domingo, 31 de agosto de 2014

O trabalho de limpar as cidades na Guiné-Bissau


Por, Revelina Dã Tigna Armando Sá

Caros compatriotas, o trabalho de limpar a cidade que foi feito ontem na Guiné-Bissau, foi lastimável e de um populismo! O que dizem é uma medida de prevenção contra Ébola e não reconhecendo a fraca e frágil infraestrutura sanitária e da pouca existência de políticas públicas de saúde, tornando-se uma epíteto e vergonha nacional.

Devemos assumir os nossos erros e apostando no trabalho da higienização das cidades e dos centros de saúdes hospitalares fazendo-os como uma bandeira do patriotismo.

Não fazendo essas campanhas pontuais sabendo que a própria Guiné-Bissau não possui nenhum hospital que possa enfrentar qualquer pandemia seja Nacional ou sub-regional para enfrentar Ébola ou outros tipos de epidemias seja ela viras ou não.

É uma tristeza tremenda e uma vergonha o país não tenha e ainda não tem a capacidade e vontade política de criar e reorganizar o seu potencial para que possamos ter um hospital com dignidade para os seus utentes.

Desde 1973 até a data atual todos os hospitais encontrados na cidade da Guiné-Bissau são da herança colonial. E mesmo tendo há anos faculdades de Medicina dentro do país, nunca se conseguiu criar os hospitais que correspondessem com esses formandos e os das diásporas.

E sabendo que se a Ébola chegar a Guiné-Bissau, as pessoas mais vulneráveis é que vão sofrer consequências graves por não ter dinheiro para pagar as consultas e assistência medicamentosa e que os próprios médicos pouco preocupam com a saúde dos utentes mas sim com o que ganham nas suas traseiras, fazem festas daqueles que morrem com as suas corrupções.

As nossas fronteiras são mais do que um casa de banho público onde a porta de entrada para o país é sustento daqueles corruptos que vendem a dignidade dum país e de um povo por algumas migalhas.

Doí-me o coração saber que somos palhaços aos olhos do mundo no que diz respeito trabalho.
Porquê que não vamos sentar e trilhar os verdadeiros factos para o desenvolvimento verdadeiro da Guiné-Bissau, apostando no melhor filho que a Guiné tem, criando assim uma consciência social com os interesses da nossa Guiné?

Vamos parar com mediocridade e essas campanhas fantoche que só servem para distrair o inocente povo, que está acreditar novamente no seu país.

Voltando à saúde; quantas pessoas morreram e ainda morrem nos nossos hospitais por falta de sangue? Será que essa campanha de doar sangue faz parte de um programa estrutural ou é só para dar nas vistas/mídias? Será que precisamos disso; ou precisamos é de organizar os nossos hospitais?

Neste momento para mim é o momento de objetivo, foco e acção e de criatividade de puder mudar urgentemente a saúde da Guiné-Bissau para um desenvolvimento estândar e dos anseios da população.

Vamos parar e pensar a sério e definir o futuro incerto da Guiné-Bissau que está na união das nossas mãos.

Nota: Os artigos assinados por amigos, colaboradores ou outros não vinculam a IBD, necessariamente, às opiniões neles expressas.

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