sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Processo de Transição na Guiné-Bissau está no caminho certo – Ramos-Horta ao Conselho de Segurança da ONU



Nova Iorque – O Representante Especial das Nações Unidas na Guiné-Bissau admitiu, pela primeira vez, a possibilidade do adiamento das eleições presidências e legislativas previstas no país em Novembro.

As declarações de José Ramos-Horta foram feitas aos repórteres, logo após a sua apresentação no Conselho de Segurança da ONU, esta quinta-feira, em Nova Iorque.
“Apesar de um possível atraso nas eleições marcadas para Novembro”, disse Ramos-Horta, “os esforços políticos na Guiné-Bissau estão a avançar e o país permanece calmo”.

Na sua reunião à porta fechada com o Conselho de 15 membros, o Representante Especial da ONU disse que a situação continua tranquila e “estamos no caminho certo para continuarmos os esforços no restabelecimento da ordem constitucional na Guiné-Bissau”.

Ele acreditou na estabilização do país, aos esforços de cooperação entre as autoridades nacionais e os organismos internacionais, nomeadamente a União Africana (UA), a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), a Comunidade dos Países de Língua Oficial Portuguesa (CPLP) e a ONU.

As eleições legislativas e presidenciais tinham sido programadas para o final deste ano, mas devido a problemas de financiamento e outras razões logísticas, elam podem ser adiadas, vinculou o Representante Especial.

“É preferível que se realize no dia 24 de Novembro, mas se o escrutínio tiver que ser adiado, vai ser adiado por um período muito curto de tempo”, disse Ramos-Horta, que também é o chefe da missão política da ONU na Guiné-Bissau.

Ramos-Horta advertiu, no entanto, que enquanto um pequeno atraso não iria criar novos desafios, um atraso mais significativo poderia “desestabilizar a situação política, minando os esforços que conquistamos até agora”.

No tocante à questão do tráfico de drogas que assola o país, o Representante da ONU revelou que o Presidente de Transição Manuel Serifo Nhamadjo prometeu enviar uma carta ao secretário-geral Ban Ki-moon, pedindo uma comissão internacional de investigação sobre o tráfico de drogas e o crime organizado na Guiné-Bissau.

Ramos-Horta fala também de uma segunda carta a ser escrita por Serifo Nhamajo que pedirá a ajuda da ONU no processo da investigação sobre crimes graves do passado. O chefe da UNIOGBIS considera corajosos estes passos a dar pelas autoridades de transição da Guiné-Bissau.

Com a Agência das Notícias da ONU
GBissau.com

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