A Guiné-Bissau vai estar presente com três atletas
no Mundial de luta livre, que se disputa entre 07 e 14 de setembro no
Usbequistão.
Segundo o presidente da federação guineense de luta
livre, Muniro Conté, Augusto Midana, que se sagrou recentemente campeão de
Africa na categoria de 74 kg, Quintino Ntip, 69 kg, e Jacira Mendonça, 63 kg,
"vão fazer uma boa figura" na prova.
Fruto da vitória de Augusto Midana no campeonato
africano, que teve lugar na Tunísia, a Guiné-Bissau passou do sétimo para
quinto lugar no “ranking” da FILA (Federação Internacional de Luta Associada).
"Todos estes atrativos fazem da Guiné-Bissau
uma das fortes candidatas [à medalhas] no campeonato do mundo. Estamos
otimistas de que traremos medalhas", disse Muniro Conté.
O dirigente explicou que a participação dos atletas
guineenses no Usbequistão só é possível "graças aos apoios" da FILA,
que pagou as passagens, e do Governo guineense, que disponibilizou seis milhões
de francos CFA (cerca de 9.000 euros) para "outras despesas" dos
cinco elementos da caravana.
Além dos três atletas, fazem parte da delegação um
técnico e um elemento da federação guineense de luta livre.
O presidente da federação enaltece o "gesto do
Governo" em disponibilizar parte do dinheiro que irá facilitar a
participação dos atletas, mas considerou, por outro lado, que a modalidade
ainda não esteja no lugar de destaque que merece.
"Registamos com apreço o gesto do Governo, que
demonstra que as novas autoridades partilham da nossa visão quando consideramos
que a luta é um porta-bandeira da Guiné-Bissau", afirmou Munino Conté.
Segundo o presidente da federação, a luta livre
trouxe para Guiné-Bissau, nos últimos 20 anos, mais de 30 medalhas, pelo que,
defendeu Muniro Conté, "merecia outra atenção" das autoridades e dos
próprios guineenses.
Para Conté, a luta é a modalidade desportiva que
"dá visibilidade à Guiné-Bissau" no mundo.
Devido à falta de organização interna e de
infraestruturas adequadas, os atletas guineenses que vão representar o país no
Usbequistão treinam e desenvolvem as suas qualidades no Senegal, ao abrigo de uma
bolsa do Comité Olímpico Internacional.
Para o ano, o presidente da federação diz que vai
relançar a modalidade a nível interno com a retoma do campeonato nacional e
festivais, que não têm lugar há vários anos.
Sem comentários :
Enviar um comentário
COMENTÁRIOS
Atenção: este é um espaço público e moderado. Não forneça os seus dados pessoais (como telefone ou morada) nem utilize linguagem imprópria.