A dragagem do Porto de Bissau, a compra de “tractores portuários” e a assistência social aos trabalhadores são as prioridades da Empresa Pública Administração dos Portos da Guiné-Bissau (APGB) durante este período de transição.
De acordo
com Félix Nandungue, para a limpeza do Porto de Bissau a APGB aguarda somente o
desbloqueamento, por parte de Banco Oeste Africano (BOAD), do” Fundo para Área
Portuária” no valor de cerca de sete biliões de Francos cfa.
“No entanto,
o seu desbloqueamento está ser difícil, porque a empresa portuguesa TERTIL que,
outrora geria os portos continua a exigir a sua indemnização por alegada
rescisão do contrato antes do fim do período previsto da gestão. Por isso, está
a dificultar este processo”, acusou Nandungue para acrescentar que a dragagem é
urgente não só para permitir a vinda de navios de grande porte à Bissau como
também para acabar com as dificuldades de atracagem que os navios normais que
vêm ao país enfrentam.
Caso
contrário, segundo este responsável, o porto de Bissau que esta “cheia” de lama
e de algumas sucatas poderá vir, dentro de quatro anos, a não conseguir receber
embarcações que nele conseguem hoje atracar.
Relativamente
aos equipamentos, o Director-geral da APGB adiantou que está em curso um
processo de negociação com os bancos comerciais no país no sentido de conceder
um crédito à APGB para adquirir cinco “tractores portuários” para o transporte
dos contentores.
A APGB, no seu entender, não deve continuar a
pagar diariamente o aluguer de camiões às empresas privadas, porque estes
pagamentos constituem um “enorme fardo” a uma empresa pública cujas receitas
“baixaram na ordem de 43 por cento comparativamente há dois ou três anos”.
Ainda sobre
o plano das acções, Félix Nandungue disse que a direcção da empresa está a
negociar com a empresa de construção ASCON com vista a conclusão da
pavimentação do parque do porto.
No que tange
a questão dos trabalhadores, o DG da APEGB promete continuar a garantir um
salário regular à 25 de cada mês, o pagamento do 13º mês, em Dezembro deste
ano, a assistência médica e medicamentosa.
Nandungue
promete ainda diligenciar para o pagamento da dívida da APGB para com a
Segurança Social, visando a obtenção de apoios desta instituição como no
passado.
Abordado
sobre a alegada intenção do governo de transição de privatizar a APGB, Félix
Nandungue disse que compete aos órgãos políticos do país tomar tal decisão, mas
recomenda que se tenha em conta os direitos de mais de 600 funcionários desta
empresa.
Félix
Nandungue pediu “desculpas aos operadores económicos pelas perturbações que
tiveram lugar no passado na APGB” e exortou-os a acreditarem num serviço de
qualidade nesta empresa pública que disse ser “viável”.
Director-geral
da Administração dos Portos da Guiné-Bissau EP há dois meses, Nandungue
substituiu no cargo Augusto Cabi.
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