Que tipos de camaradas de luta são? Que tipos de crime cometeu este homem
para merecer a tamanha sorte?
Francisco Mendes a primeira figura de estado guineense, uma figura
carismático, discreto e inteligente que se repousa ao lado do seu companheiro
de luta na Amura.
Recordam e homenageiam Amílcar Cabral e Titina Silà. Mas ele, "aucun
bouquet de fleurs" ou palavras de apreço.
Será que os historiadores guineenses que se gabam queimar pestanas a
consumir cultura ocidental não estão interessados na recuperação da nossa
memória e patrimónios guineenses?
É preciso que Dr. Mário Soares decida tomar a iniciativa para criar a
fundação "Francisco Mendes (Chico Té)? Semelhante a do Amílcar Cabral?
Na madrugada do Domingo o 3 Julho de 1978, um homem bom foi transformado
em terra.
Em 1975 dava entrada na antiga Guiné-Portuguesa os desejados combatentes
da liberdade da Pátria de Amílcar Cabral.
Num sol de boas vindas, desfilavam para o Palácio do ex: governador
colonial os cincos altos dirigentes do PAIGC por ordem hierárquica constituída
na Madina de Boé.:
Aristides Pereira Secretário-Geral / membro do comité executivo de lauta
e futuro Presidente da República de Cabo-Verde (não presidente do conselho de
estado).
Luís Cabral vice secretário-geral /membro do comité executivo de luta e
presidente do conselho de estado (não presidente da republica)
Francisco Mendes membro do comité executivo da luta e
Comissário-Principal (não primeiro ministro)
João Bernardo Vieira (NINO) Presidente de Assembleia Nacional / membro do
comité executivo de luta e Comissário das forças armadas (FARP) (não ministro
de estado)
Pedro Pires membro do comité executivo de luta e futuro primeiro ministro
de Cabo-Verde (não Comissário-principal)
Devidas as intrigas políticas no seu do PAIGC, o secretário-geral do
PAIGC Aristides Pereira convoca o comité central do partido para rectificar a
constituição e das decisões tomadas em Madina de Boé.
A hierarquia do partido e do governo foram rectificadas.
O comandante João Bernardo Vieira que tinha entrado a capital como a
quarta figura, foi despromovido para quinta figura em detrimento do comandante
Pedro Verona Pires.
Francisco Mendes (Chico Té) era uma figura virtual. E o Nino Vieira era
uma figura isolada (persona non grata).
Caros compatriotas guineenses
Na Guiné-Bissau não se valorizam as pessoas. Somos todos meninos de praça
como dizia o outro, basta o nome ou apelidos para seres desclassificado e
desvalorizado. Mas não devia ser assim.
Mas ninguém se lembra, e mesmo os historiadores guineenses que " o
combatente da liberdade da Pátria “na pessoa do Francisco Mendes (Chico Té) “
foi a primeira figura guineense, do Partido e do estado da Guiné-Bissau.
Após o seu assassinato, para acalmarem as críticas que chovia em todos os
horizontes da classe guineense, as tristezas e as lágrimas dos guineenses que
alagava as suas caras, numa decisão surpreendente e hipócrita dos elefantes do
PAIGC, resolveram simplesmente agasalha-lo ao lado do seu companheiro de luta
Amílcar Cabral no Quartel-General de Amura em Bissau.
Depois do seu agasalho, ninguém se lembrou homenagear este homem que
sacrificou a sua juventude para libertação da Guiné-Bissau que atingiu altos
cargos no partido e no estado.
Os seus companheiros de luta, e, em particular, o seu próximo Nino
Vieira, após 14 de Novembro, nenhuma palavra de apreço ou esclarecimento cabal
da morte do parente e companheiro da mesma trincheira de luta de libertação
nacional.
O seu desaparecimento foi um alívio e chegou na melhor altura deixando o
espaço de manobra para o general Nino Vieira.
Se não prestamos homenagem a este digníssimo filho guineense, a primeira
figura de Estado guineense, é porque não sabemos de onde viemos e para onde
vamos.
Devemos perder o mau hábito de desvalorização dos nossos quadros, dos
nossos patrimónios e em particular a desvalorização da nossa história.
Nenhuma nação independente consegue sobreviver a mudança do "século
vinte e um" ignorando os seus heróis e o seu passado. É por isso que
existe a disciplina de história para formar os historiadores com a finalidade
que se reabilitem o passado.
Estes combatentes da liberdade que tombaram por uma causa justa merecem
um tratamento de alto nível apesar que estamos habituados durante séculos
valorizando as façanhas dos nossos colonizadores e as suas línguas maternos.
Francisco Mendes e outros que caíram no esquecimento são patrimónios
guineenses sem dúvida, queiramos ou não. A decisão de fazer renascer as cinzas
do passado cabe aos nossos historiadores.
A história de um povo é como uma gota de azeite num copo de água. Todos
estes camaradas combatentes lutaram para valorização dos direitos humanos e a
igualdade de chance que significa libertar os dois povos da escravatura
colonial, servindo os ideais da liberdade, os ideais das oportunidades, os
ideais da cultura e os ideais de sermos abastados na honestidade.
Alguém viu estátua de Osvaldo Vieira no "aeroporto internacional
Osvaldo Vieira?" Não! Mais um, que ficou no esquecimento dos nossos
historiadores e da história do PAIGC. Mas se perguntamos os nossos intelectuais
e sábios guineenses quem é Luís de Camões, D. Afonso Henriques, Vasco da Gama e
outros piratas portugueses, sem dúvida que a resposta ocupava dezenas de
páginas e seria mais interessante que perder tempo com os nossos heróis e a
nossa própria história.
Caros historiadores guineenses, Francisco Mendes tombou. Porquê? Não
sabem, e é por isso que o ignoraram por não atingir o nível académico desejado
para ser respeitado como homem que sacrificou a sua juventude. Não deixou
nenhuma poesia para que os poetas guineenses pudessem ter motivos em
homenageá-lo.
Compatriotas
Tudo bem organizado pela segurança de estado chefiado pelo António
Alcântara Buscardine e sob coordenação do ministro de interior Constantino
Teixeira (Txutxu Axxon).
Francisco Mendes (Chico Té) não era bem visto pelas alas Cabo-verdianos
por nunca ter aceitado a segunda colonização e subordinação. Reclamava tudo que
era inconstitucional na Guiné-Bissau.
Recusava acatar ordens vindas de Cabo-Verde no âmbito económico e
financeiro. Não se entendia com o presidente Luís Cabral na forma da condução
política e económica do nosso país cujo sacrifício foi consentido pelo povo
guineense.
O presidente Luís Cabral propôs o comité executivo de luta e comité
central do PAIGC a eliminação do cargo do Comissário-Principal ficando um
estado presidencialista e cujo a pasta dos serviços do Negocio Estrangeiro
seria ocupado pelo José Araújo e Victor Saúde Maria actual ministro de negócio
estrangeiro ia desempenhar outras funções não especificada na altura no
estrangeiro.
Mas foi definido o destino de Francisco Mendes na cena política guineense
para autobiografia dele.
Presidente Luís Cabral resolve partir para Moçambique, para uma visita
oficial a convite do seu homólogo presidente Samora Machel. A Guiné-Bissau
ficou provisoriamente a responsabilidade do Comissário Principal Francisco
Mendes. 48 Horas da chegada de Luís Cabral a Maputo capital de Moçambique,
“Chico Té” teriam recebido um convite do Presidente Regional de Bafatá
"Braima Camará" vulgo Braima Dakar para uma virtual reconciliação em
Bambadinca entre o comandante de segurança de Região de Bafatá e a sua esposa.
Qual reconciliação?
Se na realidade era uma verdadeira reconciliação, até onde era limitado a
responsabilidade do comandante Pinto como responsável de segurança da região na
protecção do seu amigo com a alta responsabilidade de estado guineense?
Foi uma armadilha bem montado pela segurança de estado cujo comandante
Pinto fiel aos princípios e métodos de Luís Cabral e Constantino Teixeira
(Txutxu Axxon). O comandante Pinto tinha promessa de Luís Cabral de vir ocupar
alto cargo no ministério de interior numa remodelação em grande escalada
orquestrada pelos elefantes do comité executivo de luta.
Erro da avaliação ou excesso de confiança?
Francisco Mendes (Chico Té) aceitou convite. Foi envenenado com bebidas
alcoolizada e deixado a mercê do volante da sua viatura numa madrugada de
sereno na estrada que liga Bambadinca /Bafatá (ébrio e sozinho na estrada da
morte).
Qual era a responsabilidade do Chefe de segurança Regional em termos
segurança pessoal do chefe de estado interino?
Não é de transmitir ao ministério do interior o convite formulado para se
organizarem em conjunto e darem parecer de segurança devida a um chefe de
estado interino? Mas isso não aconteceu.
Como partiu Chico Té para Região de Bafatá (mistério). Onde andavam os
homens de segurança e protocolos do chefe de estado interino? (mistério).
Quando é que o ministro de interior se deu conta do desaparecimento do
chefe estado interino de Bissau? A segurança de estado não trabalhava em
sintonia com a segurança pessoal do Chefe de estado interino?
Os homens do António Buscardine serviam só para caça aos comandos
Africanos e contra os revolucionários guineenses?
Na madrugada de sereno entre Bafatá e Bambadinca ( na estrada da morte)
Chico Té foi suprimido. O Chefe de estado interino Francisco Mendes estava
acompanhado pela "Paula Taborda" sua secretaria e amiga íntima. Mais
tarde ela foi abrigada abandonar Bissau para não falar e se refugiou-se em
França e tive uma amena conversa com ela sobre a morte de Francisco Mendes.
Se o ministro de interior Constantino Teixeira (Txutxu Axon) é tão
inocente, a recompensa e agradecimento do trabalho sujo foi recompensado. De
imediato foi nomeado Comissário-Principal interino.
O presidente Luís Cabral não estava isento de cumplicidade porque podia
ter nomeado outros quadros académicos como Fidel Cabral d'Almada, Victor Saúde
Maria, Victor Freire Monteiro, Vasco Cabral, Mário Cabral e mais outros quadros
guineenses.
Mas estes elementos não eram da confiança de Luís Cabral, nomeia um homem
da sua confiança "Constantino Teixeira (Txutxu Axon)" que não vê um
palmo do seu nariz para chefiar um governo de um estado independente libertado
com tanto sacrifício pelo povo guineense.
Mas a intenção do Presidente Luís Cabral era outra, suprimir o cargo do
Comissário-Principal criando um governo presidencialista.
Desencadeou-se no seio dos militantes mais ousados do PAIGC a viva
condenação e repúdio sobre as intenções do presidente Luís Cabral que os chamou
de contra revolucionários e anti unidade Guiné e Cabo-Verde.
Depois de uma calorosa discussão do Comité Central do PAIGC até
madrugada, o presidente Luís Cabral resolve chamar Nino Vieira que se
encontrava na altura em Cuba finalizando o seu curso interrompido durante a
luta de libertação nacional, nomeando-o para o cargo do Comissário-Principal
(não ao nível do primeiro-ministro) para acalmar almas desamparadas.
As reacções não fizeram esperar por parte dos inimigos de Nino Vieira. Constantino
Teixeira (Txutxu Axon), Umaro Djalò, Julião Lopes e João da Costa não gostaram
e desencadearam as hostilidades contra João Bernardo Vieira (Nino Vieira)
Comissário-principal dos comissários.
Recusaram em aceitar Nino Vieira devido os venenos que saiam na boca dos
que não viam Nino Vieira com os bons olhos. O presidente Luís Cabral não é um
homem carismático e não tinha sentido de estado. Um homem que quis honrar o
irmão, respeitando os princípios da liberdade e da democracia que o irmão mais
velho jurou defender até a morte, devia pensar melhor e agir com a honestidade
no comando do destino da Guiné-Bissau.
Devia ter dado exemplo nas suas nomeações nos lugares chaves da economia
do país. A única nomeação plausível que o Presidente Luís Cabral fez é a
nomeação do economista de profissão para o cargo do Director-Geral de
"Estrela-do-mar" o falecido Dr. Telmo de Sousa Mendes.
Após o 14 de Novembro o presidente Nino Vieira assassinou a empresa
nomeando um analfabeto na economia vinda de Guiné-Conakri de nome Abubacar
Baldé ex: delegado guineense em Cabo Verde no conflito que opunham os dois
países sobre os BARCOS de longo curso.
Má-fé do presidente Luís Cabral.
Nomeando Constantino Teixeira (Txutxu Axon) para o alto cargo
(Comissário-Principal), Malam Gino Mané como Director-Geral de uma empresa de
transporte público que arrecadava diariamente milhares contos, Tomas Lima da
Costa numa empresa "GUINEGAZ " que arrecadava centenas de contos por
dia e Victor Vamaim numa empresa de Automóveis "EGA" que arrecadava
milhares de contos mensais e mais outras sem nenhuma formação para o desempenho
das funções?
Foi um crime económico que o presidente Luís Cabral cometeu durante o seu
mandato. Sem esquecer o crime do virtual Auto-estrada que ia ligar Bissau e o
aeroporto Osvaldo Vieira.
Foram destruídos casas sem indemnizações, foi destruído o melhor jardim
que o colonialismo construiu para lazeres das crianças guineenses. Todas estas
destruições contrariaram a propaganda do PAIGC que dizia que as "CRIANÇAS
SÃO FLORES DA LUTA E A RAZÃO DO NOSSO COMBATE.
A ironia da libertação nacional.
Muitas crianças ficaram sem pais, sem tetos e sem jardim. Buscardine
embirrava com o belo jardim que não foi construído pelo PAIGC, mas sim, pelo
colonialismo português, apesar de tudo, têm amor pelas crianças.
Sempre disse que a independência valia a pena e sempre traga algo no
coração das pessoas independente. Mas os que não valeram a pena sabemos
todos... Mais-valia a pena continuar com António Sebastião de Spínola do que
viver no inverno de Luís Cabral e Nino Vieira.
Após o 14 de Novembro o Sr. presidente João Bernardo Vieira foi a maior
decepção do povo guineense. Abusou da sua fama de guerrilheiro lendário até 7
de Junho de 1998.
Mas hoje, é um homem que quer reconciliar com o presente e esquecer os
passados que não apagarão facilmente nas memórias dos guineenses.
Um passado sangrento, de horrores e de intriga política. Paulo César Buscardine
tem toda razão de dizer "ADEUS CHICO TÈ QUE A ALMA DO GUERRILHEIRO
DESCANSE EM PAZ."
Mas uma coisa é certíssima, a consciência dos BUSCARDINES nunca
repousarão em PAZ.
Que a liberdade e a democracia nos protege. Combatente Francisco Mendes (Chico
Té)
Entrevista de um dos líderes do partido africano da independência da
Guiné e o Cabo Verde, Francisco Mendes (Chico Té).
Considero que o general Spínola que empregou toda a sua táctica de guerra
anti guerrilha para ver se pudesse destruir a nossa luta em 2 anos seguidamente
em 4 e 5 anos ele tive uma derrota total, nós consideramos que com a sua
presença à nova equipa de Portugal contribuiu, porque ele conhece efectivamente
a nossa realidade, a força do nosso partido, e para tomar qualquer decisão,
Spínola nos conhece melhor que os outros radicados actualmente em
Portugal..."
Pensamos que após o cessar-fogo, como disse, é necessário que os tropas
portugueses abandonem definitivamente o nosso país e depois continuaremos a
luta quer na Guiné no plano da construção do país quer em Cabo Verde para
liberar as ilhas do Cabo Verde da dominação portuguesa...
Ainda não temos fixado um calendário para a evacuação das tropas
portugueses porque aquilo depende das negociações em Londres, todas as
negociações do mundo há sempre concessões a fazer e actualmente não vou falar
claramente das concessões que estamos prontos para fazer, aquilo depende da
vontade dos Portugueses também, as propostas que vão pôr-nos...
Sim temos a impressão que estão prontos para descolonizar, nós pensamos
que a nova equipa quer realmente descolonizar, mas depende também de muitos
factores do ponto de vista económico, por exemplo em Angola e ao Moçambique,
onde têm grandes interesses, grandes capitais estrangeiros e de uma maneira ou
outra pensamos que estão decididos descolonizar...
A situação na Guiné? Temos os organismos do Estado já instituídos nas
regiões libertadas que funcionam normalmente, nós controlamos certamente 2/3 do
território, mas há uma grande parte que está em litígio.
A população em proporção? Pode-se dizer 350.000, a metade, porque há
outra parte bastante considerável também que estão refugiados no Senegal e na
República da Guiné, há ainda uma pequena parte que estão sob o controlo dos
Portugueses...
O que é negociável? A retirada dos bandos portugueses do nosso país, por
exemplo uma futura cooperação com Portugal aquilo é negociável, uma assistência
por exemplo que Portugal pode fornecer-nos no âmbito dos técnicos, o ensino,
dos trabalhadores, que não são negociáveis é a dignidade do nosso país, a
independência...
Um voto sobre a autodeterminação aceita? Pensamos que é absurdo que os
Portugueses propõem-nos este princípio porque não pode haver voto para pedir à
população se quer ser independente ou se não o quer porque a prova é que já
temos lutado durante 11 anos, é uma prova maior que a população quer a
independência, nós pensamos que Portugal pode pensar apenas atribuindo-nos ou
aceitando o princípio que pusemos para a nossa independência, se quiserem podem
continuar a guerra nas outras colónias portuguesas
Meu ídolo, que a sua alma continua a descansar em paz.
WK
CAMARADA FRANCISCO MENDES (TCHICO TÉ).
ResponderEliminarLembro-me, como se fosse hoje, do meu primeiro e último encontro privado com o Ilustre Camarada Combatente da Liberdade da Pátria - TCHICO TÉ, no seu Gabinete de trabalho, uma sexta feira início da tarde, em Bissau. Creio que devo ser a última pessoa que ele atendeu em audiência, apressado, antes da sua última viagem fatídica... Quando soube, chorei muito, com raiva, pena e sentimento de revolta. Mais ainda, atraiçoado pelos meus "pressentimentos" em relação às histórias de crimes de sangue, que ninguém tinha coragem de pronunciar na praça pública.
Devo dizer que não pretendo contar a história toda deste encontro, mas dizer apenas que tudo começou com a censura que impediu Filomeno Pina (1978), de poder concorrer ao festival da canção, para seleccionar o vencedor que iria representar Guiné-Bissau no festival da Juventude em Cuba.
Este impedimento teve como motivo, o facto da letra da minha canção estar em Português. Um co-poema meu, com a participação do meu amigo que Deus tem, Helder Proença (Hyou), na altura protestei veementemente no Secretariado da Juventude, nós não conseguimos... O Helder Proença desistiu, eu continuei, não fui recebido pelo Camarada João da Costa e nem pelo Camarada Manecas dos Santos (substituição possivel na altura), mas fui recebido por responsáveis da Juventude, que mantiveram um NÃO à possibilidade de cantar em Português, e só tinha uma hipótese traduzir e cantar em crioulo, o que recusei por uma questão linguistica, evitar "assassinar" expressões idiomáticas sem tradução à letra...
Avancei para o Presidente da República, Camarada Luís Cabral que, no último momento, na fila de espera e por falta de tempo, já quase a chegar a minha vez (no Palácio da Republica), mandou-me entrar e pediu "desculpa", dizendo que se ia ausentar do País em viagem para Moçambique, mas que deixava instruções para eu ser recebido pelo Camarada Francisco Mendes. Tenho como testemunha o Camarada Duque Djassi que ouviu, e na altura responsável militar da Presidência, aliás quem me ajudou a chegar à audiência com o Presidente. No dia seguinte, fui então recebido pelo Camarada Francisco Mendes, fiquei muito bem impressionado, uma excelência em pessoa, aliás foi o balsamo para mim depois de me sentir maltratado pelos outros. Por fim, disse-me" não posso impor neste momento a sua reentrada no festival, porque já passou a primeira eliminatória, faltando apenas a final!" Lamentou, mas antes ligou para o Secretariado da JAAC, não conseguiu falar com o Camarada João da Costa e outros, até que conseguiu falar com um dos responsáveis da Juventude, entre muitas coisas ditas ao telefone que serviram para elevar a minha auto-estima, demonstrou muita cultura politica, sentido de Estado, justiça e frontalidade..., lembrando que se a língua oficial é o Português, não podemos descriminar quem cante um poema lindo neste idioma! Abraçou-me e disse" meu Jovem, fico contente ter-vos com esta força toda, gostei de o conhecer, para a semana vou mandar chamar os responsável por esta decisão infeliz" e, já NÃO aconteceu!!! Que Deus lhe dê eterno descanso e Glória...
Hoje em dia espero que se implante de vez a liberdade de expressão no País, que se acabe com o MEDO, que a investigação se processe sem arrepios, que os nossos historiadores sejam apoiados com bolsas de investigação científica, à semelhança de outros Países, porque os custos são elevados, se o Estado quer ver a sua própria HISTÓRIA resgatada das cinzas, tem de encarar de frente os custos da investigação e com toda a isenção que daí advém!!!
Temos investigadores, penso que o que falta são políticas específicas para certas áreas de desenvolvimento cientifico, só.
Gostei deste artigo (sem querer dizer que concordo com ele na totalidade), e especialmente por homenagear o meu Comandante - TCHICO TÉ - Camarada Francisco Mendes...
Abraços. Djarama. Filomeno Pina.