quinta-feira, 31 de outubro de 2013

APGB perspectiva dragagem ainda este ano do Porto de Bissau


A dragagem do Porto de Bissau, a compra de “tractores portuários” e a assistência social aos trabalhadores são as prioridades da Empresa Pública Administração dos Portos da Guiné-Bissau (APGB) durante este período de transição.

De acordo com Félix Nandungue, para a limpeza do Porto de Bissau a APGB aguarda somente o desbloqueamento, por parte de Banco Oeste Africano (BOAD), do” Fundo para Área Portuária” no valor de cerca de sete biliões de Francos cfa.

“No entanto, o seu desbloqueamento está ser difícil, porque a empresa portuguesa TERTIL que, outrora geria os portos continua a exigir a sua indemnização por alegada rescisão do contrato antes do fim do período previsto da gestão. Por isso, está a dificultar este processo”, acusou Nandungue para acrescentar que a dragagem é urgente não só para permitir a vinda de navios de grande porte à Bissau como também para acabar com as dificuldades de atracagem que os navios normais que vêm ao país enfrentam.

Caso contrário, segundo este responsável, o porto de Bissau que esta “cheia” de lama e de algumas sucatas poderá vir, dentro de quatro anos, a não conseguir receber embarcações que nele conseguem hoje atracar.

Relativamente aos equipamentos, o Director-geral da APGB adiantou que está em curso um processo de negociação com os bancos comerciais no país no sentido de conceder um crédito à APGB para adquirir cinco “tractores portuários” para o transporte dos contentores.

 A APGB, no seu entender, não deve continuar a pagar diariamente o aluguer de camiões às empresas privadas, porque estes pagamentos constituem um “enorme fardo” a uma empresa pública cujas receitas “baixaram na ordem de 43 por cento comparativamente há dois ou três anos”.

Ainda sobre o plano das acções, Félix Nandungue disse que a direcção da empresa está a negociar com a empresa de construção ASCON com vista a conclusão da pavimentação do parque do porto.

No que tange a questão dos trabalhadores, o DG da APEGB promete continuar a garantir um salário regular à 25 de cada mês, o pagamento do 13º mês, em Dezembro deste ano, a assistência médica e medicamentosa.

Nandungue promete ainda diligenciar para o pagamento da dívida da APGB para com a Segurança Social, visando a obtenção de apoios desta instituição como no passado.

Abordado sobre a alegada intenção do governo de transição de privatizar a APGB, Félix Nandungue disse que compete aos órgãos políticos do país tomar tal decisão, mas recomenda que se tenha em conta os direitos de mais de 600 funcionários desta empresa.

Félix Nandungue pediu “desculpas aos operadores económicos pelas perturbações que tiveram lugar no passado na APGB” e exortou-os a acreditarem num serviço de qualidade nesta empresa pública que disse ser “viável”.

Director-geral da Administração dos Portos da Guiné-Bissau EP há dois meses, Nandungue substituiu no cargo Augusto Cabi. 

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