Caros compatriotas, o trabalho de limpar a cidade
que foi feito ontem na Guiné-Bissau, foi lastimável e de um populismo! O que
dizem é uma medida de prevenção contra Ébola e não reconhecendo a fraca e
frágil infraestrutura sanitária e da pouca existência de políticas públicas de
saúde, tornando-se uma epíteto e vergonha nacional.
Devemos assumir os nossos erros e apostando no
trabalho da higienização das cidades e dos centros de saúdes hospitalares fazendo-os
como uma bandeira do patriotismo.
Não fazendo essas campanhas pontuais sabendo que a
própria Guiné-Bissau não possui nenhum hospital que possa enfrentar qualquer
pandemia seja Nacional ou sub-regional para enfrentar Ébola ou outros tipos de
epidemias seja ela viras ou não.
É uma tristeza tremenda e uma vergonha o país não
tenha e ainda não tem a capacidade e vontade política de criar e reorganizar o
seu potencial para que possamos ter um hospital com dignidade para os seus
utentes.
Desde 1973 até a data atual todos os hospitais
encontrados na cidade da Guiné-Bissau são da herança colonial. E mesmo tendo há
anos faculdades de Medicina dentro do país, nunca se conseguiu criar os
hospitais que correspondessem com esses formandos e os das diásporas.
E sabendo que se a Ébola chegar a Guiné-Bissau, as
pessoas mais vulneráveis é que vão sofrer consequências graves por não ter
dinheiro para pagar as consultas e assistência medicamentosa e que os próprios
médicos pouco preocupam com a saúde dos utentes mas sim com o que ganham nas
suas traseiras, fazem festas daqueles que morrem com as suas corrupções.
As nossas fronteiras são mais do que um casa de
banho público onde a porta de entrada para o país é sustento daqueles corruptos
que vendem a dignidade dum país e de um povo por algumas migalhas.
Doí-me o coração saber que somos palhaços aos olhos
do mundo no que diz respeito trabalho.
Porquê que não vamos sentar e trilhar os verdadeiros
factos para o desenvolvimento verdadeiro da Guiné-Bissau, apostando no melhor
filho que a Guiné tem, criando assim uma consciência social com os interesses
da nossa Guiné?
Vamos parar com mediocridade e essas campanhas
fantoche que só servem para distrair o inocente povo, que está acreditar
novamente no seu país.
Voltando à saúde; quantas pessoas morreram e ainda
morrem nos nossos hospitais por falta de sangue? Será que essa campanha de doar
sangue faz parte de um programa estrutural ou é só para dar nas vistas/mídias?
Será que precisamos disso; ou precisamos é de organizar os nossos hospitais?
Neste momento para mim é o momento de objetivo, foco
e acção e de criatividade de puder mudar urgentemente a saúde da Guiné-Bissau
para um desenvolvimento estândar e dos anseios da população.
Vamos parar e pensar a sério e definir o futuro
incerto da Guiné-Bissau que está na união das nossas mãos.
Nota: Os artigos assinados por amigos, colaboradores ou
outros não vinculam a IBD, necessariamente, às opiniões neles expressas.
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