O Primeiro-Ministro de Transição anunciou que, a
partir de 2016, qualquer empresário que pretende exportar a castanha de caju da
Guiné-Bissau, tem que obrigatoriamente dispor de uma indústria de transformação
com a capacidade mínima de 500 toneladas.
Rui Barros falava à imprensa, apos uma visita,
quinta-feira, a um armazém na vila de Ingoré, onde se encontram 15 mil
toneladas da castanha de caju apreendida, e que se destinava a venda
clandestina no Senegal.
Barros disse que a medida visa criar as condições
propícias para a transformação local do caju, com vista a criação de empregos.
“E preciso a colaboração das populações no combate à
fuga da castanha. As nossas fronteiras são vulneráveis e com muitas passagens
clandestinas. As vezes, as populações conseguem transportar mais de cem quilos
de castanha nas bicicletas”, explicou.
O chefe do executivo de transição informou que para
estancar essa prática, o Secretario de Estado de Valorização de Produtos
Agrícolas abriu gabinetes em Ingoré e São-Domingos.
“Graças a essa iniciativa, tem havido apreensões de
castanhas que deveriam ser vendidas no Senegal”, disse.
Segundo Rui Barros, o Governo decidiu criar um
incentivo para todas as pessoas que denunciarem o transporte ilegal da castanha
para os países vizinhos.
Quarenta por cento das receitas provenientes da
venda da castanha apreendida é doado ao denunciante, 40 por cento para a Guarda
Nacional e os restantes 20 para aquisição de meios de apoio à fiscalização”,
esclareceu.
Rui Barros considerou que a presente campanha esta a
decorrer muito bem, visto que o preço mínimo determinado pelo estado esta a ser
respeitado, e que em algumas localidades até esta a aumentar, a medida que a
procura esta a aumentar nessas localidades.
“Não somente
isso, na campanha de comercialização do presente ano foram determinadas as
condições em que um operador possa ter acesso ao alvará para exercer as suas
actividades no sector. Uma delas é não dever ao fisco, ter trabalhadores
registados na segurança social e dar garantias de que o dinheiro ganho na venda
da castanha será investido no país”, referiu.
Outras condições enumeradas pelo Primeiro-Ministro
para ser exportador da castanha têm a ver com a certificação da qualidade, que
segundo Barros faz subir o preço da castanha da Guiné-Bissau no exterior.
Temos governantes capazes, apenas nos falta vontade de fazer bem de forma honesta, sem beneficios pessoais e aplicacao da lei.
ResponderEliminarAs ordens devem ser dadas e em caso de nao cumprimento da ordem ou lei, os culpados devem ser punidos, multados ou seja o que for.
Mas, com a impunidade nao se pode fazer trabalho em condicoes.
E claro que nenhum pais pode arrancar para o seu desenvolvimento sem a lei.