sábado, 16 de junho de 2018

RGB - Resistência da Guiné-Bissau – “Movimento Bafatá” exige o pagamento de 126 milhões, por parte da Assembleia Nacional Popular

Quando a política multipartidária foi introduzida no início dos anos 1990, as eleições gerais de 1994 viram o RGB se tornar o maior partido de oposição ao PAIGC na Assembleia Popular Nacional, ganhando 19 dos 100 assentos. Fernandes terminou em terceiro nas eleições presidenciais com 17% dos votos. Nas eleições gerais de 1999, o RGB ganhou mais 10 cadeiras, tornando-se a oposição ao novo partido no poder, o Partido para a Renovação Social. Salvador Tchongó foi indicado como candidato do partido à presidência, mas terminou em nono no campo com apenas 2% dos votos.

O partido juntou-se a um governo de coalizão, mas retirou-se em janeiro de 2001 depois de afirmar que não foi consultado sobre uma reforma ministerial.

Os problemas internos vieram à tona quando Zinha Vaz deixou o RGB…O partido perdeu todos os seus lugares nas eleições parlamentares de 2004 e não disputou eleições em 2005, 2008, 2009 ou 2012

O partido retornou à política ativa quando disputou as eleições parlamentares de 2014, mas recebeu apenas 1,6% dos votos e não conseguiu ganhar um assento.

A Resistência da Guiné-Bissau – “Movimento Bafatá”, reclama o pagamento de cerca de cento e vinte seis milhões de francos Cfa, por parte da Assembleia Nacional Popular, referente aos subsídios de partidos políticos com assento parlamentar.

Um valor que remonta à legislatura de 1999 a 2003, quando o partido era segunda força politica mais votada, com 29 deputados.

 Esta quinta-feira, 14 de junho, em conferência de imprensa, o porta-voz da RGB/ Movimento “BAFATÁ”, Tomé Vaz, disse que ao Partido da Renovação Social (PRS), Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Partido da Convergência Democrática (PCD) e a União para Mudança (UM) foram pagos os seus respetivos subsídios referentes à legislatura de 1999 a 2003.

“Já nem a quantia de sessenta e oito milhões, quinhentos e sessenta e um mil apontada pelos sucessivos presidentes da Assembleia Nacional Popular (ANP), Jorge Malu (do PRS), Francisco Benante (do PAIGC), Raimundo Pereira (do PAIGC), e Cipriano Cassamá (do PAIGC), como o valor em dívida, estão dispostos a pagar, continuando com as mesmas desculpas de sempre. É o mesmo que dizer: aniquilemos a RGB/MB e fiquemos à vontade para dar alardes à exploração e à corrupção” acusou Tomé Vaz.

Por outro lado, Tomé Vaz exige o pagamento de indemnização de cerca de vinte e sete milhões, quinhentos e trinta mil francos Cfa, por parte do Estado guineense, pela demolição da sua sede nacional em 2008 para construir o palácio de governo.

“A RGB/MB é o único partido, na Guiné-Bissau, que, desde 1995, adquiriu e legalizou um terreno de 200m² e construiu a sua sede. Essas instalações foram demolidas em junho de 2008, na véspera das Eleições Legislativas, nas quais a RGB/MB não participou por decisão do Supremo Tribunal de Justiça. Ficamos sem espaço, sem terreno, sem sede” disse Tomé Vaz, e sublinha que “já lá vão 10 anos e a conclusão inevitável é de que tudo isto constituiu uma ardilosa perseguição que cedo e sempre foi e está sendo movida contra a RGB/MB pelo PAIGC”.

Segundo o porta-voz da RGB/ Movimento “BAFATÁ”, a expropriação da sede do partido foi feita pelo PAIGC, beneficiando do “conluio de alguns partidos” na altura em que o atual primeiro-ministro, Aristides Gomes, exercia as mesmas funções.

Neste sentido, a RGB/MB espera que o sentido de Estado que impeliu o então e o atual chefe de governo, Aristides Gomes, lhe inspire um sentido de justiça para “impor o resgate urgentíssimo dos recursos que o partido tem direito, livre de corrupção ou falcatruas”. Com e-global

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