terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Paulo Gomes quer acordos para candidatura presidencial de "compromisso nacional" na Guiné-Bissau



Paulo Gomes, um dos dez candidatos anunciados à presidência da Guiné-Bissau, divulgou hoje uma carta aberta em que se diz disponível para acordar apoios de quaisquer partidos ou entidades para uma "candidatura de compromisso nacional".

O candidato manifestou "o desejo" e "completa abertura" para equacionar com "partidos políticos, entidades particulares e todas as forças vivas da Nação (...) as modalidades de apoio" que lhe poderão conferir.

Na carta aberta, Paulo Gomes disse que é melhor procurar "consensos" do que haver candidaturas de "grande número de figuras", como é "hábito" acontecer nas eleições guineenses.

"Para alguns, esse fenómeno é interpretado como sinal de vitalidade da nossa democracia, porém, para outros, onde me posiciono, isso tem revelado apenas a incapacidade de (...) gerarmos consensos", escreveu no documento.

Para o candidato, essa incapacidade implica o risco de serem feitas "escolhas erradas".

Em vez disso, considerou que todos devem pôr de lado as "amarras partidárias" e a "rede de afetos e interesses pessoais, que em diversas ocasiões têm tolhido o discernimento na hora de escolher os dirigentes".

O economista e ex-quadro superior do Banco Mundial considerou estar à altura da responsabilidade e ergueu como bandeiras da candidatura os jovens, o combate à corrupção e a restauração da dignidade do cargo de Presidente da República e do país.

A carta aberta foi divulgada hoje junto dos meios de comunicação social, antes de Paulo Gomes formalizar a entrega da candidatura às presidenciais no Supremo Tribunal de Justiça, em Bissau.

A deposição dos documentos será feita na quinta-feira, às 11:00.

Além de Paulo Gomes, já anunciaram a intenção de se candidatarem à presidência da Guiné-Bissau, nas eleições de 16 de março, Abel Incada, empresário e vice-presidente da Câmara do Comércio da Guiné-Bissau (apoiado pelo PRS), Afonso Té, líder do PRID, Partido Republicano da Independência e Desenvolvimento (candidato da coligação de partidos Fórum Guiné-Bissau) e Carlos Gomes Júnior, primeiro-ministro deposto.

Estão também na lista Domingos Quadé, bastonário da ordem dos advogados da Guiné-Bissau, Fernando Jorge d'Almada, quadro sénior na Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e Hélder Vaz, ex-diretor-geral da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

Completam as candidaturas anunciadas Iaia Djaló, o líder do Partido da Nova Democracia (com apoio do PND), Nuno Nabiam, engenheiro de aviação, presidente de agência de Aviação Civil e Tcherno Djaló, antigo ministro da Educação da Guiné-Bissau.

Sem comentários :

Enviar um comentário


COMENTÁRIOS
Atenção: este é um espaço público e moderado. Não forneça os seus dados pessoais (como telefone ou morada) nem utilize linguagem imprópria.