Por mais de três mil anos, mulheres, de várias nações e culturas, desempenharam papéis ativos em serviços militares nas mais variadas funções. Embora na maioria das culturas pelo mundo o dever de lutar em guerras tenha sido uma função maioritariamente masculina, várias mulheres chegaram a combater lado a lado de homens, seja abertamente ou disfarçadas, ocultando seu gênero.
Numa reunião que decorreu no Anfiteatro
João Bernardo Vieira (Nino), que contou com a participação de 326 mulheres
combatentes. A ocasião serviu para o Chefe do Estado Maior General manifestar
sua satisfação com a presença massiva das mulheres, dada a importância desta reunião,
a primeira de género desde a independência.
“Esta, é a primeira vez na história das
nossas Forças Armadas, que um Chefe de Estado-Maior General se reuniu só com as
mulheres militares”.
O General, adiantou que o objectivo da reunião
serve para reafirmar a posição do Estado Maior General relativamente a promoção
da igualdade de género e a motivação da emancipação feminina no seio da classe
e, isso se enquadra no quadro da reestruturação das Forças Armadas. Porque a
promoção da igualdade de género constitui um dos principais pilares do seu
programa de liderança nas Forças Armadas Revolucionárias do Povo guineense.
O General Biaguê Na N´tan, exortou as
mulheres a se dedicarem e empenharem-se mais na formação académica, para se
poderem concorrer ao pé de igualdade com os rapazes na obtenção de bolsas de
formação local ou externa. Pois, doravante as bolsas de estudos são concedidas
aos candidatos através da demonstração prática da sua competência.
O Tenente General Mamadú Turé (Kurmanh),
Vice-chefe do Estado Maior General das Forças Armadas, no seu uso da palavra
reforçou as ideias e mostrando a sua satisfação ao seu superior relativamente a
realização pela primeira vez na história das Forças Armadas da referida reunião
que é uma oportunidade para que as mulheres presentes demonstrarem as suas
valentias e exprimirem os seus desejos em contribuir como os homens em favor do
desenvolvimento das FARP.
Igualmente serviu da ocasião para recordar
a todos que desde o início da luta armada, a formação da guerrilha e criação
das FARP, estruturas militares tinham mulheres lutando sempre lado ao lado com
os homens, facto que motiva a obrigatoriamente, de não aceitar qualquer
afastamento mulheres no seio das Forças Armadas. Sendo assim, é obvio que as suas
contribuições para participar nas missões de Manutenção da Paz.
O Chefe da Divisão do Pessoal e Quadros do
Estado Maior General, Brigadeiro General Júlio Nhaté Sulté, serviu da ocasião,
para encorajar as mulheres, ao maior empenho, dinamismo e dedicação na formação,
visto que a atual conjuntura nas Forças Armadas, exige mais qualificação
académica ao contrário dos tempos passados em que o grau de parentesco ou
amiguismo contava acima de tudo.
Ainda nesta ordem de ideia, o Brigadeiro
General explicou que a atribuição de bolsas para formação militar tanto a nível
interno assim como externo, exige que as pessoas sejam academicamente
qualificadas.
A Capitão-de-fragata Angélica Iuque, da
Marinha de Guerra Nacional, em nome das mulheres aproveitou para exortar as
chefias militares, no sentido de reforçar mais a promoção da igualdade do
género no seio da classe castrense. Segundo ela, as mulheres militares têm sido
ao longo das décadas deixadas para trás na tomada das decisões.
Também, a Capitão-de-fragata Iuque exortou
as suas colegas a provarem que são igualmente capazes e competentes, pois,
através da emancipação feminina e não se pautar pelas vias indignas para
conseguir suas promoções nas Forças Armadas. Com as FARP´s
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