nenhum deles mostraram vontade de resolve-las.
“É pena que o nosso território nacional
corre o risco de cada dia ser invadido pelos vizinhos concretamente nas zonas
fronteiriças, por falta de condições adequadas que as nossas forças armadas
carecem”, descreveu o Chefe de Estado Maior da Força Aérea.
Ibraima Papa Camará recordou por outro
lado que pós-independência não havia muitos doutores no país, e nessa altura,
as Forças Armadas Guineense estavam bem organizadas e equipados, contrariamente
com actuais momentos em que triplicaram os números dos doutores, mas que em fim
estão a criar mais retrocesso ao país em todos os sectores. Com Agencia
Noticiosa da Guiné-Bissau
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