Lusa: O
ex-secretário-executivo da CPLP, Domingos Simões Pereira, confirmou hoje que
vai entrar na disputa à liderança do PAIGC e a sua candidatura à presidência do
partido guineense será apresentada entre "finais de fevereiro e o início
de março".
"Posso assegurar que [a preparação da
candidatura] está muito melhor do que eu podia perspetivar", disse a Lusa
o dirigente, antigo secretário-executivo da Comunidade dos Países de Língua
Portuguesa, cargo que ocupou entre 2008 e 2012.
Presente em Lisboa "para ultimar a preparação do
manifesto que vamos
apresentar para a candidatura a liderança do PAIGC"", Simões Pereira explicou que a sua candidatura tem-se deparado com "um movimento bastante positivo" e "muita esperança por parte da sociedade" que possa "representar uma viragem importante no país".
apresentar para a candidatura a liderança do PAIGC"", Simões Pereira explicou que a sua candidatura tem-se deparado com "um movimento bastante positivo" e "muita esperança por parte da sociedade" que possa "representar uma viragem importante no país".
Simões Pereira disse que tem sido bem acolhido no seu
país, tem ouvido muitas recomendações: "todas no sentido de podermos levar
uma apreciação e uma apresentação diferente param o país".
"Nós temos argumentado que a política não pode
servir simplesmente como um trampolim para o poder. Nós pensamos que deve haver
um debate de substância sobre os principais problemas com que se depara a
Guiné, mas sobretudo, nós temos de apresentar projetos de sociedade",
afirmou.
"Nós queremos dar esse passo, por isso, o nosso
manifesto é uma apresentação da nossa visão sobre aquilo que a Guiné-Bissau,
enquanto país, enquanto sociedade, carece e aquilo que pode ser o nosso
contributo neste sentido", sublinhou ainda.
Domingos Simões Pereira é engenheiro civil e
industrial, formado pelo Instituto de Engenharia de Odessa (Ucrânia) e mestre
em Ciências da Engenharia Civil pela Universidade Estatal de Califórnia, em
Fresno.
Simões Pereira foi conselheiro do primeiro-ministro da
Guiné-Bissau para as Infraestruturas por conta do Banco Mundial, ministro das
Obras Públicas, Construções e Urbanismo e também ministro do Equipamento
Social, além de ter ocupado outros cargos na estrutura estatal guineense.
O antigo ministro dos Recursos Naturais, da Educação,
da Defesa e da Função Pública, Aristides Ocante da Silva, também já apresentou,
na semana passada, a sua candidatura a líder do PAIGC.
Braima Camará, presidente da Câmara de Comércio da
Guiné-Bissau, mostrou a intenção de disputar a presidência do partido, mas
ainda não formalizou a candidatura.
O primeiro-ministro deposto da Guiné-Bissau, Carlos
Gomes Júnior, assumiu-se como "candidato natural" à presidência do
país na semana passada.
O congresso do PAIGC deverá realizar-se em maio,
depois de ser adiado, já que estava previsto para acontecer em janeiro.
A Guiné-Bissau sofreu um golpe de Estado, levado a
cabo por militares, a 12 de abril de 2012 e o governo de transição prometeu
eleições gerais em abril deste ano, entretanto, o sufrágio foi adiado.
Vários partidos políticos da Guiné-Bissau reuniram-se
hoje na capital para debater o período de transição em curso, com uns a advogar
que as eleições sejam realizadas em outubro deste ano e outros em novembro de
2014.
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