As
autoridades angolanas impediram ontem Adriano Parreira, o professor de
História que apresentou queixa em Portugal contra os principais
dirigentes angolanos, de entrar a bordo do avião que o levaria para
Madrid e depois para Lisboa.
No auto de apreensão, a que o Expresso teve acesso, é
referido que Adriano Parreira terá de se apresentar na Procuradoria
Geral de Angola, mas não adianta o motivo. Por email, Adriano
Parreira, que é membro da Academia de História e tem dupla nacionalidade
portuguesa e angolana, diz que lhe apreenderam os passaportes "sem
qualquer justificação" e "nem sequer me indicaram uma data para me
apresentar na procuradoria". Mais: "O auto nem sequer tem número. O que é
isto?".
Adriano Parreira garante que se apresentará na
procuradoria "assim que reunir com o advogado". Em declarações à
"Sabado", o professor universitário diz que está a ser alvo de "uma
retaliação".
Adriano Parreira apresentou em Portugal contra os
principais dirigentes do país, incluindo o número dois do Governo,
Manuel Vicente, o general Hélder Dias Vieira, chefe de segurança da
presidência, e o assessor deste, Leopoldino Nascimento.
Antigo embaixador, Adriano Parreira foi condenado por
alegado desvio de fundos e a devolver um milhão de euros que terá gasto
sem justificação. Cumpriu dois anos de prisão.
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