Bissau - O Executivo britânico exige que o Governo de transição realize Eleições Gerais o mais rápido possível, antes do final de 2013.
John Marshall fez as declarações no
âmbito da visita ao país do Grupo Parlamentar da Amizade Reino
Unido - Guiné-Bissau, a 18 de Fevereiro, na sede da União Europeia
(UE), numa cerimónia de recepção oferecida pelo Delegado da UE em
Bissau, onde a prensa esteve presente.
De acordo do diplomata britânico com
residência em Dakar, o Reino Unido pretende ver em funcionamento na
Guiné-Bissau um Governo de transição genuinamente inclusivo, tendo
destacado o avanço dos níveis de diálogo entre o Partido Africano
da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) e o Partido da
Renovação Social (PRS).
O funcionamento dos trabalhos na
Assembleia Nacional Popular e a revisão e consequente assinatura do
pacto de transição pelo PAIGC foram aspectos igualmente destacados
por John Marshall, como passo essencial para que sejam retomados os
contactos entre o Governo de transição e a Comunidade
Internacional.
«Uma vez estabelecidas estas autoridades de transição inclusivas, pretendemos que estas conduzam a um processo de transição consensual até à realização de Eleições Gerais, antes do final do corrente Ano», referiu John Marshall.
«Uma vez estabelecidas estas autoridades de transição inclusivas, pretendemos que estas conduzam a um processo de transição consensual até à realização de Eleições Gerais, antes do final do corrente Ano», referiu John Marshall.
Trata-se de um escrutínio que o
Delegado da UE em Bissau considera que deve ser planeado
cuidadosamente, administrado adequadamente e observado eficazmente.
Neste sentido, o diplomata britânico
disse que as leis guineenses devem ser adaptadas de modo a prever a
participação de observadores nacionais, que desempenham um papel
crucial em todas as democracias do mundo.
«Estas Eleições deverão ser
credíveis e conduzir a uma Governo democraticamente eleito que possa
ser novamente acolhido no seio da família das nações e trabalhar
para melhorar vida dos cidadãos da Guiné-Bissau», referiu.
No aspecto militar, John Marshall
reconheceu o papel histórico da classe castrense, afirmando que esta
deve ser ajudada e modernizada para que possa constituir um elemento
de apoio à democracia e ao desenvolvimento do país.
«Isto significa aplicar um plano de
reforma no sector de Defesa e Segurança, garantindo sustento aos
antigos combatentes e promovendo uma nova geração de dirigentes que
compreenda o papel dos militares em democracia», disse o diplomata.
Em relação ao golpe de Estado de 12
de Abril de 2012, John Marshall condenou a acção dos militares:
«Condenamos o golpe de Estado de 12 de Abril e associamo-nos à
população da Guiné-Bissau e à Comunidade Internacional,
declarando que este terá que ser o último golpe de Estado neste
país».
O Delegado da UE assegurou que estas práticas já pertencem ao passado de África, durante a época pós-colonial: «O presente da África é bem diferente, tal como se demonstra em alguns países do continente, nomeadamente Cabo Verde, Senegal, Gana, Zâmbia e Serra Leoa», exemplificou.
John Marshall destacou ainda que os referidos países são caracterizados por factores de ordem constitucional, estabilidade política, paz, segurança, democracia, e por uma população com uma voz activa na orientação dos destinos, através do desenvolvimento económico: «Este é o futuro que pretendemos para a Guiné-Bissau, que a população deseja e merece».
O Delegado da UE assegurou que estas práticas já pertencem ao passado de África, durante a época pós-colonial: «O presente da África é bem diferente, tal como se demonstra em alguns países do continente, nomeadamente Cabo Verde, Senegal, Gana, Zâmbia e Serra Leoa», exemplificou.
John Marshall destacou ainda que os referidos países são caracterizados por factores de ordem constitucional, estabilidade política, paz, segurança, democracia, e por uma população com uma voz activa na orientação dos destinos, através do desenvolvimento económico: «Este é o futuro que pretendemos para a Guiné-Bissau, que a população deseja e merece».
Sobre a Comunidade Internacional, John
Marshall disse haver necessidade de coordenação de esforços para o
dossier da Guiné-Bissau, tendo saudado a recente nomeação de José
Ramos-Horta para o cargo de Representante Especial do
Secretário-geral das Nações Unidas para Guiné-Bissau.
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