O
primeiro-ministro deposto da Guiné-Bissau pediu hoje à direcção do PAIGC para
que seja indigitado como o candidato deste partido às presidenciais de 16 de
Março.
Numa carta dirigida ao Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde, Carlos
Gomes Júnior justifica o seu pedido pelo facto de não
ter sido realizada a segunda volta das eleições presidenciais de 2012 nas quais
era o candidato do partido e “vencedor da primeira volta”.
Como foram agendadas “novas eleições presidenciais de Raiz,” lê-se na
carta, Carlos Gomes Jr. diz solicitar “a anuência da Direcção do partido” para
a apresentação da sua candidatura no Supremo Tribunal de Justiça.
Já ontem, numa conferência
de imprensa em Cabo verde onde reside temporariamente, Gomes Jr. Lamentava a
forma como o Congresso do PAIGC estava a ser preparado. “Os preparativos
decorrem «de forma atabalhoada. O Presidente do partido, segundo os Estatutos,
é um órgão e há toda a necessidade de concertação para haver uma orientação.
(…) Se a direcção entendeu que tinha condições para fazer o Congresso sem o
Presidente do partido, só tenho que desejar-lhes boa sorte. Infelizmente não
fui tido nem achado», declarou.
O oitavo Congresso
do PAIGC deveria ter começado hoje na cidade de Cacheu, norte da Guiné-Bissau.
Mas, fontes próximas ao partido falam da realização de uma reunião do Comité
Central do PAIGC, pelo que a abertura oficial do congresso deverá ter lugar
amanhã, 31 de Janeiro.
//gbissau.com
Acho que o PAIGC deve, simplesmente declinar (recusar) esta solicitação do Carlos Gomes Jr., não porque ele não tem o direito de se candidatar. Mas porque neste momentos o País ainda vive a supremacia política das forças armadas, ele é um elemento a abater e é importante que apareçam outras referências políticas para a governação.
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