sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Parlamento da Guiné-Bissau elege novo presidente conselho de administração

O parlamento da Guiné-Bissau elegeu, hoje, o deputado Amizade Fara Mendes como novo presidente do conselho de administração e pediu-lhe rigor e eficácia na gestão dos fundos que são postos à disposição pelo governo.

No seu discurso, o presidente da Assembleia Nacional Popular (ANP), Cipriano Cassamá, pediu ao novo presidente do conselho de administração daquele órgão para que tenha em atenção a preparação das despesas e necessidades do órgão para que possam ser inseridos na dotação orçamental.

Cassamá disse compreender as dificuldades financeiras do país, mas também chamou a atenção do conselho de administração no sentido de "não descurar as reais necessidades" do Parlamento "para que tenha um bom funcionamento".

No partido vencedor do último escrutínio, o antigo secretário de estado da Informação na década noventa, Califa Seidi substitui Rui Diã de Sousa, na liderança da bancada.

No lado do PRS, o antigo Ministro dos Recursos Naturais Certório Biote, substitui, Serifo Djaló, actual 1º Secretario da ANP.

Amizade Fara Mendes, antigo diretor-geral de alfândegas, é deputado eleito pelo Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC, no poder) e foi escolhido com 90 votos a favor, dois contra e nenhuma abstenção.

O conselho de administração do Parlamento guineense funciona com nove elementos, entre os quais o presidente, tem a competência de gerir os fundos postos à disposição pelo Governo e zela ainda pela logística do hemiciclo.

Os restantes oito membros serão nomeados entre os deputados das duas principais bancadas, o PAIGC e o Partido da Renovação Social (PRS).

Também hoje, naquela que foi a primeira sessão extraordinária do novo parlamento guineense, ficou decidido que o PAIGC irá indicar os nomes das figuras que vão liderar cinco das nove comissões especializadas permanentes da assembleia e o PRS quatro.

Entre as comissões especializadas anunciadas pelo presidente da ANP, destaca-se a comissão especializada permanente de Ética Parlamentar.

Segundo Cipriano Cassamá, a comissão de Ética Parlamentar foi reativada "depois de muitos anos de inoperância", não só para "moralizar o comportamento dos deputados, como de todos os servidores do Estado", notou.

A comissão permanente (não especializada) dedicada ao próprio Parlamento foi também anunciada.

É composta por 15 deputados, sete do PAIGC, cinco do PRS, o presidente e mais dois vice-presidentes da mesa da ANP.

Cipriano Cassamá considera as comissões hoje apresentadas "a força motriz" do parlamento guineense.

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