quinta-feira, 26 de maio de 2016

PRS Entrega uma Proposta de Governabilidade do País a José Mário Vaz

O Partido da Renovação Social (PRS) entregou ao Presidente da República da Guiné-Bissau, uma proposta que considera de “concreta e segura” para sustentar qualquer governo que vier a ser formado no país.

Estas declarações foram proferidas esta quinta-feira pelo Secretário-geral do PRS Florentino Mendes, à saída do encontro com José Mário Vaz, no quadro das consultas em curso para a escolha de um novo chefe do governo.

O Chefe de Estado manteve encontros com os partidos políticos guineenses com representações parlamentares. Segundo informações de uma fonte próxima às negociações, a Guiné-Bissau poderá conhecer ainda hoje o nome do seu novo primeiro-ministro.

No passado 12 de Maio, o Presidente da República da Guiné-Bissau demitiu o governo do Primeiro-ministro Carlos Correia.

O Partido africano para a independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) foi o vencedor das últimas eleições legislativas na Guiné-Bissau, mas tem tido dificuldades em agrupar os seus deputados na Assembleia Nacional Popular (ANP). Há já meses que o PAIGC enfrenta uma cisão profunda, na sequência da expulsão dos seus 15 deputados do partido e da ANP.


Todavia, no passado mês de Abril, os juízes do Supremo Tribunal de Justiça, através do Acórdão nº 3/2016, declararam inconstitucional a decisão da Comissão Permanente da. Mesmo assim, o parlamento do país continua altamente dividido e inoperativo devido às contradições entre várias alas partidárias representadas na ANP.

1 comentário :

  1. rês das cinco formações políticas com assento parlamentar, nomeadamente PAIGC, PCD e União Para Mudança defenderam hoje a escolha de novo Primeiro-ministro pelo PAIGC.

    Por sua vez, os Partidos da Renovação Social (PRS) e da Nova Democracia (PND) escusaram-se de apresentar as suas posições sobre o assunto limitando-se a dizer que defendem apenas a constituição de um "governo inclusivo que seja constitucional e que apresente uma garantia parlamentar".

    As posições dos partidos com assento parlamentar foram expressas após novas audiências separadas tidas hoje com o Presidente da República, José Mário Vaz.

    A saída da audiência, o primeiro vice-presidente do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Carlos Coreia disse que os libertadores mostraram ao Presidente da República que o partido vencedor das eleições legislativas é que tem o direito de governar.

    “O PAIGC tem que governar sozinho como vencedor absoluto das eleições ou escolher a colaboração livre de outros partidos com e sem assento na Assembleia Nacional Popular (ANP)para uma governação mais eficaz e mais inclusivo”, declarou.

    Por sua vez, o Secretário-geral do Partido da Renovação Social (PRS) Florentino Mendes Pereira, sem revelar o teor, disse que a sua formação politica apresentou uma proposta ao Presidente da República para a formação de novo governo.

    “Já apresentamos ao Presidente da Republica uma proposta que apresenta uma garantia parlamentar segura para sustentar qualquer governo que vier a ser apresentado nas próximas horas”, afirmou.

    Vicente Fernandes do PCD reafirmou que cabe ao partido que venceu as eleições, neste caso, o PAIGC, a legitimidade de propor a nomeação do Primeiro-ministro.

    Vicente Fernandes advertiu que caso o PAIGC não for convidado a formar o governo o PCD não poderá aliar-se "a essa questão da nomeação do chefe do próximo governo".

    Este líder da oposição aconselhou ao Presidente da República a respeitar as leis “sob pena de estar a ultrapassar os princípios elementares da Constituição da República”.

    Para o presidente do Partido Nova Democracia (PND), Iaia Djalo, é preciso um governo a funcionar porque o país está parado há mais de nove meses.

    Iaia Djaló, que também é Conselheiro do Chefe de Estado, confirmou que o presidente já tem uma proposta do PRS “que ainda não leu” e que terminado as auscultações, o chefe de Estado irá torná-la pública e, de seguida, ainda hoje, nomear o novo chefe de governo.

    Por sua vez, o Presidente da União para Mudança (UM), Agnelo Regala disse que discutiram com o Presidente da República sobre como uma formação política sem maioria absoluta, poderia garantir uma sustentabilidade parlamentar, neste caso concreto o PRS.

    “Caberá ao Presidente da República tomar a decisão que bem entender, mas ciente de que a União para Mudança em nenhuma circunstância pactuará com qualquer decisão que viole a Constituição da República”, advertiu.

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