O
ministro das Finanças do Governo de transição da Guiné-Bissau, Abubacar Dahaba,
disse hoje acreditar que com a retoma das atividades do Fundo Monetário
Internacional (FMI) os outros doadores internacionais irão regressar ao país.
O
governante guineense falava aos jornalistas à saída de uma audiência que o
chefe da missão do FMI na Guiné-Bissau, Maurice Villaverde, acabava de manter
com o primeiro-ministro de transição, Rui de Barros.
“O
Governo de transição está empenhado em fazer voltar ao país as instituições
financeiras internacionais, foi o caso do Banco Mundial, agora é o FMI que,
como ele disse e bem, já voltou completamente a retomar as suas atividades no
país”, disse Dahaba, aludindo a Maurice Villaverde.
Por
seu turno, o responsável do FMI sublinhou que a sua instituição se sente
satisfeita por retomar as atividades na Guiné-Bissau, interrompidas com o golpe
de Estado de abril passado, tal como fez a maioria da comunidade internacional.
“Estamos
satisfeitos por voltar a Bissau para o restabelecimento do diálogo com as
autoridades do país, esta foi uma missão exploratória com o objetivo de
entender melhor como foi o desenvolvimento económico no ano passado, as
perspetivas para 2013, os planos económicos do Governo”, observou Villaverde.
O
responsável do FMI diz ter aproveitado as consultas em Bissau para analisar e
dar opinião sobre a proposta do Orçamento Geral do Estado de 2013 e ainda
discutir as propostas de agenda das atividades de assistência particularmente
na área tributária e das reformas das Finanças Publicas.
“Vamos
manter um diálogo constante. Na próxima semana, temos previsto uma reunião com
o ministro das Finanças em Washington e em abril a missão vai voltar para
prosseguir o diálogo”, afirmou Villaverde.
Para
o ministro das Finanças guineense, a retoma das atividades do FMI no país por
si só vai permitir o regresso de outras instituições internacionais pelo que,
assinalou, o Governo vai continuar a sensibilizar os parceiros.
“É que a
Guiné-Bissau sozinha, dificilmente, pode conseguir os seus objetivos de
desenvolvimento. Precisamos dos apoios da comunidade internacional”, notou
Abubacar Dahaba.
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