O parlamento da Guiné-Bissau não consegue juntar
deputados suficientes para discutir as alterações à lei eleitoral porque os
eleitos do partido maioritário (PAIGC) se encontram reunidos em congresso,
disse hoje o presidente de transição, Serifo Nhamadjo.
De partida para a Nigéria, para se encontrar com o
presidente em exercício da Comunidade Económica dos Estados da Africa Ocidental
(CEDEAO), Goodluck Jonathan, Nhamadjo disse ter recebido a informação do
próprio presidente do parlamento guineense.
A Assembleia Nacional Popular devia reunir-se para
discutir o encurtamento de prazos previstos na lei eleitoral, de forma a
viabilizar a realização de eleições gerais no dia 16 de março, mas tal já não
será possível, pelo menos até ao encerramento do congresso.
O PAIGC (Partido Africano da Independência da Guiné e
Cabo Verde) tem 67 deputados no Parlamento guineense e quase todos estão no
congresso que decorre em Cacheu, norte do país, onde o partido deve eleger uma
nova liderança.
O oitavo congresso do PAIGC ainda não tem uma data do
encerramento.
"Mesmo que o parlamento quisesse reunir-se, não
seria possível por falta de quórum, por causa do congresso" do PAIGC,
observou Nhamadjo, em declarações aos jornalistas momentos antes de partir para
a Nigéria.
Serifo Nhamadjo disse que vai informar o presidente
nigeriano sobre "a evolução do processo" eleitoral e ainda sobre a
determinação das autoridades guineenses para que as eleições decorram na data
prevista.
O presidente guineense disse que, se tiver
oportunidade, regressa ainda hoje a Bissau, senão na quarta-feira de manhã, e
irá convocar os titulares de órgãos de soberania e representantes da comunidade
internacional.
Na sexta-feira ou sábado vai encontrar-se com os
partidos políticos e representantes da sociedade civil para analisarem o
processo eleitoral, concluiu.
//Lusa
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