O recenseamento eleitoral na Guiné-Bissau termina no
sábado às 21:00, prologando-se por mais dois dias na diáspora, anunciou hoje o
governo de transição em comunicado.
No documento, subscrito pelo ministro da administração
do território e poder local, Baptista Té, é também feito um apelo "a todos
os cidadãos com idade de votar e que ainda não fizeram a sua inscrição"
para que se dirijam a uma das mesas de recenseamento.
De acordo com uma tabela com cada um dos 44 setores em
que se divide a Guiné-Bissau, o recenseamento atingiu hoje 91 por cento do
universo estimado de cerca de 811 mil eleitores.
A região de Quinará, no sul da Guiné-Bissau, é a que
regista maior percentagem de eleitores registados, 98 por cento, enquanto o
valor mais baixo é o da região de Gabú, a leste, com 86 por cento.
Na diáspora estão registados 19.960 eleitores.
As eleições gerais na Guiné-Bissau estão marcadas para
16 de março, mas a data está em risco.
Devido a diversos problemas de implementação no
terreno, o recenseamento (que devia ter decorrido em dezembro) foi prolongado,
o que deverá obrigar o parlamento a alterar as leis eleitorais para encurtar
prazos legais.
Mesmo encurtando prazos, poderá já não ser possível
manter a data da votação.
O representante das Nações Unidas para a Guiné-Bissau,
José Ramos-Horta, classificou na terça-feira a operação de recenseamento como
"um sucesso" e admite que as eleições possam ser adiadas, "no
máximo", duas semanas.
O presidente de transição, Serifo Nhamadjo, iniciou
esta semana uma ronda de contactos com diferentes forças vivas do país e com a
comunidade internacional para tomar uma decisão sobre o assunto.
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