Uma
nação que nega a sua história real e transparente como a Guiné-Bissau, certamente, perde o
Norte de desenvolvimento. A nossa Guiné sofre na boca de mundo, hoje em dia,
por ter nascido sem registo de nascimento. Neste caso, o PAIGC tem enorme
responsabilidade não só histórica, mas também em tudo que está acontecendo ao
país, por falta de entendimento entre irmãos. Onde devemos começar para se sair
desta situação? Na minha modesta opinião, a cura deve começar na consciência
interna da estrutura do PAIGC; por simples razão: Porque de todas as crises que
o país tem vivido até aqui, nascem no interior deste partido, por falta de
diálogo e consenso entre os seus dirigentes. Trata-se de um marco de
convivência dominado por antigos atores de sempre, que têm implementado as
políticas de exclusividade contra o motor real do desenvolvimento do país. A
nossa terra continua em conflitos permanentes, não por falta de “ensaio” de
realizações das eleições, mas sim por falta de Reconciliação definitivas nas
energias sociais das memórias históricas passadas. É importante e necessário,
pôr fim a um modelo político injusto e exclusivo que sempre colocou em causa a
nossa coesão Nacional. E, ir partilhando o nível de confiança e de segurança,
na dinâmica de novo modelo social que o país deve implementar ao longo prazo,
para que a dignidade do Homem Guineense seja reconhecida e respeitada. Mais
vale parar um pouco e buscar duma forma serena, responsável e ponderada, os
raízes profundos do conflito entre os irmãos que, certamente, não deixa de ser
em grande parte, as desigualdades sociais e económicas entre as comunidades
divididas. É impressionante e triste assistir, a TOCA TOCA de culpa entre as
duas fações do PAIGC: de um lado o PAIGC político, cujo MATCHUNDAI se centra na
estratégia de distração de controlo social sendo o verdadeiro incentivador de
ódio. Desempenha o papel relevante de manipulador (fala barato) e usurpador de
todo esforço do Povo coligado com Mídias estrangeira no saque de riqueza do
país para o benefício de elites. Sempre que ferva a panela de pressão interna,
arrasta consigo mortos e muitos para fora de toca fazendo o papel de vítima no
exilado na arena internacional. Do outro lado PAIGC militar, cujo MATCHUNDADI se
centra em defesa de princípios emanadas de luta de libertação Nacional. Sofre
pela lembrança de experiência perigosa que muitos tiveram que passar na luta e
na era de Nino que, de certa forma, muitos não estão dispostos e nem querem
voltar a experimentar. Têm enorme dificuldade comunicativa pelo fato de
passarem toda a sua juventude na mata durante a luta de libertação. Para eles,
o poder legítimo é a obra da razão e da justiça e não de abuso de orgulho
desmedido. Querem ver o estado ligado a Família Guineense adequado a própria
história e a cultura de povo onde a economia rural se transforma em indústria
global. São os melhores políticos do que políticos civis e conhecedores da
realidade do país, experimentados militarmente nas suas áreas profissionais. O
PAIGC nasceu e cresceu em segredo e vai morrer em segredo, se não houver a
mudança de Paradigma que passa necessariamente pela poupança de vidas dos
Guineenses. Ainda não temos estado, acreditem, temos é associação de grupos,
onde o poder político se transforma em valor económico em nome da democracia,
centrado nos interesses particulares em detrimento do povo, o que não passa de
ser o estado CLEPTOCRACIA. Que tenha a gentileza de tirar do TAPETE, a história
do país para que o mundo, e a nova geração, possam duma vez por todas, conhecer
a verdadeira história de surgimento da nação Guineense. Tudo se confundem com
este partido até os símbolos de país de todos, não escapam o monopólio abusivo
dos seus líderes mesmo, os dirigentes adotados de interesses. Não faz sentido
ao longo de quase 40 anos, os nossos alunos continuam a estudar a história dos
Impérios de sempre, deixando de lado a história real da Guiné-Bissau. Os
conflitos recentes, são fontes históricos que, de certa maneira, deveriam fazer
parte do currículo escolar não só pelas suas consequências para Sociedade mas
sobretudo como matéria de caráter preventiva. Pois a Educação, é a mais
eficiente e económica de todas modalidades de assistência, por ser a única de
natureza preventiva; ela não remedeia os males Sociais mas, de certeza,
evita-os. Não deixa de ser verdade que, o país está a pedir as novas reformas
políticas, que convoca todas as forças vivas da Nação para uma reflexão
conjunta desta realidade em curso. O PAIGC, deve rever o seu passado político e
assumir compromisso não fingida como nos habitou, contra o atraso, mortos e a
pobreza absoluta a que votou o país. Também há certos alinhamentos, que têm que
ser combatidos pois permitiu que alguns espertos, se apropriassem ilegitimamente
do todo SOCIAL para os seus interesses particulares. O estado, dominado por
fidalgos ignorantes e oportunistas, mostrou-se ao longo de toda governação do
PAIGC, a incapacidade de dar o impulso que o país bem esperava. É momento do
país voltar encontrar-se com a sua diversidade étnicas, rostos e cores que dão
vida a nossa identidade cultural, única de poder do pensamento, que transformou
a nossa luta de libertação nacional numa realidade. Não é justo continuar ver o
país adiado, por causa do prazer de umas elites, em prejuízo de grande maioria
da Sociedade. Mesmo tendo a maioria qualificada ou absoluta no parlamento, o
PAIGC nunca soube estabilizar o país, sem que haja conflitos no seio da sua
governação o que acaba por tirar vidas e consequente atraso em tudo. Da mesma
cultura, nunca está disposto viver fora do PODER, mesmo para isso, custasse o
derramamento inevitável de sangue. É lamentável frequentemente, nos cegamos
pela importância de uma realidade como nossa, e, desta sorte, desequilibra-nos
o Comum, no fim acabamos por afetar o essencial (PAZ) por causa da intriga e
luta pelo poder. É hora de ganhar consciência e conservar de poucos heróis que
nos resta, como biblioteca inspiradora do Heroísmo Nacional. Mais de que nunca,
precisamos de ter HERÓIS vivos e não mortos pelos seus Camaradas, como sempre
aconteceram. É tempo de pensar que o excesso do mal moral se torna intolerável
e impõe ao homem Guineense (político) a necessidade de mudança de mentalidade
para o bem comum. Foi-se o tempo em que precisávamos de responder violência com
violência. Foi-se a era da lei do mais forte, onde o bem público era usado para
comprar a consciência e manipular a opinião pública, em defesa de grandes
grupos económicos. Não estou contra a globalização, pensar contra é bem
isolar-se e ÁFRICA, ainda não consegue andar sozinha por falta de bons dirigentes
a altura, que não passam na sua maioria, Comerciantes-políticos e, a nossa Guiné-Bissau
não escapa a regra. Vale a pena alertar, que existe Empresas multinacionais que
são naturalmente mais poderosas do que muitos estados frágeis como o da nossa
Guiné. A consciência e consequência disso, deve ser digna de profunda
ponderação porque é chocante ver um governante PATRÃO de um lado e cliente de
ESTADO do outro. Está mais que provado que ninguém ganhe esta batalha de
intriga, de matanças e muito menos de roubalheira dos recursos que é de todos,
dure tempo que durar; se quisermos viver na harmonia. Pois a opção de ganhos
mútuos deve prevalecer em benefício do interesse Nacional caso contrário: ou
erguemos junto enquanto Guineenses ou de outra maneira a nossa queda é certa.
Temos que compreender que estamos na era de exploração global, onde as vezes, o
explorador é invisível coligada com criminosos internos em nome de falsa Democracia.
Há riqueza suficiente para satisfazer as necessidades de todos, mas não para
alimentar a ganância de certas elites. A mudança é inevitável e ninguém é livre
do sofrimento da sua longa consequência, caso não invertemos o espírito
consumista e egoísta em todas instituições do país. A democracia é uma
ferramenta do povo indispensável para estabilidade do mesmo, mas, não é de todo
imune a impunidade e ao uso de força, quando o interesse de maioria está em
causa. Não é aceitável que os nossos recursos sejam negociados de forma
escandalosa, em nome de Democracia e acima disso, em detrimento do povo. Quem
não se lembra da guerra civil sangrenta de 7 de junho nascida no interior do
PAIGC por causa de falta de pão!? Ou de luta de interesses!? Não seria duro
testar de novo, atenção de povo com a outra guerra ainda com implicações
imprevisíveis? Já mais devemos aceitar que isso aconteça pois, quem ganha com a
guerra é o fabricante de armas. A coesão nacional não pode ser posta em causa e
muito menos comandada de exterior, tem que ser tratada dentro do nosso país, a
olho da opinião pública Guineense; para nos permitir descobrir os opressores e
oprimidos, ladrões de estado e vítimas de roubo, os heróis como Cabral e dos
covardes, de justos dos injustos, dos grandes produtores dos preguiçosos e dos
sérios dos mentirosos. O momento é exigente e de responsabilidade, onde a
JUSTIÇA é o imperativo nacional rumo a reconciliação verdadeira. É a hora do
PAIGC deixar cair a máscara do mal e ir ao encontro ao endereço de DEUS, e
assumir a culpa de experiência de pior lembrança, a que o país viveu ao longo
quase de 4 décadas do seu mandato. A nossa terra vive a nova realidade onde a
desconfiança é abrangente, e o combate não é contra o PAIGC e muito menos
contra aquele militante simples que passa fome com gente. O combate é contra
aqueles ladrões corruptos que roubam de todos, que na sua maioria vivem no
interior deste partido e, em certa medida, noutras estruturas do país, grandes
fomentadores da miséria socioeconómica da nossa Terra. Felizmente, os
combatentes da liberdade da Pátria os conhecem melhor do que eles conhecem a si
próprio. Basta de substituir a revolta CRÓNICA e justa, pela Culpabilidade. Os nossos
militares são os mesmos em toda a governação do país e, as casernas não mudam
de visual desde o tempo de Dona Maria. Continuam degradadas sem condições dignas,
para quem está disposto dar vida em defesa do nosso território. Urge ouvir e
respeitar o pedido destes Homens sacrificados, e tentar no mínimo melhorar as
suas condições de vida e logísticas em nome do interesse de estabilidade
nacional. Não há mal que não se acaba, a Guiné- Bissau há- de encontrar-se e
ganhar uma liderança a altura dos anseios dos interesses máximos de todos.
Custa acreditar e impressiona, desagradável e vergonhosamente ouvir, um
governante se cita publicamente a si próprio a respeito de ostentação da
fortuna que roubou ao país: tenho dinheiro que chegue e sobra para mim e os
meus netos. É preciso queimar os pensamentos de abuso, de medo,
revolta orgulho e vaidade. Semeando no seu lugar a cultura de responsabilidade
Social, alegria, compreensão, paz e a fraternidade. Por mais que avance a
tenologia, que se tenha mil amizades de interesses estratégicos, e o poder de
manipulações de telecomunicações, nada substitui o diálogo caloroso entre os
irmãos Guineenses. Pois, quando a ponte do diálogo é construída sobre as bases
da confiança e do respeito mútuo, não há nada capaz de derrubá-la, e as
relações efetivas de todo povo, estarão sempre preservadas. Mesmo os que
julguem tão poderosos politica e economicamente escondendo na concha de uma ilusão
confortável e disfarçada de falso princípio democrático, irão sem dúvidas, render
as evidências dos fatos. A reorganização total do estado, deve ser o objetivo
fundamental que vise na reforma, um preparo para que as boas políticas fluíssem
naturalmente a partir de todas estruturas do país. O novo estado em construção,
tem que assumir a liderança do processo de modernização económico e social da
nação, intervindo na produção e criando um “ modelo de desenvolvimento” que
sirva o país na sua globalidade. É evidente que uma nação só se faz através de
um esforço concentrado em produção, desenvolvimento económico e investimento
social. Outra forma não menos importante, deve ser de estabilizar e assegurar o
crescimento sustentado da economia que promoverá a correção das desigualdades
sociais e regionais. Para isso é primordial o fortalecimento do estado para que
seja eficaz a sua ação reguladora, no quadro de uma economia de mercado, bem
como os serviços básicos que presta e as políticas de cunho social que precisa
implementar. Não podemos continuar de forma alguma ter o estado “Empresário”
que entope as vias respiratórias de concorrências reguladas em prejuízos de
serviço da economia nacional e comunitária. A ambição em excesso leva as
pessoas a utilizar meios imorais, antiéticos e/ou ilegais para atingir os seus
objetivos. Sendo ela destrói as defesas montadas a partir da escala de valores
dos indivíduos levando-os a incorporar a crença de que “ o fim justifica os
meios “, corrompendo-os em todas frentes da Sociedade. Portanto, é hora de
Homem público perder a vergonha de ser honesto e trabalhar em benefício de toda
Sociedade.
Por:
Incubur N- Tchuguê
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