segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Opinião: A fatura de experiência de lembrança!



Uma nação que nega a sua história real e transparente como a Guiné-Bissau, certamente, perde o Norte de desenvolvimento. A nossa Guiné sofre na boca de mundo, hoje em dia, por ter nascido sem registo de nascimento. Neste caso, o PAIGC tem enorme responsabilidade não só histórica, mas também em tudo que está acontecendo ao país, por falta de entendimento entre irmãos. Onde devemos começar para se sair desta situação? Na minha modesta opinião, a cura deve começar na consciência interna da estrutura do PAIGC; por simples razão: Porque de todas as crises que o país tem vivido até aqui, nascem no interior deste partido, por falta de diálogo e consenso entre os seus dirigentes. Trata-se de um marco de convivência dominado por antigos atores de sempre, que têm implementado as políticas de exclusividade contra o motor real do desenvolvimento do país. A nossa terra continua em conflitos permanentes, não por falta de “ensaio” de realizações das eleições, mas sim por falta de Reconciliação definitivas nas energias sociais das memórias históricas passadas. É importante e necessário, pôr fim a um modelo político injusto e exclusivo que sempre colocou em causa a nossa coesão Nacional. E, ir partilhando o nível de confiança e de segurança, na dinâmica de novo modelo social que o país deve implementar ao longo prazo, para que a dignidade do Homem Guineense seja reconhecida e respeitada. Mais vale parar um pouco e buscar duma forma serena, responsável e ponderada, os raízes profundos do conflito entre os irmãos que, certamente, não deixa de ser em grande parte, as desigualdades sociais e económicas entre as comunidades divididas. É impressionante e triste assistir, a TOCA TOCA de culpa entre as duas fações do PAIGC: de um lado o PAIGC político, cujo MATCHUNDAI se centra na estratégia de distração de controlo social sendo o verdadeiro incentivador de ódio. Desempenha o papel relevante de manipulador (fala barato) e usurpador de todo esforço do Povo coligado com Mídias estrangeira no saque de riqueza do país para o benefício de elites. Sempre que ferva a panela de pressão interna, arrasta consigo mortos e muitos para fora de toca fazendo o papel de vítima no exilado na arena internacional. Do outro lado PAIGC militar, cujo MATCHUNDADI se centra em defesa de princípios emanadas de luta de libertação Nacional. Sofre pela lembrança de experiência perigosa que muitos tiveram que passar na luta e na era de Nino que, de certa forma, muitos não estão dispostos e nem querem voltar a experimentar. Têm enorme dificuldade comunicativa pelo fato de passarem toda a sua juventude na mata durante a luta de libertação. Para eles, o poder legítimo é a obra da razão e da justiça e não de abuso de orgulho desmedido. Querem ver o estado ligado a Família Guineense adequado a própria história e a cultura de povo onde a economia rural se transforma em indústria global. São os melhores políticos do que políticos civis e conhecedores da realidade do país, experimentados militarmente nas suas áreas profissionais. O PAIGC nasceu e cresceu em segredo e vai morrer em segredo, se não houver a mudança de Paradigma que passa necessariamente pela poupança de vidas dos Guineenses. Ainda não temos estado, acreditem, temos é associação de grupos, onde o poder político se transforma em valor económico em nome da democracia, centrado nos interesses particulares em detrimento do povo, o que não passa de ser o estado CLEPTOCRACIA. Que tenha a gentileza de tirar do TAPETE, a história do país para que o mundo, e a nova geração, possam duma vez por todas, conhecer a verdadeira história de surgimento da nação Guineense. Tudo se confundem com este partido até os símbolos de país de todos, não escapam o monopólio abusivo dos seus líderes mesmo, os dirigentes adotados de interesses. Não faz sentido ao longo de quase 40 anos, os nossos alunos continuam a estudar a história dos Impérios de sempre, deixando de lado a história real da Guiné-Bissau. Os conflitos recentes, são fontes históricos que, de certa maneira, deveriam fazer parte do currículo escolar não só pelas suas consequências para Sociedade mas sobretudo como matéria de caráter preventiva. Pois a Educação, é a mais eficiente e económica de todas modalidades de assistência, por ser a única de natureza preventiva; ela não remedeia os males Sociais mas, de certeza, evita-os. Não deixa de ser verdade que, o país está a pedir as novas reformas políticas, que convoca todas as forças vivas da Nação para uma reflexão conjunta desta realidade em curso. O PAIGC, deve rever o seu passado político e assumir compromisso não fingida como nos habitou, contra o atraso, mortos e a pobreza absoluta a que votou o país. Também há certos alinhamentos, que têm que ser combatidos pois permitiu que alguns espertos, se apropriassem ilegitimamente do todo SOCIAL para os seus interesses particulares. O estado, dominado por fidalgos ignorantes e oportunistas, mostrou-se ao longo de toda governação do PAIGC, a incapacidade de dar o impulso que o país bem esperava. É momento do país voltar encontrar-se com a sua diversidade étnicas, rostos e cores que dão vida a nossa identidade cultural, única de poder do pensamento, que transformou a nossa luta de libertação nacional numa realidade. Não é justo continuar ver o país adiado, por causa do prazer de umas elites, em prejuízo de grande maioria da Sociedade. Mesmo tendo a maioria qualificada ou absoluta no parlamento, o PAIGC nunca soube estabilizar o país, sem que haja conflitos no seio da sua governação o que acaba por tirar vidas e consequente atraso em tudo. Da mesma cultura, nunca está disposto viver fora do PODER, mesmo para isso, custasse o derramamento inevitável de sangue. É lamentável frequentemente, nos cegamos pela importância de uma realidade como nossa, e, desta sorte, desequilibra-nos o Comum, no fim acabamos por afetar o essencial (PAZ) por causa da intriga e luta pelo poder. É hora de ganhar consciência e conservar de poucos heróis que nos resta, como biblioteca inspiradora do Heroísmo Nacional. Mais de que nunca, precisamos de ter HERÓIS vivos e não mortos pelos seus Camaradas, como sempre aconteceram. É tempo de pensar que o excesso do mal moral se torna intolerável e impõe ao homem Guineense (político) a necessidade de mudança de mentalidade para o bem comum. Foi-se o tempo em que precisávamos de responder violência com violência. Foi-se a era da lei do mais forte, onde o bem público era usado para comprar a consciência e manipular a opinião pública, em defesa de grandes grupos económicos. Não estou contra a globalização, pensar contra é bem isolar-se e ÁFRICA, ainda não consegue andar sozinha por falta de bons dirigentes a altura, que não passam na sua maioria, Comerciantes-políticos e, a nossa Guiné-Bissau não escapa a regra. Vale a pena alertar, que existe Empresas multinacionais que são naturalmente mais poderosas do que muitos estados frágeis como o da nossa Guiné. A consciência e consequência disso, deve ser digna de profunda ponderação porque é chocante ver um governante PATRÃO de um lado e cliente de ESTADO do outro. Está mais que provado que ninguém ganhe esta batalha de intriga, de matanças e muito menos de roubalheira dos recursos que é de todos, dure tempo que durar; se quisermos viver na harmonia. Pois a opção de ganhos mútuos deve prevalecer em benefício do interesse Nacional caso contrário: ou erguemos junto enquanto Guineenses ou de outra maneira a nossa queda é certa. Temos que compreender que estamos na era de exploração global, onde as vezes, o explorador é invisível coligada com criminosos internos em nome de falsa Democracia. Há riqueza suficiente para satisfazer as necessidades de todos, mas não para alimentar a ganância de certas elites. A mudança é inevitável e ninguém é livre do sofrimento da sua longa consequência, caso não invertemos o espírito consumista e egoísta em todas instituições do país. A democracia é uma ferramenta do povo indispensável para estabilidade do mesmo, mas, não é de todo imune a impunidade e ao uso de força, quando o interesse de maioria está em causa. Não é aceitável que os nossos recursos sejam negociados de forma escandalosa, em nome de Democracia e acima disso, em detrimento do povo. Quem não se lembra da guerra civil sangrenta de 7 de junho nascida no interior do PAIGC por causa de falta de pão!? Ou de luta de interesses!? Não seria duro testar de novo, atenção de povo com a outra guerra ainda com implicações imprevisíveis? Já mais devemos aceitar que isso aconteça pois, quem ganha com a guerra é o fabricante de armas. A coesão nacional não pode ser posta em causa e muito menos comandada de exterior, tem que ser tratada dentro do nosso país, a olho da opinião pública Guineense; para nos permitir descobrir os opressores e oprimidos, ladrões de estado e vítimas de roubo, os heróis como Cabral e dos covardes, de justos dos injustos, dos grandes produtores dos preguiçosos e dos sérios dos mentirosos. O momento é exigente e de responsabilidade, onde a JUSTIÇA é o imperativo nacional rumo a reconciliação verdadeira. É a hora do PAIGC deixar cair a máscara do mal e ir ao encontro ao endereço de DEUS, e assumir a culpa de experiência de pior lembrança, a que o país viveu ao longo quase de 4 décadas do seu mandato. A nossa terra vive a nova realidade onde a desconfiança é abrangente, e o combate não é contra o PAIGC e muito menos contra aquele militante simples que passa fome com gente. O combate é contra aqueles ladrões corruptos que roubam de todos, que na sua maioria vivem no interior deste partido e, em certa medida, noutras estruturas do país, grandes fomentadores da miséria socioeconómica da nossa Terra. Felizmente, os combatentes da liberdade da Pátria os conhecem melhor do que eles conhecem a si próprio. Basta de substituir a revolta CRÓNICA e justa, pela Culpabilidade. Os nossos militares são os mesmos em toda a governação do país e, as casernas não mudam de visual desde o tempo de Dona Maria. Continuam degradadas sem condições dignas, para quem está disposto dar vida em defesa do nosso território. Urge ouvir e respeitar o pedido destes Homens sacrificados, e tentar no mínimo melhorar as suas condições de vida e logísticas em nome do interesse de estabilidade nacional. Não há mal que não se acaba, a Guiné- Bissau há- de encontrar-se e ganhar uma liderança a altura dos anseios dos interesses máximos de todos. Custa acreditar e impressiona, desagradável e vergonhosamente ouvir, um governante se cita publicamente a si próprio a respeito de ostentação da fortuna que roubou ao país: tenho dinheiro que chegue e sobra para mim e os meus netos. É preciso queimar os pensamentos de abuso, de medo, revolta orgulho e vaidade. Semeando no seu lugar a cultura de responsabilidade Social, alegria, compreensão, paz e a fraternidade. Por mais que avance a tenologia, que se tenha mil amizades de interesses estratégicos, e o poder de manipulações de telecomunicações, nada substitui o diálogo caloroso entre os irmãos Guineenses. Pois, quando a ponte do diálogo é construída sobre as bases da confiança e do respeito mútuo, não há nada capaz de derrubá-la, e as relações efetivas de todo povo, estarão sempre preservadas. Mesmo os que julguem tão poderosos politica e economicamente escondendo na concha de uma ilusão confortável e disfarçada de falso princípio democrático, irão sem dúvidas, render as evidências dos fatos. A reorganização total do estado, deve ser o objetivo fundamental que vise na reforma, um preparo para que as boas políticas fluíssem naturalmente a partir de todas estruturas do país. O novo estado em construção, tem que assumir a liderança do processo de modernização económico e social da nação, intervindo na produção e criando um “ modelo de desenvolvimento” que sirva o país na sua globalidade. É evidente que uma nação só se faz através de um esforço concentrado em produção, desenvolvimento económico e investimento social. Outra forma não menos importante, deve ser de estabilizar e assegurar o crescimento sustentado da economia que promoverá a correção das desigualdades sociais e regionais. Para isso é primordial o fortalecimento do estado para que seja eficaz a sua ação reguladora, no quadro de uma economia de mercado, bem como os serviços básicos que presta e as políticas de cunho social que precisa implementar. Não podemos continuar de forma alguma ter o estado “Empresário” que entope as vias respiratórias de concorrências reguladas em prejuízos de serviço da economia nacional e comunitária. A ambição em excesso leva as pessoas a utilizar meios imorais, antiéticos e/ou ilegais para atingir os seus objetivos. Sendo ela destrói as defesas montadas a partir da escala de valores dos indivíduos levando-os a incorporar a crença de que “ o fim justifica os meios “, corrompendo-os em todas frentes da Sociedade. Portanto, é hora de Homem público perder a vergonha de ser honesto e trabalhar em benefício de toda Sociedade.
Por: Incubur N- Tchuguê

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