sábado, 14 de julho de 2018

O Banco Africano de Desenvolvimento comunica que défice de investimento em África chega aos 1,2 biliões de dólares por ano


O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) estimou hoje em comuicado  que existe um défice de investimento no continente que pode chegar aos 1,2 biliões de dólares por ano, durante uma visita a Abuja para lançamento do Fórum de Investimento em África (FIA).

“Através do FIA, o BAD e os seus parceiros vão avaliar e melhorar os projectos financeiramente viáveis, atrair investidores e facilitar as transacções para diminuir o défice de investimento em África, estimado entre 200 mil milhões e 1,2 biliões de dólares por ano”, refere o BAD.

A visita a Abuja, à margem dos Encontros Anuais do Banco Africano de Exportações e Importações (Afreximbank), serve para lançar o FIA, que vai decorrer em Joanesburgo entre 7 e 9 de Novembro, e que é apresentado como um encontro de negócios para acelerar a transformação económica do continente africano.

“Só as necessidades de financiamento das infra-estruturas estão estimadas entre 130 a 170 mil milhões de dólares por ano, sendo que o investimento actual rondou os 63 mil milhões de dólares em 2016, o que equivale a um défice de financiamento entre os 67 e os 107 mil milhões de dólares, só na área das infra-estruturas”, de acordo com o BAD.

Para tentar reduzir esta falta de investimento, o BAD vai lançar uma plataforma que pretende reduzir o risco dos investimentos internacionais em África, uma iniciativa que se junta a outras, com o Repositório MANSA, do Afreximbank, uma espécie de directório de informação sobre as empresas africanas.

O Afreximbank, cujos Encontros Anuais decorrem até sábado em Abuja, a capital da Nigéria, é um banco de apoio ao comércio, exportações e importações em África e foi criado em Abuja, em 1993. Tem um capital de 5 mil milhões de dólares e está sediado no Cairo.

Os accionistas são entidades públicas e privadas divididas em quatro classes e dele fazem parte governos africanos, bancos centrais, instituições regionais e subregionais, investidores privados, instituições financeiras e agências de crédito às exportações, além de instituições financeiras não africanas e de investidores em nome individual. Com a Lusa

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