quinta-feira, 9 de julho de 2015

Faleceu em Lisboa o escritor guineense Félix António Sigá. Paz à sua alma e condolências à família.

Félix António Sigá, faleceu hoje em Lisboa por volta das 15:20 no Hospital Pulido Valente vítima de doença prolongada.

A pedido da família, a Fundação Ricardo Sanhá, no início do corrente ano, acolheu e acompanhou Félix António Sigá e tentou através dos meios de saúde disponíveis em Portugal ajudá-lo, ele esteve inicialmente internado no Hospital de Santa Maria e mais tarde viria a ser internado no Hospital Pulido Valente onde acabou por falecer. Que Deus o tenha em paz!
Félix António Sigá, nasceu a 16 de Maio de 1954, em Bissorã, região de Oio.

De 1975 a 1977, foi o 1° responsável da JAAC do Sector de Bissorã e no mesmo período formou, com Roberto Quessangue e Alberto de Pina, o agrupamento musical «Tchon Tchomá». Entre 1977 e 1979, foi professor do ensino básico elementar em Billá e Ilhéu do Mancebo (sector de Tite), presidente da Comissão de Estudos da Secção de Dar Salam (sector de Empada). Em 1980, foi destacado para assumir as funções de responsável da secção regional de Finanças da Delegacia da Educação de Quínara. De 1981 a 1982, foi coordenador pedagógico da Educação no sector de Empada e director do semi-internato local. No ano seguinte, responsável da Educação de Pecixe (sector de Caió, região de Cacheu).

No ano de 1983, foi chamado pelo Comité de Partido da região de Quínara para chefiar a sua secretaria regional. Entretanto, foi eleito em 1984, simultaneamente (na JAAC) secretário regional de Administração e Finanças na (URTQ) chefe do departamento de organização e finanças (na Cruz Vermelha) e tesoureiro da Delegacia Regional.

Participou como delegado político no 12º Festival Mundial da Juventude e Estudantes em Moscovo no ano de 1985, seguindo depois para Berlim Ocidental, para estágio de superação político-ideológica na Escola Superior «Karl Marx», do PSUA. Regressado ao país em meados de 1986, foi reeleito nas mesmas estruturas das organizações de massas, acumulando as de 2º secretário regional da JAAC e presidente da Delegacia Regional da Cruz Vermelha de Quínara. Participou no 4º Congresso do PAIGC como delegado, em Novembro desse mesmo ano.

Em Novembro de 1987, foi chamado ao secretariado do Comité CentraI do Partido para, em comissão de serviço, trabalhar no Departamento de Administração e Finanças. Em Janeiro de 1988, foi indigitado pela presidência da Assembleia Nacional Popular para chefiar os seus serviços administrativos.

Músico, compositor e intérprete, contabilista de profissão, já publicou alguns poemas nos programas radiofónicos «Tempo de Poesia» e «Tagara de Armondade» de Radiodifusão Nacional (1 983 e 1 987), na revista internacioml «Cadernos do Terceim Mundo» (1984), editada em Portugal. Também se dedica ao desenho artístico.

1 comentário :

  1. O escritor guineense, Antônio Félix Sigá, faleceu no início da tarde desta quinta-feira, 09 de Julho, em Lisboa (Portugal) vítima de uma doença prolongada. Em Janeiro último, o escritor foi acolhido e hospedado na fundação Ricardo Sanhá enquanto recebia tratamento médico especializado em Lisboa, Portugal.

    Conforme as informações apuradas, o escritor padecia de muitas patologias entre as quais a diabete. Félix Sigá, um dos expoentes máximos da literatura guineense, deixou o mundo dos vivos devido à doença que não conseguiu resistir.

    Em Janeiro do ano em curso o escritor estava internado no Hospital Principal Militar, em Bissau. O diagnôstico médico havia concluído na altura que o escritor poeta padecia de muitas patologias graves e recomendou a sua evacuação para um centro especializado no exterior.

    Em solidariedade para com o destacado homem de letra, um grupo de escritores guineenses, amigos e conhecidos organizara um concerto com o objetivo de recolher fundos para permitir custear a sua viagem para Portugal. A sua deslocação foi possível em parte com o apoio do governo guineense.

    De acordo com um elemento da família, contacto via telefone, confirma a’O Democrata que os familiares pretendem transladar o corpo do malogrado para Bissau, mas carrecem de meios financeiros para o efeito.

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