sexta-feira, 7 de março de 2014

Desorganização da Administração Pública é principal causa do conflito na Guiné-Bissau



Desorganização da Administração Pública é principal causa do conflito na Guiné-Bissau”, acusa porta-voz do EMGFA

O Porta-Voz do Estado-maior General das Forças Armadas da Guiné-Bissau, apontou a “profunda desorganização” da Administração do Estado e a “precária gestão” de recursos humanos existente no país de serem os principais factores de conflitos na Guiné-Bissau.

Dr. Daba Na Walna que falava hoje, na abertura da Conferência-Debate sob tema “Presidente da República e a Estabilização Político – Militar do país”, organizado pela Plataforma Guiné-Mindjor, acrescentou que tais causas criam injustiça social de toda a ordem.

“Se as pessoas forem promovidas de acordo com as suas capacidades e trabalharem consoante o que sabem, haverá pouco espaço para conflitos. Mas na Guiné-Bissau acontece o contrário e a Administração Pública guineense favorece o clientelismo e partidarismo, ” acusou Dr. Daba na Walna. 

Disse que, os conflitos nunca surgiram nas tabancas, mas surgem sempre nos acessos aos cargos políticos na Administração Pública, através dela, motiva os choques de carácter étnico e religioso, porque faltam critérios da promoção.

O Estado é maior empregador, não pode abarcar toda a gente e tem o problema do funcionamento administrativo porque cada partido que ganha as eleições leva seu pessoal e mantém os que lá estavam. Isto não contribui para o bem-estar”, lamentou Dr.Na Walna.

O Porta-Voz do EMGFA sublinhou que, para que os que pensam que os militares são principais causas dos conflitos no país deviam reflectir antes, pois são os militares as vítimas mortais quando há instabilidade política.

//ANG

1 comentário :

  1. Tão verdade como é o desrespeito pelos pilares básicos na politica: Democracia verdadeira - conjunto de princípios e códigos morais; Desenvolvimento - perfazer uma redistribuição equitativa das riquezas.
    Quando a tudo isto somarmos a ausência de politicas de investimento na renovação dos recursos humanos que esta na base de todas as reformas estruturais, estamos simplesmente a abrir caminho para o compadrio e clientelismo que tomou conta deste País onde os militares são de facto os últimos culpados.

    Está, por uma vez, na hora de darmos a mão a palmatória e assumirmos a verdade.

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