O governo liderado por Domingos Simões
Pereira está a preparar a privatização da Administração dos Portos da
Guiné-Bissau (APGB), uma das importantes empresas geradoras de receitas para o
tesouro público.
Uma fonte bem colocada informou a’O Democrata que a intenção do executivo
já foi manifestada aos trabalhadores da empresa através de uma comissão criada
para o efeito. A referida comissão, adianta a nossa fonte, promoveu
recentemente uma jornada de reflexão com funcionários com vista a recolher
opiniões sobre as modalidades da iminente privatização.
De acordo com o nosso informador, apesar
de o governo ainda não ter anunciado o concurso internacional para selecção da
empresa que encarregar-se-á de gerir a APGB, uma empresa de um dos países da
CEDEAO cujo nome não foi citado pela fonte surge na posição favorável na lista
da Secretaria de Estado de Transportes e Comunicações. “Tudo indica que a
gestão da APGB será entregue a esta empresa da sub-região, nos próximos
tempos”, acrescentou a fonte.
APGB, a maior empresa portuária
guineense, tem sido objecto de muitas disputas devido aos rendimentos gerados
mediante as movimentações de navios e cargas.
Da GUIPOR os portos passaram a ser
administrados pela APGB, antes do despoletar do conflito político-militar de 7
de Junho de 1998, tendo o referido acordo de gestão sido anulado nos anos
subsequentes.
Durante o governo de transição liderado
por Rui Duarte de Barros, a questão da privatização provocara um clima de
tensão entre o então titular da pasta dos Transportes e Comunicações, Orlando
Mendes Veigas e o sindicato de base daquela empresa que contestava publicamente
a decisão do governo. Entretanto, no meio da polémica o ministro Veigas
acabaria por ser espancado por indivíduos desconhecidos. O processo sobre o caso
está pendente no Ministério Público e várias pessoas já foram ouvidas pelos
magistrados, das quais o ex-director-geral da APGB, Augusto Cabi e o Rui Duarte
de Barros na qualidade do Primeiro-Ministro.
//Intelectuais Balantas na Diáspora/
Odemocrata
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