O secretário de Estado da Cooperação Internacional e
das Comunidades denunciou que algumas pessoas ligadas à Embaixada da
Guiné-Bissau em Portugal recebem dinheiro para a marcação de consultas.
Falando à margem do encerramento da conferência
sobre saúde no país, Idelfrides Fernandes afirmou que ninguém deve viver à
conta da saúde das pessoas.
«Não podemos viver à sombra da saúde das pessoas.
Receber 100 ou 200 euros para marcar as consultas é grave, não podemos admitir
que isso volte a acontecer. Seja quem for», desafiou o responsável, afirmando
que durante a sua estadia em Lisboa recebeu muitas queixas por parte dos
pacientes guineenses. Idelfrides Fernandes afirmou que é preciso apurar
responsabilidades.
Foi neste sentido que o Chefe do Governo guineense,
Domingos Simões Pereira, afirmou que é preciso criar um contrato social para os
quadros de saúde, por forma a escolher «os bons» e dar-lhes prioridade.
«Nós precisamos de um novo contrato social e é
importante que os profissionais de saúde se mobilizem para estar do lado só
deste contrato. Se formos capazes de estabelecer um compromisso, todos vamos
trabalhar no sentido de que esse contrato social possa resultar nos objectivos
que estão preconizados» disse o Chefe de Governo guineense.
«Não podemos ser bons só quando atravessamos a
fronteira. Se isso acontece é porque algo está mal. Então, vamos trabalhar
juntos, vamos ultrapassar preconceitos, vamos ser capazes de admitir onde há
falhas, vamos ser capazes de escolher os bons e priorizar esses bons» desafiou
Domingos Simões Pereira.
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