Parabéns Guiné-Bissau; parabéns guineenses!
Escolhi alguns textos que escrevi entre 2003 e 2011
por ocasião da celebração do dia da Proclamação da Independência Nacional da
Guiné-Bissau, Minha Terra/Meu umbigo, para voltar a partilhar convosco (meus
queridos leitores e seguidores) independentemente da interpretação e
posicionamento de cada um...
Algo novo que trago hoje à vossa consideração é
sobre o termo UNILATERAL com que se tem apresentado o registo da data Histórica
da Proclamação da nossa Independência. Acho que deveria deixar de acompanhar a
referência a uma PROCLAMAÇÃO digna do termo, fundamentada pelas evidências no
terreno e tão importante para o nosso país, quiçá, para o nosso povo, e que
desde o seu acto, marca de forma exclusiva/única, a celebração oficial do dia
da Guiné-Bissau, em todo o Mundo, quer para os guineenses, quer para os amigos
da Guiné-Bissau e, ainda, nos diversos organismos dos quais fazemos parte como
Estado-Membro!
Não celebramos o dia 10 de Setembro, dia do
reconhecimento oficial por parte de Portugal (10.09.1974) relativamente à nossa
Independência, proclamada a 24 de Setembro de 1973 e reconhecida dias depois,
por mais de oito dezenas de Estados-Membros da Organização das Nações Unidas, reconhecimento
esse, que passou desde então a colocar Portugal como um Estado invasor de outro
Estado, a República da Guiné-Bissau.
Não celebramos o 10 de Setembro, porquanto, não ter
sido uma data nossa, ou seja, não foi proposta ou estabelecida pelo Partido Libertador,
que solenemente Proclamou a nossa Independência.
A Proclamação da nossa Independência a 24 de
Setembro de 1973 simboliza a VITÓRIA incontestável do nosso povo, de armas na
mão, obrigado que foi a isso pelo regime colonial português, através de um
processo cultural, como o classificou Amilcar Cabral, pai das Independências da
Guiné-Bissau e Cabo-Verde.
A Guiné-Bissau não obteve a sua Independência
através de negociações, ainda que depois da Proclamação da Independência e face
ao derrube do regime fascista em Portugal, tenha havido negociações para os
arranjos da "descolonização".
A Guiné-Bissau OBTEVE a sua INDEPENDÊNCIA do regime
colonial português, com SANGUE, SUOR e LÁGRIMAS, através de um processo
libertador vitorioso, e contagiante quer para Portugal, quer para as demais
colónias portuguesas.
Não devemos continuar a aceitar um
"menosprezo" para a data da PROCLAMAÇÃO da nossa INDEPENDÊNCIA,
agregando a expressão "UNILATERAL" à PROCLAMAÇÃO da nossa
INDEPENDÊNCIA, trazendo à colação um "reconhecimento" que jamais
poderia inviabilizar a PROCLAMAÇÃO ocorrida a 24 de Setembro de 1973!
Parabéns e viva a Guiné-Bissau!
Parabéns guineenses!
Honra e Glória a todos os que deram suas vidas para
a libertação e pela independência do nosso país, mas também, pela liberdade do
nosso povo! Ler mais no projecto Guiné-Bissau contributo
Nota: Os artigos assinados por amigos, colaboradores ou
outros não vinculam a IBD, necessariamente, às opiniões neles expressas.
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