A Unitel
recusa pagar perto de 250 milhões de euros em dividendos à PT. E diz ter
direito de preferência sobre acções que PT tem na Unitel em caso de processos
de venda ou fusão.
O braço-de-ferro entre a empresária angolana Isabel dos
Santos e a Portugal Telecom (PT) agudizou-se ontem, a dois dias das assembleias-gerais
que vão aprovar, em Lisboa e no Rio de Janeiro, a fusão entre a operadora
portuguesa e a brasileira Oi. A PT é accionista da operadora angolana Unitel,
com uma participação de 25% na companhia controlada por Isabel dos Santos, mas
este parece ser cada vez mais um casamento de conveniência.
A Unitel recusou ontem a pagar quase 250 milhoes de
dividendos em falta à empresa portuguesa, alegando “ a existência de uma
irregularidade” cometida pela PT. E lembra que, “de acordo com os contratos em
vigor” os seus accionistas “gozam do direito de preferência sobre as acções da
Unitel no caso de uma transação ou fusão.
Ou seja, a empresa angolana levanta a possibilidade de ficar
com os 25% que a PT detém na Unitel, na sequência de fusão com a Oi, deixando
no ar a possibilidade de uma nova irregularidade de uma nova irregularidade do
lado da operadora portuguesa. Também o fundo Helios, parceiros da PT na
Africatel com uma participação de 25%, alegou ter direitos no processo de fusão
mas estar disponível para conversar com a operadora.
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