quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Quem não sente não é filho de boa gente!

Quem não sente não é filho de boa gente!

Este dito muito peculiar da Língua Portuguesa assenta bem como mote inspirador da presente iniciativa, que um Grupo de Intelectuais Balantas na Diáspora entendeu levar a efeito. Tem por fim informar com vista a contribuir para uma melhor sociedade, na Guiné-Bissau, assente na Paz e Respeito Mútuo, nas Relações Sociais e Políticas.

Depois de anos a ouvir remoques e expressões de descortesia, dirigidas, com intenção ofensiva, genericamente, contra um Grupo Étnico da Guiné-Bissau (os Balantas), entendemos que é tempo de fazer um veemente apelo para que tais práticas cessem de uma vez por todas, em nome da Paz e da Estabilidade Social, de que o nosso País tanto precisa.

De facto, a violência verbal contra os Balantas, que, muitas vezes, ganhou, ao longo da nossa curta existência, como Estado independente, expressão física, com elevado grau de desumanidade, é algo inaudita e verdadeiramente insustentável!

Ela pode encontrar-se, nas Ruas, nas Escolas, na Administração Pública, nas Empresas, nos Quartéis, na Política (sobretudo, na Política) e, até, em Salas de Baile, na Saúde e Bolsas de Estudo no Estrangeiro! Quem não sabe isso? A quem interessa tais práticas?

E o que faz a Comunidade Internacional? Enreda-se nas suas Verdades Institucionais, indiferente às causas e motivações, vítima dos manipuladores profissionais, que célere se fazem ouvir, apontando o dedo às vítimas dos seus desmandos, para que tudo fique na mesma como a lesma! Afinal, os seus interesses coincidem, muitas vezes, com os desses manipuladores!

É, por isso, um dever de Cidadania e bom senso apelar para o seu fim imediato e promover iniciativas que favoreçam o estabelecimento de novo tipo de Relações, mais humanas, mais cordatas, entre indivíduos de todos os Grupos Étnicos da nossa Terra!

Lamentável que, ao fim de quase quarenta anos de independência, ainda seja necessário falar assim!

Porque, falando, é que a gente se entende, este Grupo de Intelectuais Balantas na Diáspora julgou ser seu Dever dar um ligeiro contributo para a reposição de algumas verdades (eventualmente desconhecidas de alguns) para que, bem informados, os Guineenses estejam em condições de rever o seu comportamento, nos mais variados domínios da Vida, porque dele depende a Paz e a Estabilidade que todos reclamamos para o nosso País!

Alguns (a maioria) só se lembram disso quando ocorre uma crise, como aquela do dia 12 de Abril. Rapidamente, porém, esquecem que uma crise tem sempre uma causa: um comportamento desajustado de alguém ou grupo de pessoas que obriga à uma reacção, ainda que meramente preventiva, para evitar um mal maior!

Este é o objectivo deste Grupo de Guineenses, que tem a particularidade de pertencer ao mesmo Grupo Étnico da Guiné-Bissau e de reflectir sobre as questões que, há muito, preocupam todos os Guineenses!

Quem não sente, não é Filho de Boa gente! Nós sentimos! Reflectimos e agimos!

Para ajudar a ganhar a Paz e a Estabilidade no País!

Para que não seja mais necessário reagir à uma nova crise, qualquer que seja o motivo!

6 comentários :

  1. Intelectuais Balantas Na Diáspora Sr. Carlos Filipe o temos a te dizer com todo respeito ao seu modo de pensar, mas permita nos dizer que, nós sabemos que existe diferentes famílias e, na Guiné - Bissau existem diferentes etnias, da qual deriva povos Balantas " Brassa" e outros. Conjuntos destes que compõem povo da Guiné - Bissau designado guineense. Nós apenas assumimos a nossa parte como pessoas de bem tal como outros.
    Portanto, ignorar tudo isto parece – nos, uma atitude pouco sensata, e até, se quisermos, um pouco agressiva no seu antietnocultural primário, mas é também uma atitude pouco honesta do ponto de vista histórico, sócio-cultural e do ponto de vista intelectual.

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  2. Valdir da Silva Caros Intelectuais Balantas Na Diáspora, em nome da união do povo guineense e como sendo parte deste amado povo cujo potencial cultural é razão da nossa existência, queria tecer a nós todos um reparo importante: ''se ontem as circunstâncias não nos separaram muito menos hoje os ataques pessoais ou colectivos deverão ou poderão fazê-lo porque na GB n1 etnia é superior a outra e todas as etnias têm e tiveram as mesmas actitudes preconceituais que na sociedade moderna ou pós moderna nao abona em nada. Estamos num mundo de mutações e de globalização onde o ocidente precisa do oriente onde o preto e o branco já não se distinguem e claro que também na GB as nossas etnias não se destinguem porque 'no djagasi.' E essa diversidade nos faz sentir próximos e unidos. Se um grupo escolher se defender unilateralmente das infâmias cometidas por alguns em nome das suas pretenções ou orgulhos então este não sabe partilhar ou não aceita a partilha (mama ku ermons). Quando há erro e as pessoas em nome do erro tentam se justificar o erro torna-se mais erro ainda nunca podendo corrigir-se. Um abraço

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  3. Carlos Filipe Você continua com a sua teoria tribalista, provocatória a todo um povo como nação. Uma teoria que neste momento, desde 12A, não pretende mais que dividir o povo guineense, procurando objectivamente acentuar as diferenças étnicas para assim dividir a unidade nacional. E tanto mais provocatória e reaccionária é essa propaganda pseudo cultural, quanto coincidem com o reaccionarismo golpista manifestado em outros escritos vossos. Ninguém está a por em causa ou a duvidar da diversidade étnica, cultural, sociológica do povo da GBissau. A defesa da supremacia (qualidades) de 'uma' sobre 'outras' que constituem 'um todo' é que é um acto retrógrado e segregacionista. A variedade cultural e outros aspectos derivados das ciências do estudo do Homem, são um bem comum de todo um povo que compartilha entre si para seu próprio desenvolvimento. Continuo a considerar que a sua propaganda étnica é racista, por quanto pretende afirmar a supremacia de uma determinada etnia sobre as outras, e não como parte de um todo. E conhecendo nós aspectos da história politica recente da GBissau, a sua actuação não é inocente. Para além de que, embora eu não conheça quem é ou são as intelectualidades que estão por trás do nome "Intelectuais Balantas Na Diáspora " quase que arrisco a afirmar que deve haver muitas lacunas no V. conhecimento sobre os povos da região. Cumprimentos.

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  4. Intelectuais Balantas Na Diáspora Caro Valdir da Silva,
    Antes de mais, um grande abraço entre irmãos.Com muito agrado para nós podermos responder a sua preocupação, cá estamos de propósito para deixar-lhe a vontade.

    Caro Irmão devia ter lido e reler todos artigos publicados por Intelectuais Balantas e se encontrar um onde diga que Os Balantas sejam Superiores aos restantes etnias como o Sr. insinuou então aí teríamos que assumir isso como falha.

    O senhor vai ver em Todos Blogs que andam por ai, o único que fala em Promover união na diferença, que fala insistentemente sobre o conceito da mestiçagem entre nossas etnias e entre elas com outras culturas, é neste blog.
    Nos Produzimos dois artigos se quiser pesquisar no nosso Blog, com o titulo de "unidade Nacional como deveria ser feita hoje, assinado por Cably. Estes artigo responde cabalmente a sua inquietação sobre o nosso Blog e demonstra claramente, que não falamos só da etnia Balantas mas sim da união dos valores étnicas de toda etnias.
    O Sr. saiba que a primeira coisa que queremos e que impulsionou-nos seguir este caminho, é basicamente a procura de Aglutinar culturalmente o que nos une entre etnias, para ter um substrato comum no meio da tantas diferenças(que é ao mesmo tempo a nossa principal riqueza). Em base isso, partir para Uma Unidade solida situado num SUBSTRATO HOMOGÉNEO e TRANSVERSAL A TODAS ETNIAS. Só com isso no nosso entender podemos conseguir uma UNIDADE sem preconceitos e Solido, baseado na nossa própria realidade, evitando Catastrófica Indefinição que temos seguido ate agora como um Mero Plagio Cultural cheio de tiques alienatório. Ora, nesta Tarefa, alguém tinha
    que começar, por isso assumir e deste propósito ir ao encontro e debates com outras etnias. Isto não pode ser Maquiavelice intendida como Superioridade da etnia Balanta sobre outras...

    Quanto a Globalização, vamos ver se entendamos sobre conceitos: Que eu saiba, enquanto existir a Palavra Povo, ele sempre terá a sua particularidade, ou seja a sua bem definida cultura, só a partir dai que podemos partilhar este algo de Bom com outros
    Povos, para mim isto sim é o Caminho.
    Muito Obrigado disponha sempre.
    Espero ter ajudado....

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  5. Valdir da Silva Espero que algo de bom alem dos que ja estao sendo feitos seja feito em nome do bem-estar social e cultural da GB. Irmaos Intelectuais Balantas Na Diáspora nao sou contra nem serei contra as vossas publicacoes espero que me entendam melhor de outra forma nao sei fazer. um abraco fraterno!

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  6. Naloan Coutinho Sampa diz Se me permitam, gostaria de dizer que discordo plenamente da maioria, ou quase de tudo o que vocês trataram no artigo. Acho que o artigo foi escrito a partir de uma pesquisa superficial e sem abordagem profunda da questão étnica da Guiné. É muito triste ver que ainda existem grupo de pessoas que querem ver Guiné dividida entre tribos e escalões sociais. Guiné é de todos e todos será.

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COMENTÁRIOS
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