quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Francisco Mendes (Património da Guiné-Bissau)



1978 - 2014 “36 Anos” passaram num esquecimento absoluto pelos seus camaradas de luta.

Que tipos de camaradas de luta são? Que tipos de crime cometeu este homem para merecer a tamanha sorte?

Francisco Mendes a primeira figura de estado guineense, uma figura carismático, discreto e inteligente que se repousa ao lado do seu companheiro de luta na Amura.

Recordam e homenageiam Amílcar Cabral e Titina Silà. Mas ele, "aucun bouquet de fleurs" ou palavras de apreço.

Será que os historiadores guineenses que se gabam queimar pestanas a consumir cultura ocidental não estão interessados na recuperação da nossa memória e patrimónios guineenses?

É preciso que Dr. Mário Soares decida tomar a iniciativa para criar a fundação "Francisco Mendes (Chico Té)? Semelhante a do Amílcar Cabral?

Na madrugada do Domingo o 3 Julho de 1978, um homem bom foi transformado em terra.

Em 1975 dava entrada na antiga Guiné-Portuguesa os desejados combatentes da liberdade da Pátria de Amílcar Cabral.

Num sol de boas vindas, desfilavam para o Palácio do ex: governador colonial os cincos altos dirigentes do PAIGC por ordem hierárquica constituída na Madina de Boé.:

Aristides Pereira Secretário-Geral / membro do comité executivo de lauta e futuro Presidente da República de Cabo-Verde (não presidente do conselho de estado).

Luís Cabral vice secretário-geral /membro do comité executivo de luta e presidente do conselho de estado (não presidente da republica)

Francisco Mendes membro do comité executivo da luta e Comissário-Principal (não primeiro ministro)

João Bernardo Vieira (NINO) Presidente de Assembleia Nacional / membro do comité executivo de luta e Comissário das forças armadas (FARP) (não ministro de estado)

Pedro Pires membro do comité executivo de luta e futuro primeiro ministro de Cabo-Verde (não Comissário-principal)

Devidas as intrigas políticas no seu do PAIGC, o secretário-geral do PAIGC Aristides Pereira convoca o comité central do partido para rectificar a constituição e das decisões tomadas em Madina de Boé.

A hierarquia do partido e do governo foram rectificadas.

O comandante João Bernardo Vieira que tinha entrado a capital como a quarta figura, foi despromovido para quinta figura em detrimento do comandante Pedro Verona Pires.

Francisco Mendes (Chico Té) era uma figura virtual. E o Nino Vieira era uma figura isolada (persona non grata).

Caros compatriotas guineenses

Na Guiné-Bissau não se valorizam as pessoas. Somos todos meninos de praça como dizia o outro, basta o nome ou apelidos para seres desclassificado e desvalorizado. Mas não devia ser assim.

Mas ninguém se lembra, e mesmo os historiadores guineenses que " o combatente da liberdade da Pátria “na pessoa do Francisco Mendes (Chico Té) “ foi a primeira figura guineense, do Partido e do estado da Guiné-Bissau.

Após o seu assassinato, para acalmarem as críticas que chovia em todos os horizontes da classe guineense, as tristezas e as lágrimas dos guineenses que alagava as suas caras, numa decisão surpreendente e hipócrita dos elefantes do PAIGC, resolveram simplesmente agasalha-lo ao lado do seu companheiro de luta Amílcar Cabral no Quartel-General de Amura em Bissau.

Depois do seu agasalho, ninguém se lembrou homenagear este homem que sacrificou a sua juventude para libertação da Guiné-Bissau que atingiu altos cargos no partido e no estado.

Os seus companheiros de luta, e, em particular, o seu próximo Nino Vieira, após 14 de Novembro, nenhuma palavra de apreço ou esclarecimento cabal da morte do parente e companheiro da mesma trincheira de luta de libertação nacional.

O seu desaparecimento foi um alívio e chegou na melhor altura deixando o espaço de manobra para o general Nino Vieira.

Se não prestamos homenagem a este digníssimo filho guineense, a primeira figura de Estado guineense, é porque não sabemos de onde viemos e para onde vamos.

Devemos perder o mau hábito de desvalorização dos nossos quadros, dos nossos patrimónios e em particular a desvalorização da nossa história.

Nenhuma nação independente consegue sobreviver a mudança do "século vinte e um" ignorando os seus heróis e o seu passado. É por isso que existe a disciplina de história para formar os historiadores com a finalidade que se reabilitem o passado.

Estes combatentes da liberdade que tombaram por uma causa justa merecem um tratamento de alto nível apesar que estamos habituados durante séculos valorizando as façanhas dos nossos colonizadores e as suas línguas maternos.

Francisco Mendes e outros que caíram no esquecimento são patrimónios guineenses sem dúvida, queiramos ou não. A decisão de fazer renascer as cinzas do passado cabe aos nossos historiadores.

A história de um povo é como uma gota de azeite num copo de água. Todos estes camaradas combatentes lutaram para valorização dos direitos humanos e a igualdade de chance que significa libertar os dois povos da escravatura colonial, servindo os ideais da liberdade, os ideais das oportunidades, os ideais da cultura e os ideais de sermos abastados na honestidade.

Alguém viu estátua de Osvaldo Vieira no "aeroporto internacional Osvaldo Vieira?" Não! Mais um, que ficou no esquecimento dos nossos historiadores e da história do PAIGC. Mas se perguntamos os nossos intelectuais e sábios guineenses quem é Luís de Camões, D. Afonso Henriques, Vasco da Gama e outros piratas portugueses, sem dúvida que a resposta ocupava dezenas de páginas e seria mais interessante que perder tempo com os nossos heróis e a nossa própria história.

Caros historiadores guineenses, Francisco Mendes tombou. Porquê? Não sabem, e é por isso que o ignoraram por não atingir o nível académico desejado para ser respeitado como homem que sacrificou a sua juventude. Não deixou nenhuma poesia para que os poetas guineenses pudessem ter motivos em homenageá-lo.

Compatriotas

Tudo bem organizado pela segurança de estado chefiado pelo António Alcântara Buscardine e sob coordenação do ministro de interior Constantino Teixeira (Txutxu Axxon).

Francisco Mendes (Chico Té) não era bem visto pelas alas Cabo-verdianos por nunca ter aceitado a segunda colonização e subordinação. Reclamava tudo que era inconstitucional na Guiné-Bissau.

Recusava acatar ordens vindas de Cabo-Verde no âmbito económico e financeiro. Não se entendia com o presidente Luís Cabral na forma da condução política e económica do nosso país cujo sacrifício foi consentido pelo povo guineense.

O presidente Luís Cabral propôs o comité executivo de luta e comité central do PAIGC a eliminação do cargo do Comissário-Principal ficando um estado presidencialista e cujo a pasta dos serviços do Negocio Estrangeiro seria ocupado pelo José Araújo e Victor Saúde Maria actual ministro de negócio estrangeiro ia desempenhar outras funções não especificada na altura no estrangeiro.

Mas foi definido o destino de Francisco Mendes na cena política guineense para autobiografia dele.

Presidente Luís Cabral resolve partir para Moçambique, para uma visita oficial a convite do seu homólogo presidente Samora Machel. A Guiné-Bissau ficou provisoriamente a responsabilidade do Comissário Principal Francisco Mendes. 48 Horas da chegada de Luís Cabral a Maputo capital de Moçambique, “Chico Té” teriam recebido um convite do Presidente Regional de Bafatá "Braima Camará" vulgo Braima Dakar para uma virtual reconciliação em Bambadinca entre o comandante de segurança de Região de Bafatá e a sua esposa.

Qual reconciliação?

Se na realidade era uma verdadeira reconciliação, até onde era limitado a responsabilidade do comandante Pinto como responsável de segurança da região na protecção do seu amigo com a alta responsabilidade de estado guineense?

Foi uma armadilha bem montado pela segurança de estado cujo comandante Pinto fiel aos princípios e métodos de Luís Cabral e Constantino Teixeira (Txutxu Axxon). O comandante Pinto tinha promessa de Luís Cabral de vir ocupar alto cargo no ministério de interior numa remodelação em grande escalada orquestrada pelos elefantes do comité executivo de luta.

Erro da avaliação ou excesso de confiança?

Francisco Mendes (Chico Té) aceitou convite. Foi envenenado com bebidas alcoolizada e deixado a mercê do volante da sua viatura numa madrugada de sereno na estrada que liga Bambadinca /Bafatá (ébrio e sozinho na estrada da morte).

Qual era a responsabilidade do Chefe de segurança Regional em termos segurança pessoal do chefe de estado interino?

Não é de transmitir ao ministério do interior o convite formulado para se organizarem em conjunto e darem parecer de segurança devida a um chefe de estado interino? Mas isso não aconteceu.

Como partiu Chico Té para Região de Bafatá (mistério). Onde andavam os homens de segurança e protocolos do chefe de estado interino? (mistério).

Quando é que o ministro de interior se deu conta do desaparecimento do chefe estado interino de Bissau? A segurança de estado não trabalhava em sintonia com a segurança pessoal do Chefe de estado interino?

Os homens do António Buscardine serviam só para caça aos comandos Africanos e contra os revolucionários guineenses?

Na madrugada de sereno entre Bafatá e Bambadinca ( na estrada da morte) Chico Té foi suprimido. O Chefe de estado interino Francisco Mendes estava acompanhado pela "Paula Taborda" sua secretaria e amiga íntima. Mais tarde ela foi abrigada abandonar Bissau para não falar e se refugiou-se em França e tive uma amena conversa com ela sobre a morte de Francisco Mendes.

Se o ministro de interior Constantino Teixeira (Txutxu Axon) é tão inocente, a recompensa e agradecimento do trabalho sujo foi recompensado. De imediato foi nomeado Comissário-Principal interino.

O presidente Luís Cabral não estava isento de cumplicidade porque podia ter nomeado outros quadros académicos como Fidel Cabral d'Almada, Victor Saúde Maria, Victor Freire Monteiro, Vasco Cabral, Mário Cabral e mais outros quadros guineenses.

Mas estes elementos não eram da confiança de Luís Cabral, nomeia um homem da sua confiança "Constantino Teixeira (Txutxu Axon)" que não vê um palmo do seu nariz para chefiar um governo de um estado independente libertado com tanto sacrifício pelo povo guineense.

Mas a intenção do Presidente Luís Cabral era outra, suprimir o cargo do Comissário-Principal criando um governo presidencialista.

Desencadeou-se no seio dos militantes mais ousados do PAIGC a viva condenação e repúdio sobre as intenções do presidente Luís Cabral que os chamou de contra revolucionários e anti unidade Guiné e Cabo-Verde.

Depois de uma calorosa discussão do Comité Central do PAIGC até madrugada, o presidente Luís Cabral resolve chamar Nino Vieira que se encontrava na altura em Cuba finalizando o seu curso interrompido durante a luta de libertação nacional, nomeando-o para o cargo do Comissário-Principal (não ao nível do primeiro-ministro) para acalmar almas desamparadas.

As reacções não fizeram esperar por parte dos inimigos de Nino Vieira. Constantino Teixeira (Txutxu Axon), Umaro Djalò, Julião Lopes e João da Costa não gostaram e desencadearam as hostilidades contra João Bernardo Vieira (Nino Vieira) Comissário-principal dos comissários.

Recusaram em aceitar Nino Vieira devido os venenos que saiam na boca dos que não viam Nino Vieira com os bons olhos. O presidente Luís Cabral não é um homem carismático e não tinha sentido de estado. Um homem que quis honrar o irmão, respeitando os princípios da liberdade e da democracia que o irmão mais velho jurou defender até a morte, devia pensar melhor e agir com a honestidade no comando do destino da Guiné-Bissau.

Devia ter dado exemplo nas suas nomeações nos lugares chaves da economia do país. A única nomeação plausível que o Presidente Luís Cabral fez é a nomeação do economista de profissão para o cargo do Director-Geral de "Estrela-do-mar" o falecido Dr. Telmo de Sousa Mendes.

Após o 14 de Novembro o presidente Nino Vieira assassinou a empresa nomeando um analfabeto na economia vinda de Guiné-Conakri de nome Abubacar Baldé ex: delegado guineense em Cabo Verde no conflito que opunham os dois países sobre os BARCOS de longo curso.

Má-fé do presidente Luís Cabral.

Nomeando Constantino Teixeira (Txutxu Axon) para o alto cargo (Comissário-Principal), Malam Gino Mané como Director-Geral de uma empresa de transporte público que arrecadava diariamente milhares contos, Tomas Lima da Costa numa empresa "GUINEGAZ " que arrecadava centenas de contos por dia e Victor Vamaim numa empresa de Automóveis "EGA" que arrecadava milhares de contos mensais e mais outras sem nenhuma formação para o desempenho das funções?

Foi um crime económico que o presidente Luís Cabral cometeu durante o seu mandato. Sem esquecer o crime do virtual Auto-estrada que ia ligar Bissau e o aeroporto Osvaldo Vieira.

Foram destruídos casas sem indemnizações, foi destruído o melhor jardim que o colonialismo construiu para lazeres das crianças guineenses. Todas estas destruições contrariaram a propaganda do PAIGC que dizia que as "CRIANÇAS SÃO FLORES DA LUTA E A RAZÃO DO NOSSO COMBATE.

A ironia da libertação nacional.

Muitas crianças ficaram sem pais, sem tetos e sem jardim. Buscardine embirrava com o belo jardim que não foi construído pelo PAIGC, mas sim, pelo colonialismo português, apesar de tudo, têm amor pelas crianças.

Sempre disse que a independência valia a pena e sempre traga algo no coração das pessoas independente. Mas os que não valeram a pena sabemos todos... Mais-valia a pena continuar com António Sebastião de Spínola do que viver no inverno de Luís Cabral e Nino Vieira.

Após o 14 de Novembro o Sr. presidente João Bernardo Vieira foi a maior decepção do povo guineense. Abusou da sua fama de guerrilheiro lendário até 7 de Junho de 1998.

Mas hoje, é um homem que quer reconciliar com o presente e esquecer os passados que não apagarão facilmente nas memórias dos guineenses.

Um passado sangrento, de horrores e de intriga política. Paulo César Buscardine tem toda razão de dizer "ADEUS CHICO TÈ QUE A ALMA DO GUERRILHEIRO DESCANSE EM PAZ."

Mas uma coisa é certíssima, a consciência dos BUSCARDINES nunca repousarão em PAZ.

Que a liberdade e a democracia nos protege. Combatente Francisco Mendes (Chico Té)

Entrevista de um dos líderes do partido africano da independência da Guiné e o Cabo Verde, Francisco Mendes (Chico Té).

Considero que o general Spínola que empregou toda a sua táctica de guerra anti guerrilha para ver se pudesse destruir a nossa luta em 2 anos seguidamente em 4 e 5 anos ele tive uma derrota total, nós consideramos que com a sua presença à nova equipa de Portugal contribuiu, porque ele conhece efectivamente a nossa realidade, a força do nosso partido, e para tomar qualquer decisão, Spínola nos conhece melhor que os outros radicados actualmente em Portugal..."

Pensamos que após o cessar-fogo, como disse, é necessário que os tropas portugueses abandonem definitivamente o nosso país e depois continuaremos a luta quer na Guiné no plano da construção do país quer em Cabo Verde para liberar as ilhas do Cabo Verde da dominação portuguesa...

Ainda não temos fixado um calendário para a evacuação das tropas portugueses porque aquilo depende das negociações em Londres, todas as negociações do mundo há sempre concessões a fazer e actualmente não vou falar claramente das concessões que estamos prontos para fazer, aquilo depende da vontade dos Portugueses também, as propostas que vão pôr-nos...

Sim temos a impressão que estão prontos para descolonizar, nós pensamos que a nova equipa quer realmente descolonizar, mas depende também de muitos factores do ponto de vista económico, por exemplo em Angola e ao Moçambique, onde têm grandes interesses, grandes capitais estrangeiros e de uma maneira ou outra pensamos que estão decididos descolonizar...

A situação na Guiné? Temos os organismos do Estado já instituídos nas regiões libertadas que funcionam normalmente, nós controlamos certamente 2/3 do território, mas há uma grande parte que está em litígio.

A população em proporção? Pode-se dizer 350.000, a metade, porque há outra parte bastante considerável também que estão refugiados no Senegal e na República da Guiné, há ainda uma pequena parte que estão sob o controlo dos Portugueses...

O que é negociável? A retirada dos bandos portugueses do nosso país, por exemplo uma futura cooperação com Portugal aquilo é negociável, uma assistência por exemplo que Portugal pode fornecer-nos no âmbito dos técnicos, o ensino, dos trabalhadores, que não são negociáveis é a dignidade do nosso país, a independência...

Um voto sobre a autodeterminação aceita? Pensamos que é absurdo que os Portugueses propõem-nos este princípio porque não pode haver voto para pedir à população se quer ser independente ou se não o quer porque a prova é que já temos lutado durante 11 anos, é uma prova maior que a população quer a independência, nós pensamos que Portugal pode pensar apenas atribuindo-nos ou aceitando o princípio que pusemos para a nossa independência, se quiserem podem continuar a guerra nas outras colónias portuguesas

Meu ídolo, que a sua alma continua a descansar em paz.

WK

1 comentário :

  1. CAMARADA FRANCISCO MENDES (TCHICO TÉ).

    Lembro-me, como se fosse hoje, do meu primeiro e último encontro privado com o Ilustre Camarada Combatente da Liberdade da Pátria - TCHICO TÉ, no seu Gabinete de trabalho, uma sexta feira início da tarde, em Bissau. Creio que devo ser a última pessoa que ele atendeu em audiência, apressado, antes da sua última viagem fatídica... Quando soube, chorei muito, com raiva, pena e sentimento de revolta. Mais ainda, atraiçoado pelos meus "pressentimentos" em relação às histórias de crimes de sangue, que ninguém tinha coragem de pronunciar na praça pública.
    Devo dizer que não pretendo contar a história toda deste encontro, mas dizer apenas que tudo começou com a censura que impediu Filomeno Pina (1978), de poder concorrer ao festival da canção, para seleccionar o vencedor que iria representar Guiné-Bissau no festival da Juventude em Cuba.
    Este impedimento teve como motivo, o facto da letra da minha canção estar em Português. Um co-poema meu, com a participação do meu amigo que Deus tem, Helder Proença (Hyou), na altura protestei veementemente no Secretariado da Juventude, nós não conseguimos... O Helder Proença desistiu, eu continuei, não fui recebido pelo Camarada João da Costa e nem pelo Camarada Manecas dos Santos (substituição possivel na altura), mas fui recebido por responsáveis da Juventude, que mantiveram um NÃO à possibilidade de cantar em Português, e só tinha uma hipótese traduzir e cantar em crioulo, o que recusei por uma questão linguistica, evitar "assassinar" expressões idiomáticas sem tradução à letra...
    Avancei para o Presidente da República, Camarada Luís Cabral que, no último momento, na fila de espera e por falta de tempo, já quase a chegar a minha vez (no Palácio da Republica), mandou-me entrar e pediu "desculpa", dizendo que se ia ausentar do País em viagem para Moçambique, mas que deixava instruções para eu ser recebido pelo Camarada Francisco Mendes. Tenho como testemunha o Camarada Duque Djassi que ouviu, e na altura responsável militar da Presidência, aliás quem me ajudou a chegar à audiência com o Presidente. No dia seguinte, fui então recebido pelo Camarada Francisco Mendes, fiquei muito bem impressionado, uma excelência em pessoa, aliás foi o balsamo para mim depois de me sentir maltratado pelos outros. Por fim, disse-me" não posso impor neste momento a sua reentrada no festival, porque já passou a primeira eliminatória, faltando apenas a final!" Lamentou, mas antes ligou para o Secretariado da JAAC, não conseguiu falar com o Camarada João da Costa e outros, até que conseguiu falar com um dos responsáveis da Juventude, entre muitas coisas ditas ao telefone que serviram para elevar a minha auto-estima, demonstrou muita cultura politica, sentido de Estado, justiça e frontalidade..., lembrando que se a língua oficial é o Português, não podemos descriminar quem cante um poema lindo neste idioma! Abraçou-me e disse" meu Jovem, fico contente ter-vos com esta força toda, gostei de o conhecer, para a semana vou mandar chamar os responsável por esta decisão infeliz" e, já NÃO aconteceu!!! Que Deus lhe dê eterno descanso e Glória...
    Hoje em dia espero que se implante de vez a liberdade de expressão no País, que se acabe com o MEDO, que a investigação se processe sem arrepios, que os nossos historiadores sejam apoiados com bolsas de investigação científica, à semelhança de outros Países, porque os custos são elevados, se o Estado quer ver a sua própria HISTÓRIA resgatada das cinzas, tem de encarar de frente os custos da investigação e com toda a isenção que daí advém!!!
    Temos investigadores, penso que o que falta são políticas específicas para certas áreas de desenvolvimento cientifico, só.
    Gostei deste artigo (sem querer dizer que concordo com ele na totalidade), e especialmente por homenagear o meu Comandante - TCHICO TÉ - Camarada Francisco Mendes...

    Abraços. Djarama. Filomeno Pina.

    ResponderEliminar


COMENTÁRIOS
Atenção: este é um espaço público e moderado. Não forneça os seus dados pessoais (como telefone ou morada) nem utilize linguagem imprópria.