
A sessão especial sobre a comemoração de 24 de
setembro, que marca os 41° anos da independência da Guiné-Bissau, foi
testemunhada por várias personalidades do país, corpos diplomáticos,
representantes de organizações internacionais e chefias militares. O ato foi
marcado por uma parada do corpo do exército guineense no pátio da Assembleia
Nacional Popular bem como da animação musical por um grupo de cantores
nacionais, constatação do “Jornal Democrata”.
Durante alocução, José Mário Vaz afirmou que o dia
de hoje não é para olhar para o passado, mas sim de projetar o futuro coletivo.
Sustentou neste particular que enquanto o primeiro magistrado do país, entende
que os guineenses devem esquecer tudo quanto lhes possa “dividir ou provocar
mais fratura”.
Assegurou ainda que devem virar a página e esquecer
o passado mais sombrio e não só, mas também cerrar fileiras e abrir novos
caminhos que os permitam recuperar o tempo perdido e encurtar a distância que
os separa dos seus parceiros.
“Basta de sucessivas alterações da ordem
constitucional seguidas de períodos de transição política”, lançou o Chefe de
Estado, acrescentando que o país já não tem condições e nem pode dar-se ao luxo
de voltar a embarcar em aventuras semelhantes.
Cipriano Cassama, presidente da Assembleia Nacional
Popular, afirmou na sua intervenção que “nós somos os herdeiros de uma história
de séculos de dor e de esperança, de duras lutas de resistência contra a
dominação colonial, enfim herdeiros diretos de uma vitoriosa luta de libertação
nacionalʺ.
O líder do Parlamento disse que a proclamação do
Estado independente da Guiné-Bissau, pela Assembleia Nacional Popular e não por
um qualquer outro órgão político, foi uma configuração de unidade nacional que
vale a pena registar. Avançou que o ato traduziu uma aposta forte num futuro
também de unidade nacional que ultrapassa a unidade partidária que, aliás, nela
se enquadra, e dela se alimenta.
“Não nos é permitido esquecer que a nossa unidade
nacional já esteve em perigo. A coesão nacional já foi seriamente abalada por
mais de uma vez. Basta referir o ´caso 17 de Outubro de 1985’ e, sobretudo, a
guerra civil de 1998/1999 para disso nos recordarmos imediata e claramente”,
espelhou.
Durante a cerimónia que durou pouco mais de duas
horas intervieram os representantes dos partidos políticos com assento do
parlamento, designadamente Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo
Verde (PAIGC); Partido da renovação Social (PRS); União para a Mudança; Partido
de Convergência Democrata (PCD) e Partido da Nova Democracia (PND). Ouvir versão integral aqui»»
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